tag:blogger.com,1999:blog-43706894117559130962024-02-07T01:20:02.425-03:00BRASIL MOBILIZADOEste blog,foi criado inicialmente para ser a voz de todas as cidades mobilizadas. Estamos abertos para postar e divulgar as manifestações de todos os mobilizados do país, para fazer o contraponto a todas as notícias do PIG e para MOBILIZADAMENTE DEFENDER O GOVERNO ELEITO DEMOCRATICAMENTE PELA MAIORIA DO POVO BRASILEIRO. JÚLIO PEGNAhttp://www.blogger.com/profile/01712401181349863254noreply@blogger.comBlogger1883125tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-3417724518711286752016-04-02T16:59:00.001-03:002016-04-02T16:59:10.863-03:00O GOLPE JÁ ACONTECEU!<br />
<div class="MsoNormal" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;">
<img height="425" src="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSKTCKV-Swz1aEkp6dgZJAlTGZXnlGGh2k1Kpo487p1PlOqINYj" width="640" /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-small;">Por Júlio Pegna</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Estive nas manifestações dos dias 18 e 31 de Março. Ao lado
de movimentos sociais organizados, sindicatos, associações, jovens, velhos,
pobres e ricos. Vi de tudo na rua. Foram manifestações populares porque havia
povo. Bem diferente das marchas contra a Democracia.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas há uma coisa em comum nos dois movimentos, os de direita
e de esquerda: são românticos e deixam a sensação de que o poder emana do povo.</div>
<div class="MsoNormal">
Balela!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O golpe aconteceu há 2 anos num posto de gasolina com a
prisão de Alberto Youssef. Daí o nome Lava Jato. Foi nesse dia que começou a se
arquitetar o plano de destituição de um governo popular eleito na urna, com
participação de todas as tendências políticas. Limpo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não tenho dúvidas que exista uma articulação com
financiamento internacional que pretende se apoderar de uma riqueza imensa,
algo em torno de 8 trilhões de dólares, em forma de um liquido preto viscoso. Petróleo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não existe um país no mundo em que sua justiça destrua
empresas em nome do que quer que seja. Aqui, na contramão, a Lava Jato operou
para desvalorizar a Petrobras e as empreiteiras.</div>
<div class="MsoNormal">
Raciocine comigo: a maior empreiteira do Brasil é a Norberto
Odebrecht, mas foi a última ser incluída na investigação. Deveria ter sido a
primeira. </div>
<div class="MsoNormal">
Estratégia? Óbvio! O desmonte começou com as menores cujas obras se espalham pelo Brasil inteiro. Meticulosamente planejado.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em consequência, caiu a atividade econômica e o índice de
emprego. Cai a arrecadação e o dólar dispara. Os preços internacionais aumentam
e surge a inflação dos importados. As contas públicas se desequilibram e a crise não para de crescer.</div>
<div class="MsoNormal">
Quem entende um pouco de economia sabe que a queda do PIB não foi obra dos atos do governo, mas de um boicote sistemático à arrecadação e ao emprego.</div>
<div class="MsoNormal">
A lógica é simples, mas muito, muito bem
arquitetada.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sempre enxerguei Sergio Moro como um ser incapaz de colocar
em prática um plano desses. Nem os meninos do Ministério Público Federal de
Curitiba. São da área do direito, não entendem de mercado, de cotações, de
imaginário popular, de manobrar massas.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Quem, então?</div>
<div class="MsoNormal">
A CIA, a Globo, a FIESP, os bancos, ou todos em conjunto. Não
importa quem, mas há marqueteiros sagazes por trás do golpe. Uma inteligência nociva, obscura, oculta,
nos porões. Manipulam dinheiro e seus interesses estão acima da democracia, da
liberdade, da individualidade. Eles se lixam para você!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Onde quero chegar?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Está claro que atingimos um ponto onde há uma profunda
divisão da sociedade. Não é relevante, neste momento, culpar este ou aquele,
saber quem é o arquiteto ou de onde vem o dinheiro. Estamos diante de uma crise
que, em algum momento, vai alcançar o ponto crucial:</div>
<div class="MsoNormal">
Ou Dilma cai ou fica!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Levar milhões de pessoas às ruas pedindo pra sair ou ficar não
decide o futuro político do país, não nos tira nem aprofunda a crise. Não resolve.
É cair ou ficar! </div>
<div class="MsoNormal">
Quem decide é o Congresso Nacional. Para um lado ou para o
outro. Não há meio termo, não há saída intermediária.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Haverá insatisfação dos perdedores. Seja um ou outro. </div>
<div class="MsoNormal">
O que virá depois?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Nas ruas, na manifestação das esquerdas, o grito
#NaoVaiTerGolpe vem seguido de outro: #VaiTerLuta. Nas passeatas da direita, há
um ódio incontrolável, um desejo de extirpar a esquerda e a demonstração de que
haverá violência se não alcançarem o objetivo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É isso que preocupa. A Luta. O sangue. As vítimas que saíram
às ruas de forma romântica acreditando que sua voz pode ser ouvida.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A sensação que tenho é que não haverá controle sobre as
consequências, depois que Dilma cair ou ficar. Estamos às vésperas de escrever
páginas violentas de nossa história, com sangue e destruição.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Se Dilma ficar – é isso que espero e vou defendê-la até o
fim –, os mentores intelectuais do golpe vão jogar na rua sua massa de classe
média descontente. Vai seguir destruindo a economia, o emprego, o sistema
legal, a produção e os preços.</div>
<div class="MsoNormal">
Se Dilma cair – e não vou aceitar –, uma provável onda de
greves colocará o país num caminho de queda da economia, de desabastecimento,
de invasões e de convulsão. As lideranças vão colocar sua massa nas ruas, desta
vez não para dizer que não vai ter golpe, mas para revertê-lo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em qualquer dos dois cenários haverá gente fora de controle.
Sabemos que basta um tiro, uma pedrada, uma vitrine quebrada para começar uma
revolta. Correria, gritos, bombas e ... sangue! </div>
<div class="MsoNormal">
E as Polícias Militares com seus exércitos de assassinos à
solta, com seus alvos pré-definidos, com bombas de fumaça para encobrir as
chacinas.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Acha que é exagero?</div>
<div class="MsoNormal">
Adoraria estar delirando, mas vi pessoas, de ambos os lados,
que não estarão dispostas a voltar para casa em caso Dilma cair ou ficar,
conformadas em esperar as próximas eleições. Qualquer que seja o lado perdedor,
a Democracia, já na corda bamba, pendendo, estará correndo o risco de cair. Já
está, aliás. Basta um ligeiro empurrão e...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E depois, quando tudo passar, pois vai passar de um jeito ou
de outro, será a hora de buscarmos os culpados. E tentar recolocar nos trilhos
nossa vida.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Nossa liberdade já está sendo manipulada. Nossa, de toda a
sociedade, de todos os grupos. O perigo é iminente, as relações já estão deterioradas,
as ofensas tornaram-se comuns. A violência física já ocupa o espaço da verbal. A
cordialidade do brasileiro não existe mais desde o golpe iniciado no posto de
gasolina.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Boa sorte a todos. Estarei do lado da Democracia, esteja ela
onde estiver, ao lado de companheiros que pensam como eu, com Dilma e Lula, ou
sem eles!</div>
JÚLIO PEGNAhttp://www.blogger.com/profile/01712401181349863254noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-31798428669307937942015-02-22T13:12:00.001-03:002015-02-22T13:12:37.662-03:00JUDICIÁRIO: O PODER ILIMITADO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyDvLmuhLoHNzlLJr7S1Q93ldDan0XsWLohMp5OhquH3S3S_kUGpGhvZwcgs8EvuxKBDWDUU_ipWiKZ4J3TXQJZ2SnwOutxRSUsOk-qIH4ZUaRejslAtJfjXZJqPqkz9XKxL3azNHP5nw/s1600/juiz.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyDvLmuhLoHNzlLJr7S1Q93ldDan0XsWLohMp5OhquH3S3S_kUGpGhvZwcgs8EvuxKBDWDUU_ipWiKZ4J3TXQJZ2SnwOutxRSUsOk-qIH4ZUaRejslAtJfjXZJqPqkz9XKxL3azNHP5nw/s1600/juiz.jpg" height="531" width="640" /></a></div>
<br />
Juiz não é eleito, só larga o cargo por idade, não é controlado por nenhum outro poder da República, e, com honrosas exceções, adora um holofote!<br />
<br />
Juízes são pessoas humanas que, antes de se tornarem Juízes, foram cidadãos comuns. Têm preferências: torcem para um time de futebol, uma Escola de Samba, preferem um modelo econômico e têm simpatia por um partido político! Antes de se tornar Juiz, o cidadão já fez suas escolhas e, como qualquer ser humano normal, as levará para o resto da vida.<br />
<br />
Um político, seja do Executivo ou Legislativo, periodicamente será avaliado pela população. É mais exposto e, por esta razão, pode ser reeleito ou não. Um Juiz, nunca.<br />
<br />
Ainda que alguns se considerem deuses, são falíveis. Não raro são obrigados a rever decisões, a reestudar casos mais complexos, a reexaminar provas. No direito moderno, cuja defesa é sagrada, acusação e defesa detém os argumentos - e provas - para basear as decisões judiciais: apesar dos erros cometidos, espera-se que sejam capazes de julgar observando as regra básica da democracia.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
A IMPARCIALIDADE</div>
<br />
Arbitrar uma disputa onde não se tem qualquer interesse no resultado é o modelo ideal de justiça.<br />
Mas, por serem humanos e já terem suas preferências pré-definidas, até onde o poder da Justiça pode ir?<br />
Em processos que envolvem entes públicos, de repercussão nacional, qual a capacidade de isenção de um Juiz?<br />
Imagine um embate jurídico do tipo FLA X FLU . E se o Juiz for FLA? E se for FLU? Onde estará a isenção ética se não, exclusivamente, na cabeça do magistrado?<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
O PODER ECONÔMICO</div>
<br />
Ninguém pode assegurar que Juízes não se corrompem, pois são humanos e falíveis.<br />
Mas quando um decisão provoca danos a muitas pessoas, danos materiais ou morais, quem irá garantir que a lei foi cumprida de forma isenta?<br />
<br />
O direito, em democracias, prevê instâncias superiores para reavaliar decisões. E no caso da última instância, onde não cabem mais recursos, quem irá afirmar que a decisão não teve peso econômico, político ou pessoal?<br />
<br />
A resposta é: NINGUÉM.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
SOMOS REFÉNS</div>
<br />
A sociedade deve evoluir para não se manter atrelada a erros judiciais, sobretudo aqueles cometidos com intenções imorais.<br />
Um ditado diz que "a justiça se resume ao que o Juiz comeu no café da manhã". Estudo israelense publicado na HypeScience comprova que 65% dos prisioneiros receberam sentenças mais amenas quando julgados nas primeiras horas da manhã ou logo depois do almoço! Quanto mais se aproximava a próxima refeição, as penas eram mais duras ...<br />
<br />
Então sou refém do estômago de um Juiz?<br />
<br />
A resposta é: APARENTEMENTE, SIM.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
JUSTIÇA POLÍTICA</div>
<br />
Inúmeras vezes, no Brasil, partidos políticos representam contra adversários sentindo-se ofendidos.<br />
A cada julgamento, surge o FLA X FLU e qualquer decisão que seja tomada desagradará alguém.<br />
<br />
Qual a garantia de que a decisão foi isenta? Não há.<br />
<br />
Na política, como em outros setores da sociedade, a vontade individual pode prevalecer. Seja por incapacidade do julgador, por falta de ética, por corrupção, por preferência pessoal.<br />
<br />
E ainda mantemos Juízes no cargo até alcançarem a idade de aposentadoria compulsória; não fomos capazes de desenvolver um órgão de controle ao Judiciário que seja capaz de, pelo menos, minimizar as decisões corrompidas.JÚLIO PEGNAhttp://www.blogger.com/profile/01712401181349863254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-6808548796844336402014-08-30T20:31:00.000-03:002014-08-30T20:31:23.136-03:00Ricardo Kotsho está com Dilma, este blog também<h3 class="post-title entry-title" style="background-color: white; font-family: 'Allerta Stencil'; font-size: 22px; margin: 0.75em 0px 0px; position: relative;">
Ricardo Kotsho: Marina não é “Lula de saias”, mas Jânio e Collor</h3>
<div class="post-header" style="background-color: white; font-family: Arimo; font-size: 13px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1.5em;">
<div class="post-header-line-1">
</div>
</div>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-1781361017470665678" style="background-color: white; font-family: Arimo; font-size: 15px; line-height: 1.4; position: relative; width: 662px;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5tthpY3jz-8hO4oK9D4z2wb1BWH-PflTPgaj7evato2vR2tLkA31T67kOtI7aNhSxyyw68yJhHgB8xXYXH4y06X_mtndJ8EjSrmMyZS1V-FYhPaOXHYGtgLGp_vXXgts0xJbqCcGVMA/s1600/janio+collor+marina.jpg" imageanchor="1" style="color: #073763; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><img border="0" height="340" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5tthpY3jz-8hO4oK9D4z2wb1BWH-PflTPgaj7evato2vR2tLkA31T67kOtI7aNhSxyyw68yJhHgB8xXYXH4y06X_mtndJ8EjSrmMyZS1V-FYhPaOXHYGtgLGp_vXXgts0xJbqCcGVMA/s1600/janio+collor+marina.jpg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 1px solid rgb(238, 238, 238); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; padding: 5px; position: relative;" width="500" /></a></div>
<br />Por <a href="http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/2014/08/29/marina-nao-e-lula-de-saias-mas-janio-e-collor/" style="color: #073763; text-decoration: none;" target="_blank">Ricardo Kotsho</a><br /><br />Advertência necessária: quero deixar bem claro, antes de começar a escrever este texto, no qual venho pensando desde que Marina Silva explodiu como candidata favorita a presidente da República, após a tragédia aérea que matou Eduardo Campos, para que ninguém entenda errado o título: não se trata de uma comparação entre pessoas e suas trajetórias de vida, mas entre fenômenos políticos.<br /><br />Nos últimos dias, apareceram muitos comentários na mídia comparando Marina a Lula, ambos com origens bem humildes e histórias de vida comoventes, que acabaram construindo seus próprios caminhos, os dois fundadores do PT e vitoriosos em suas caminhadas. Por diferentes caminhos, eles agora se encontram frente a frente em mais uma disputa pela Presidência da República do Brasil, e há quem chame Marina de "Lula de saias", a mulher que desafia Dilma Rousseff, candidata de Lula.<br /><br /><a href="https://www.blogger.com/null" name="more"></a><br />A única vantagem de ficar velho, trabalhando no mesmo ofício, é ser testemunha de tantas histórias acontecidas ao longo deste enredo político dos últimos 50 anos. Conheci e convivi com os quatro personagens citados no título deste artigo e tenho condições de escrever sobre as coincidências e as diferenças entre eles.<br /><br />Chamar Marina de "Lula de saias" é um grande equívoco. O professor mato-grossense Jânio Quadros, o playboy alagoano Fernando Collor, o metalúrgico pernambucano Lula, criado no ABC paulista, e a ambientalista acreana Marina da Silva chegaram onde chegaram por caminhos muito diferentes.<br /><br />Embora os quatro sejam um retrato da diversidade social brasileira, com algumas semelhanças no surgimento do fenômeno político, há enormes abismos entre as motivações e os apoiadores das suas candidaturas. Jânio, Collor e Marina têm um ponto em comum: lançaram-se candidatos com discursos contra a "velha política", à margem dos grandes partidos, prometendo nas campanhas criar um "novo Brasil" e uma "nova política", baseados unicamente em suas vontades e carismas, como se isso fosse possível. Pelos exemplos do passado, sabemos que isso não dá muito certo.<br /><br />Os três lançaram candidaturas mais simbólicas do que reais: Jânio era o "homem da vassoura" e Collor o "caçador de marajás", ambos tendo como bandeira o combate à corrupção, a bordo do velho mantra udenista, moralista e hipócrita. Na mesma linha, Marina também aparece como a candidata "contra tudo isto que está aí", a bordo das manifestações de protesto de junho de 2013, candidata provisoriamente abrigada no PSB, partido do falecido Eduardo Campos que, até meados do ano passado, estava na base aliada do governo petista.<br /><br />Ao contrário destes três fenômenos eleitorais anteriores, bancados todos pela grana gorda do empresariado paulista, sempre em busca de um candidato viável que atenda aos seus interesses, Lula só foi eleito presidente da República em 2002, depois de três campanhas presidenciais fracassadas, e da longa construção de um amplo apoio na sociedade civil, que começou pelos sindicatos, passou pelos meios acadêmicos e culturais, e conquistou a juventude, combatendo justamente estes grandes barões paulistas aboletados na Fiesp e na Febraban, que financiaram Jânio, Collor e, agora, Marina, para evitar que seus inimigos de classe chegassem ao poder central.<br /><br />Não tenhamos ilusões neste momento: é exatamente isto que está em jogo, não as personalidades de Marina e Dilma, os seus defeitos e virtudes pessoais, que são subjetivos. O mais importante é saber quem está de que lado, quais os interesses de classe que estão em disputa, quem apoia quem e por qual motivo.<br /><br />Eu nunca escondi de que lado estou: diante deste quadro, apoio Dilma Rousseff, com certeza.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-89637864043973054172014-08-25T09:27:00.000-03:002014-08-25T09:27:24.148-03:00Sobre a farsa chamada Marina Silva<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">Boa análise de Cristina Castro em sua página do Face</span><br />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">De uma certa forma, são alterações profundas sem qualquer consulta ou participação popular. Explico melhor, um projeto já pronto ( desconhecido pela quase totalidade da sociedade ) tem que ser implantado a qualquer preço, se puder contar com apoio popular, ótimo; se não der, azar... </span><br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">Candidaturas avulsas, lembram? Pois bem, o que é a candidatura Ma</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">rina, senão uma candidatura avulsa? O PSB empresta a legenda mas não se compromete e nem exige compromisso da candidata...<br /><br />Mudar de qualquer jeito mesmo sem saber o que vai acontecer... Uma eventual vitória de Marina é isso; não terá base no congresso pq não tem partido ( o tal " sem partido, taí ) e deve alegar que governará com o "povo" ( democracia direta ). Obviamente o fiador de um governo como esse, sem Legislativo ( crise de representatividade ) será o Judiciário com o tal de Novo Direito e o tal de protagonismo do Judiciário.<br /><br />Marina e Aécio são dois lados de uma mesma moeda simulando conflito; ao fim e ao cabo, um apoiará o outro e ambos tem a Mídia. Assim como JB ( que provavelmente voltará a cena ) tinha a função de condenar lideranças políticas para arrebentar a base aliada no Congresso; Marina tem como função, apenas catalizar votos para legitimar o projeto e depois sairá de cena ou figurará como uma rainha da Inglaterra... Depois de apear os trabalhistas do Poder, é só lançar mão do tal de Ficha-Limpa e temos aí mais 20 anos do sionismo midiático.<br /><br />Qdo a gente dá uma olhada no mundo, percebe que estão correndo contra o tempo e que o Brasil não poderá passar de outubro de 2014. Todas as forças unidas contra o trabalhismo e, é óbvio, no dia seguinte às eleições, não terá sido ninguém.<br /><br />O ponto que eu considero o mais importante de todos que é deixar muito claro para todo mundo quem foram os facilitadores/fiadores do projeto Soros; as Universidades públicas ( mestres e alunos ) foram os grandes entusiastas e abriram as portas do país para essa entrega. acho muito importante deixar isso claro pq, depois, é aquele papo de comissão da verdade... tudo sobra para os militares e quem armou a arapuca mesmo desaparece e continua fazendo mais do mesmo até hoje. Basta que se entregue um milico de pijama com 103 anos e o pessoal entende resolvida a questão da ditadura. Collor, foi eleito por ninguém e derrubado por "caras pintada"; ou seja, eleito e derrubado por ninguém. As " ruas" apresentaram alunos e professores, fortemente financiados, com rostos cobertos tentando passar-se por " povo" para garantir o anonimato eximindo-se de qq responsabilidade acerca do que viria depois. O que quer que aconteça, será atribuído a ninguém. Só essa intenção já deveria deixar claro o que esse projeto significa para o país e a consciência plena dos que estão envolvidos nele.</span>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-69124475875140409342014-08-24T23:20:00.000-03:002014-08-24T23:20:41.893-03:00O que levou Gilmar Mendes a dar Habeas Corpus a esse monstro?<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Paulo Nogueira no <a href="http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-que-levou-larissa-a-ficar-com-roger/">DCM</a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglTB4bS2jlRU28wdV-smssoB4SwTRxEfbADxv08kKWm-Z0wb43iawToMNAWHEBNJt6AbywPXwS6tRgrvU2yVkoA5g4_A8xrEi74UVywXwVHjXCds5ij0SOrCAhy8xEZu4azwkNOEK1Rnb4/s1600/CASAMENTO-ROGER.tif-size-598.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglTB4bS2jlRU28wdV-smssoB4SwTRxEfbADxv08kKWm-Z0wb43iawToMNAWHEBNJt6AbywPXwS6tRgrvU2yVkoA5g4_A8xrEi74UVywXwVHjXCds5ij0SOrCAhy8xEZu4azwkNOEK1Rnb4/s1600/CASAMENTO-ROGER.tif-size-598.jpg" height="180" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O dinheiro compra até o amor verdadeiro. Entre tantas frases soberbas, esta é minha preferida de Nelson Rodrigues, o maior frasista brasileiro.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Ela me veio automaticamente à mente quando refleti sobre uma questão que vem fascinando muitos brasileiros: como uma mulher bonita e brilhante como Larissa Sacco foi capaz de largar tudo para ficar com o médico Roger Abdelmassih.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
As pessoas ficam intrigadas porque pensam no Abdelmassih de hoje, envolto em denúncias de estupros em série que lhe dão a merecida reputação de monstro.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Mas o Abdelmassih que Larissa conheceu, em 2008, era um superstar, uma espécie de Mick Jagger da fertilização.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Ele era personagem ubíqua nas emissoras de televisão e nas páginas de jornais e revistas.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Tinha uma clientela de celebridades, e era aquele tipo de homem a quem não basta ser rico: os outros têm que saber.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Levava uma vida de ostentação, segundo os que o conheciam. Podia passar um final de semana em Paris, e era conhecido seu apreço por Mercedes pretas, paixão que afinal contribuiria para que ele fosse localizado no Paraguai.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Larissa era, então, uma mulher de 31 anos que desejava engravidar do namorado da época.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
E que tinha, segundo as amigas, uma paixão por coisas caras, coisas potencialmente incompatíveis mesmo para seu bom salário de procuradora.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Abdemalssih era, em sua versão glamorosa de 2008, a resposta para todos os anseios materiais – e mesmo maternais — de Larissa.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Não bastasse isso, a mulher dele estava morrendo de câncer. O campo estava aberto, portanto.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Mesmo no Paraguai, com o marido em fuga, Larissa viveu num luxo muito acima de sua realidade de filha da classe média.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Abdelmassih foi, até recentemente, o meio pelo qual a ambiciosa Larissa pôde realizar seus sonhos de alpinista social.</div>
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Pelas características de ambos, entendo, contra a corrente, que não há mistério nenhum no casamento deles.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Sobre o que a levou a ele já falei. E o que o conduziu a ela é fruto da vaidade lúbrica –tarada mesmo — dele.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Uma mulher jovem, bonita, que ele podia ter e exibir ao mundo sem a necessidade criminosa de dopar em seu consultório, bem, tal mulher era um troféu extraordinário para Abdelmassih.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Tudo se encaixa na história, a meu ver.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Exceto uma coisa: o habeas corpus dado a Abdelmassih por Gilmar Mendes quando já se sabia que ele estuprara dezenas de mulheres de uma forma particularmente abjeta.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Me dei ao trabalho de ler a sentença completa de GM, lavrada em dezembro de 2009.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O ponto que mais me chamou a atenção foi o seguinte. Gilmar Mendes afirmou que, como Abdelmassih sempre se apresentara quando chamado pela Justiça no período em que estava em liberdade, não havia razão para temer que ele se aproveitasse do habeas corpus para fugir.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Quer dizer: para o juiz, Abdelmassih tinha princípios morais que o fariam aceitar sua pena estoicamente.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
No mundo encantado de Gilmar, Abdelmassih renunciaria a seus luxos, aos prazeres carnais proporcionados pela jovem mulher, à liberdade – a tudo, enfim, para obedecer à Justiça.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
As vítimas de Abdelmassih manifestaram, nestes dias, compreensivelmente, ódio também de Gilmar Mendes.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px rgb(230, 230, 230); font-family: Tahoma, Arial; font-size: 16px; line-height: 24.799999237060547px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O que deve confortá-las é que ele não sairá de todo impune neste caso: sua reputação estará para sempre manchada por uma das decisões mais absurdas da história da Justiça brasileira.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-46268711510867785452014-08-21T14:55:00.000-03:002014-08-21T14:55:10.113-03:00(encaminhado por Laerte Braga)<br />
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A MORTE E O ESPETÁCULO DO OPORTUNISMO.</div>
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<div class="MsoNormal">
Camille Helena Claudel</div>
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Um trágico acontecimento marcou mais uma vez o mês do agosto, um dito, adágio popular frisa agosto, o mês do desgosto... Na última semana a morte prematura e inesperada nos privou de 7 vidas, 7 profissionais competentes em suas funções; as vítimas estavam envolvidas na campanha à presidência do PSB: Pedro Almeida Valadares Neto, o assessor de imprensa, Carlos Augusto Ramos Leal Filho (Percol), Alexandre Severo Gomes e Silva (fotógrafo), Marcelo de Oliveira Lyra (staff da campanha), os pilotos Marcos Martins e Geraldo da Cunha e a vítima mais conhecida; o ex-governador de Pernambuco candidato à presidência pelo PSB, Eduardo Campos.</div>
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Eduardo era um homem carismático, neto de Miguel Arraes, ex-governador caçado e perseguido pela ditadura, que apoiou as Ligas Camponesas propostas por Francisco Julião e se exilou na Argélia parte de sua vida. Por conta disso, Arraes ficou anos sem ver o neto a quem ensinou muito quando voltou, tornando-o um jovem político querido pelo ex-presidente Lula que o conheceu desde de pequeno, já que era amigo do seu avô. Lula acompanhou e ajudou na escalada política do jovem candidato a governador posteriormente. Na verdade, o apoio do PT nos seus dois mandatos como governador lhe valeu fama e bons dividendos para o estado. Como um prematuro candidato rompeu com aliados fieis de longa data e negou o que havia recebido pelo PT: apoio e ajuda financeira para desenvolver enormemente Pernambuco, que chegou a ser o estado nordestino que mais se desenvolveu nos últimos anos. Tornou-se o governador mais popular cerca de 80% de aprovação. Na sua corrida pelo poder o candidato tentou agregar forças muito divergentes e muito conservadoras e alguns sem projeto pelo caminho. Morreu deixando essas forças tentando dialogar. Infelizmente, muitos acontecimentos “lamentáveis “se sucederam a morte de Eduardo, espetáculos envolvendo seu funeral e uma farta campanha nas imagens que se seguiu. A escola política oportunista e imediatista brilha intensamente.</div>
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A chocante morte de Campos no mesmo dia em que há nove anos se foi Miguel Arraes, nos deixa pensar sobre tudo, a efemeridade da vida e incertezas não só na política. Mas foi politicamente que o quadro mudou e tomou formas muito estranhas, com um manancial de dúvidas para os seus oponentes. Eduardo e Marina não emplacaram a promessa que pareciam ser e apesar da novidade, as aparições dos dois sempre esteve em descompasso, seja com o “organismo” que Marina criou e penetrou no partido PSB. A candidata da abortada Rede não parece confortável com as alianças que o PSB fez em Minas e principalmente em São Paulo, onde Marina não apoia o PSDB por serias divergências pessoais. Não tem no PSB amplo apoio, de lideranças históricas como Luiza Erundina. </div>
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Além de tudo isso com a morte de Campos e a escolha de Marina Silva para seu lugar ficaram mais evidentes as enormes divergências de algo que se diz uma terceira via, o novo na política, mas apoiando fortemente em Santa Catarina o candidato ao senado Bornhausen, um vice muito ligado ao agronegócio escolhido, falaremos mais adiante sobre o apoio que existia ao PSDB paulista, no título de novo não se adequa em nada se for feita uma análise mais amiúde. </div>
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Sobre o acidente muitas dúvidas se instalaram sobre a manutenção do avião, modelo da Cessna, fabricante do jato Citation 560 XL que foi emprestado por empresários. Agora se discutem falhas no modelo envolvendo o trem de pouso , o cansaço do piloto com uma rotina extenuante. Aqui <a href="http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2014/08/imagens-ineditas-mostram-pela-1-vez-queda-do-aviao-que-matou-campos.html" target="_blank">http://g1.globo.com/sp/<wbr></wbr>santos-regiao/noticia/2014/08/<wbr></wbr>imagens-ineditas-mostram-pela-<wbr></wbr>1-vez-queda-do-aviao-que-<wbr></wbr>matou-campos.html</a></div>
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Eduardo morreu a caminho de um encontro com bancos internacionais junto com Marina, essa decide ir do Rio a São Paulo diretamente, apesar de convidada por Eduardo Campos, iria para um evento na cidade de Santos chamado Santos Export. Marina havia aceitado mas, surpreendentemente no último minuto muda de ideia e decide ficar pra um debate segundo sua assessoria, certamente para organizar o evento com banqueiros internacionais que tem enorme simpatia por ela.</div>
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Marina Silva vale lembrar tem uma relação tumultuada com partidos dos quais fez parte como PT e PV e tentou fundar a Rede Sustentabilidade, partido não partido, que continua sendo um mistério até na sua criação, pois não teve as assinaturas necessárias para registrá-lo embora se apoiasse nos vinte milhões de votos que teve Marina nas eleições anteriores para presidente mas servindo apenas embolar o jogo no meio da eleição em 2010, sua saída dos partidos também não foi muito pacifica. Ela saiu do PT envolvida em denúncias com seu marido, que até ontem ocupava um cargo do partido que Marina ataca, como entre outras coisas “CHAVISTA”. A Os problemas dão conta de um cargo pedido pelo PT. Mas as ligações com ONGs que repassavam madeira pra Cikis madeireira é o que dá a dimensão dos problemas de Marina. Junto com seus financiadores Natura e Itaú envolvidos em denúncias de debito tributário e no caso da natura exploração de trabalho indígena.</div>
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Aqui <a href="http://oglobo.globo.com/brasil/a-dupla-militancia-do-marido-de-marina-11173209#ixzz3ArWf80Ma" target="_blank">http://oglobo.globo.com/<wbr></wbr>brasil/a-dupla-militancia-do-<wbr></wbr>marido-de-marina-11173209#<wbr></wbr>ixzz3ArWf80Ma</a> aqui <a href="http://oglobo.globo.com/brasil/a-dupla-militancia-do-marido-de-marina-%2011173209#ixzz3ArWf80Ma" target="_blank">http://oglobo.globo.com/<wbr></wbr>brasil/a-dupla-militancia-do-<wbr></wbr>marido-de-marina- 11173209#ixzz3ArWf80Ma</a> aqui <a href="http://oglobo.globo.com/brasil/a-dupla-militancia-do-marido-de-marina-11173209#ixzz3ArWf80Ma" target="_blank">http://oglobo.globo.com/<wbr></wbr>brasil/a-dupla-militancia-do-<wbr></wbr>marido-de-marina-11173209#<wbr></wbr>ixzz3ArWf80Ma</a> ainda aqui <a href="http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/02/marina-silva-e-os-bilionarios-que-embalam-seu-sonho.html" target="_blank">http://www.<wbr></wbr>pragmatismopolitico.com.br/<wbr></wbr>2013/02/marina-silva-e-os-<wbr></wbr>bilionarios-que-embalam-seu-<wbr></wbr>sonho.html</a></div>
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Outro fato a citar foi que depois da morte de Eduardo, em um funeral campanha que criou atrito entre um aliado de ocasião que na verdade foi sempre um opositor ferrenho a Eduardo Campos : Jarbas Vasconcelos , a briga seria pela presença do ex-presidente Lula amigo da família e a presidente Dilma que ocasionou uma efusiva manifestação de carinho por parte de Duda , Eduarda a primeira filha do ex-governador morto e a confissão que votaria na indicada por Lula o próximo evento foi ao aniversário da viúva e a falácia do discurso usando o candidato falecido A viúva Renata Campos na data seria o aniversário de Renata em uma casa de festas conhecida em Recife a que o governador desejava comparecer antes da tragédia. Numa primeira fala já se mostra disposta a transformar seu luto em comício no dia do seu aniversário, em suas palavras:</div>
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“Como participei a vida toda de campanhas, não será diferente nesta. #Pelo contrário, tenho a sensação de que tenho que participar por dois a tragédia. Tem sido muito cotada como vice da outra e consorte do ex governador e mostra que é hábil em articulações também. O PSB a cogita para coordenar a campanha estadual... o que se fara por enquanto é dúvida “A gente (ela e Eduardo) queríamos consolidar essa vitória. Acho que só depende de nós. Estou aqui com Duda, João, Pedro, José e Miguel para dizer: Paulo (Câmara), Raul (Henry) e Fernando (Bezerra), contem com a gente”, prontificou-se. O nome de Marina Silva, que deve assumir a cabeça de chapa do PSB para a corrida presidencial, não foi citado nenhuma vez, bem como nada se falou sobre a disputa nacional. No início do evento, porém, o prefeito do Recife Geraldo Júlio (PSB), anunciou que a reunião seria restrita ao cenário local.<br /><br /> Nos discursos, enfaticamente se fala sempre em “se fazer a vontade de Eduardo”. Renata também puxou o coro para manutenção da memória do marido durante a campanha. “Pode parecer que o nosso maior guerreiro não está na luta, mas os seus sonhos estarão sempre vivos em nós”. O encontro desta segunda estava na agenda do presidenciável Eduardo Campos há uns dez dias. Ele viria a Pernambuco para o aniversário da esposa, que seria comemorado durante a noite. “Ele pediu para marcar essa reunião. Depois da tragédia ele Sileno me perguntou ‘e agora’ e eu disse, mantem tudo como estava”, comentou Renata ainda durante o discurso. Os presentes cantaram parabéns para ela por duas vezes. Na parte de trás, um bolo de três andares estava preparado, mas não chegou a ser cortado.<br /><br /> Durante o evento, a militância do PSB, que lotou a casa de recepções Blue Angel, no Derby, pediu que a ex-primeira-dama de Pernambuco assumisse o posto de vice, mas ela não tocou no assunto. Renata completou nesta segunda (18) 47 anos:</div>
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<b>Veja na íntegra o discurso de Renata Campos durante o encontro com a militância do PSB</b> “<u>Acho que devem estar pensando. Renata aqui hoje. Eu estava, como estive em tantos momentos ao lado de Dudu, quando ele pediu para marcar essa reunião. Depois da tragédia ele Sileno me perguntou ‘e agora’ e eu disse, mantem tudo como estava. Como participei a vida toda de campanhas, não será diferente desta. Pelo contrário, tenho a sensação de que tenho que participar por dois. E aí vim porque sei da vontade dele e da importância que tem esse trio. A gente comentava sempre, depois de todos esses anos, de todo o trabalho sabendo que muita coisa ainda precisa ser feita, outras consolidadas. A gente pensava precisamos consolidar essa vitória. Acho que só depende de nós. Estou aqui com Duda, João, Pedro, José e Miguel para dizer Paulo, Raul e Fernando, contem com a gente. Pode parecer que o nosso maior guerreiro não está na luta, mas os seus sonhos estarão sempre vivos em nós. Fica tranquilo Dudu, teremos a sua coragem para mudar o brasil. Não desistiremos do brasil, é aqui que cuidaremos dos nossos filhos. </u></div>
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<u> Existe uma mistificação da figura de Renata e de Marina, ambas se autopromovem e pela sua militância como figuras sinaladas pela sorte pelo destino uma farsa já vista em diversos momentos em uns pais de crédulos como o nosso. Para uma campanha madura só resta discutir conceitos , então diante de certas afirmações : aqui</u></div>
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<u> <a href="http://www.diariodocentrodomundo.com.br/mariana-e-a-providencia-divina/" target="_blank">http://www.<wbr></wbr>diariodocentrodomundo.com.br/<wbr></wbr>mariana-e-a-providencia-<wbr></wbr>divina/</a></u></div>
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<u><br /> A PALAVRA DE ORDEM É DESMISTIFICAR TANTO A SUPOSTA JACQUELINE KENNEDY QUANTO A D. SEBASTIÃO DE SAIAS, UMA ESTÁ MAIS PRA LADY MACBETH E A OUTRA PRA TESTA DE FERRO DO CAPITAL INTERNACIONAL E FORÇAS CONSERVADORAS. AMBAS RESPONDEM A ANSEIOS E PROJETOS PESSOAIS DE PROTAGONISMO</u></div>
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<u><br /></u></div>
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<u> Marina por onde passou deixou isso bem claroque é ungida e inclusive não beneficiou com seu protagonismo em nada os partidos onde se filiou. A surpresa é Renata Campos, atuante na política ... talvez mas também tenha influenciado na escolha azarada de Eduardo Campos ser candidato em vez de esperar uma indicação que certamente viria de seu aliado e amigo de longa data com o qual o governador rompeu politicamente para seguir carreira solo. Renata se revela muito interessada em política, influenciando em questões simples no palácio como nomear para guarda cerimonial, até a provável influência decisão de se candidatar antes do tempo proposto por seu maior aliado tomada por Eduardo .</u></div>
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<u><br /></u></div>
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<u>Depois de tudo está claro que Renata não saíra como vice na chapa encabeçada pelas 2 apesar de se dizerem amigas. Renata porem não desistirá de articular as coisas. Os nomes mais cotados pra a vice ficou mesmo com Beto Albuquerque perfil bem pouco “alternativo “como pensa a REDE, e chegou a se cogitar o pernambucano Danilo Campos dois quadros do PSB mais ligados a essência do partido digamos .</u></div>
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<u><br /></u></div>
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<u> Agora os grupos que apoiavam Eduardo Campos sem SP se fecham de vez e acabou o dito Edualdo, que combinava Eduardo com seu carisma que aliado Alckmin assustava o candidato do PSDB.</u></div>
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<u>Com a escolha de Marina migram todos para a campanha de Aécio novamente. quanto ao vice escolhido o gaúcho Albuquerque líder do PSB na câmara muito próximo ao agronegócio é bem duro com Marina no tocante a sua posição indefinida e seu projeto da Rede , fala claramente que ela DEVE se alinhar dentro do PSB e abandonar a Rede cumprindo através de documento com suas obrigações e fidelidade ao partido que escolheu A REDE que se cuide , as parcas ideias que por ventura alguns defendiam sucumbiu de vez ao pragmatismo do agronegócio e ao desejo incontido e avassalador que Marina tem de ser presidente qualquer custo , a postura do PSB também já demonstra a confiança na pessoa de Marina silva pela escolha do vice em que nível está. A escolha Albuquerque ... fica claro que o PSB quer manter Marina nas linhas ... ou seja nas linhas do contrato que assinará ... </u></div>
<div class="MsoNormal">
<u>Aqui <a href="http://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,para-deputado-marina-tera-que-abracar-psb-e-deixar-rede,1544696" target="_blank">http://politica.estadao.com.<wbr></wbr>br/noticias/eleicoes,para-<wbr></wbr>deputado-marina-tera-que-<wbr></wbr>abracar-psb-e-deixar-rede,<wbr></wbr>1544696</a></u></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
P.S.: As imposturas de Marina são importantes pois desmontam suas mistificações das "teias de Deus" "providências divinas "e similares. Ela tenta se vender como um dom Sebastião de saias... "destino manifesto " do país in persona ... a tosca e medíocre verdade é o q tem por trás de Marina: são as forças conservadoras de sempre e o Mercado alijados do poder, em sua plenitude, atualmente, na América do Sul. Com uma fala q descarta a realidade da esquerda e a direita oferece o suposto novo da " terceira via...".... nas mesmas coligações de sempre... festejando um funeral "copiosamente". Esses, os de antes, têm em Marina uma esperança de volta: não vão querer desistir de explorar o Brasil.</div>
Laerte Bragahttp://www.blogger.com/profile/02880441885799126161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-18104155015458919852014-03-01T20:13:00.001-03:002014-03-01T20:13:52.663-03:00A unidade cívico-militar na Venezuela <h3 class="post-title entry-title">
A unidade cívico-militar na Venezuela
</h3>
<div class="post-header">
</div>
<div dir="ltr" style="text-align: left;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEic4JRyeYTqNXSul7gNrJH-RvooVyfSxw4204UEnH59HSmh6-mPksSKmPKxmEgtLxPl8nlX70Q8wB6ErQf5YOMauD7dMq_q45ZYFBa1YzpYR3P9gVhw8srySEY5iras9b9xp8lnbNtxR_lG/s1600/venezuelacontraUSA.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEic4JRyeYTqNXSul7gNrJH-RvooVyfSxw4204UEnH59HSmh6-mPksSKmPKxmEgtLxPl8nlX70Q8wB6ErQf5YOMauD7dMq_q45ZYFBa1YzpYR3P9gVhw8srySEY5iras9b9xp8lnbNtxR_lG/s1600/venezuelacontraUSA.jpg" width="243" /></a></div>
<strong>Por Beto Almeida</strong><br />
<br />
<em>"A revolução bolivariana é pacífica, pero armada" - Hugo Chávez</em><br />
Há 25 anos, num 27 de fevereiro de 1989, o então presidente da
Venezuela, Carlos Andrés Perez, lançou um pacote neoliberal explosivo
aumentando drasticamente o preço da gasolina e dos alimentos. O povo de
Caracas se rebela, sai às ruas, saqueia supermercados, lojas de roupas,
açougues. Perez d ordens para o exército reprimir com vigor. Centenas
de cidadãos são mortos. O número exato ainda está por ser calculado,
pois muitos foram enterrados em valas comuns ou atirados nos lixões da
cidade. <br />
<br />
<a href="https://www.blogger.com/null" name="more"></a>Quando tive a oportunidade entrevistar o presidente
Chávez, no Palácio de Miraflores, ele contou que está em serviço e
soube quando a ordem de reprimir foi dada e as tropas lançaram-se
pelos bairros pobres, esmagando sem dó nem piedade a rebelião,
conhecida com o nome de Caracazzo. Chávez dizia que o Caracazzo foi o
estopim, a alavanca , o encorajamento fundamental para que o movimento
militar bolivariano, cuja construção liderava dentro dos quartéis de
toda a nação, se decidira a agir. Aquela repressão havia provocado nas
fileiras progressistas e nacionalistas militares muito mais do que uma
indignação.<br />
<br />
<strong>47 segundos versus 10 anos</strong><br />
<br />
Quase três anos depois, em 4 de fevereiro de 1992, Chávez comandava uma
insurreição militar que pretendia colocar um fim no governo neoliberal
e corrupto de Andrés Peres e , com o apoio popular, convocar uma
Assembleia Nacional Constituinte. Do ponto de vista militar, a
insurreição não foi vitoriosa. Dialeticamente, foi vitoriosa do ponto de
vista político. Hugo Chávez comandou a rendição para poupar vidas,
entregou -se, e foi preso. Na prisão, transforma-se no homem mais
popular da Venezuela. O povo venezuelano identificou naqueles poucos
segundos em que Chávez usou a cadeia de rádio e TV - exigência para a
rendição - que aquele homem, meio negro e meio índio, era um dos
seus, que falava sua língua, representava seus anseios largamente
reprimidos. Tanto assim que longas filas, diariamente, se formaram para
visitar a Chávez na prisão. Gente proletária, sofrida, humilde, que
tinha tido a objetividade histórica de compreender que ali estava preso o
seu líder, enquanto os intelectuais pedantes discutiam,
interminavelmente, se Chávez era um populista, um golpista, um
autoritário ou um militaresco fascista.<br />
<br />
Certa vez, em debate com um dirigente do Partido Comunista Espanhol, em
Madrid, escutei-o dizer que só depois do golpe de 2002, ele tivera
certeza de que Chávez era de esquerda. Contra argumentando, assinalei
que enquanto ele tinha levado 10 anos para entender a função história de
Chávez, o povo venezuelano levara apenas 47 segundos para
compreendê-lo , tempo exato daquela declaração do líder da insurreição
bolivariana por cadeia para render-se, “por ahora”.<br />
<br />
O Caracazzo pariu a Insurreição de 4 de Fevereiro de 1992. Mas, é
chocante observar, ainda hoje, a infinita hipocrisia dos meios de
comunicação internacionais e dos governos que os controlam ou manipulam,
diante da crise atual da Venezuela. Quando o governo venezuelano de
1989 mandou reprimir e matou a rodo populares nas ruas de Caracas -
Chávez insistia sempre que eram milhares os mortos - esta mídia que
faz o maior estardalhaço sobre uma inexistente guerra civil na
Venezuela hoje, na época, não fez nenhum escândalo diante da matança aos
olhos de todos, nas ruas caraquenhas. Tampouco os governos , como o
dos Estados Unidos, que lançam cínicos comunicados de “preocupação com
os direitos humanos na Venezuela”, na época , foram os patrocinadores
do pacote neoliberal de Carlos Andrés Perez, fizeram o mais criminoso
silêncio. O silêncio da cumplicidade com aquela matança.<br />
<br />
<strong>Maldito seja...</strong><br />
O Caracazzo foi uma rebelião popular que levou a uma lição fundamental
para os militares revolucionários que se organizavam em torno de Chávez,
entre eles o Embaixador da Venezuela no Brasil, Almirante Diego Molero.
E a lição era a aplicação de uma das frases de Bolívar mais repetidas
pelo próprio Chávez, linha de princípio do movimento que, depois de anos
de preparação política doutrinária, preparava-se para agir: “Maldito
seja o soldado que aponta seu fuzil contra seu próprio povo!”<br />
<br />
Porém, a linha doutrinária, programática, ia muito mais além. Recuperava
e atualizava o Simon Bolívar integracionista, reformador social,
criando outra concepção para o papel dos militares: a integração
latino-americana, a unidade cívico-militar e a sustentação pela via
democrática, porém de armas nas mãos, do processo de mudanças em busca
de justiça social. Afinal, a Venezuela, um país tão rico, possuía 85 por
cento de pobres e miseráveis, uma maioria de analfabetos, favelas
desumanas por todos os lados, enquanto sua burguesia era conhecida por
ser uma das maiores consumidoras de caviar e champanhe do mundo,
perdendo apenas para burguesia francesa.<br />
<br />
Hoje, 25 anos depois do Caracazzo, já podemos contabilizar os frutos na
Revolução Bolivariana, mesmo assediada, atacada, sabotada, golpeada por
mais de 15 anos. O país de Bolívar não tem mais analfabetos, diz a
Unesco. Diz a FAO que houve redução drástica da desnutrição e da fome no
país. Os trabalhadores já possuem uma lei trabalhista moderna e foram
universalizados os direitos previdenciários. Lá se paga um dos
maiores salários mínimos da América Latina, comparativamente falando. E,
pela primeira vez na história do país, o petróleo, que enriqueceu por
décadas uma camarilha insensível e corrupta, agora tem a sua receita
aplicada na construção de moradias, de universidades bolivarianas, na
sustentação do ensino público gratuito, na instalação de milhares de
postos de saúde, com presença de mais 23 mil médicos cubanos, o que
reduziu tremendamente a mortalidade infantil.<br />
<br />
Claro que a Venezuela tem muitos outros desafios a superar, a começar
pela economia rentista do petróleo, como disse hoje, em Brasília, o
Chanceler Bolivariano, Elias Jaua, bem como enfrentar a criminalidade,
que, aliás, não é problema exclusivo venezuelano. Ele informou sobre os
focos de violência orquestrados por pequenos grupos de agentes
provocadores , com apoio do exterior. Enquanto a Venezuela possui 325
municípios, as ações violentas registraram-se em apenas 18 localidades
de todo o país. Reveladora é a informação de que os atos violentos
ocorrem centralmente nos bairros mais ricos. Mais reveladora ainda, da
condição de classe desses jovens de famílias ricas que agem
violentamente , é que optaram por queimar um caminhão do sistema Mercal,
um sistema estatal de distribuição de alimentos a baixo custo.
Queimaram, mas não saquearam os alimentos. Ou seja, o motivo não era a
fome, mas apenas queimar, destruir.<br />
<br />
<strong>Militares progressistas</strong><br />
As manifestações pacíficas são permitidas e a oposição, caso queira,
pode recorrer ao instrumento da revogabilidade de mandatos, contido na
Constituição Bolivariana, uma das mais avançadas do mundo, para tentar
retirar Maduro pela vida legal. Mas, se o objetivo é exigir, sem base
nem fundamento, a renúncia do Presidente Nicolás Maduro, e por meio de
incêndios, instalação de linhas de nylon cortantes nas ruas dos bairros
mais chiques, o que já provocou a degola de motociclistas,
evidentemente, estes grupos vão se defrontar com aquilo que talvez seja
uma das mais importantes obras de Chávez: a unidade cívico-militar. <br />
<br />
Os militares bolivarianos possuem outra consciência, enriquecida e
temperada na experiência da Revolução dos Cravos, de Portugal, no
governo antiimperailista de Velasco Alvarado, no Peru, no exemplo do
governo socialista do capitão Thomas Sankara, o Che Guevara africano, de
Burkina Fasso, experiências em que os militares atuaram sempre ao lado
do povo, sustentando um processo revolucionário, transformador, como
ferramenta estratégica.<br />
<br />
Este é o eixo que dá suporte e mantém de pé a Revolução Bolivariana até
hoje, enfrentando todas as ações de desestabilização emanadas pela Casa
Branca, ecoadas pela mídia internacional. Assim, é muito explicativo
observar que a mídia brasileira, especialmente aquela que apoiou o
golpe militar de 64 no Brasil, e, também, o golpe derrotado contra
Chávez, em 2002, esteja agora tentando fazer crer que exista uma
convulsão social na Venezuela. E que ontem, data dos 25 anos do
Caracazzo que pariu a Revolução Bolivariana, nada tenha dito daquela
rebelião, quando, apoiou não apenas o pacote de amargas medidas
neoliberais, mas, também, a sangrenta matança que hoje está sendo
apurada por uma espécie de comissão da verdade de lá.<br />
<br />
<em>* Beto Almeida é membro do diretório da Telesur</em></div>
<div dir="ltr" style="text-align: left;">
<em>Fonte: <a href="http://altamiroborges.blogspot.com.br/">Blog do Miro</a> </em></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-41464556737275226492014-01-05T10:14:00.000-02:002014-01-05T10:14:38.991-02:00A campanha da moda<div class="kicker blue">
Janio de Freitas </div>
<div class="kicker blue">
<br /></div>
<div class="title">
A campanha da moda</div>
<div class="title">
<br /></div>
<div class="fine_line">
Todo o falatório em torno de PIB de 1% ou de 2% nada significa diante da queda do desemprego a apenas 4,6%
</div>
Quem não discute gosto anda na moda, que é um modo de não ter gosto
(próprio, ao menos). Até por solidariedade aos raros que não se entregam
à moda eleitoreira de dizer que 2013 foi um horror brasileiro e 2014
será ainda pior, proponho uns poucos dados para variar.
<br />
Com franqueza, mais do que a solidariedade, que tem motivo recente, é
uma velha convicção o que vê importância em tais dados. Um exemplo
ligeiro: todo o falatório em torno de PIB de 1% ou de 2% nada significa
diante da queda do desemprego a apenas 4,6%. Menor que o da admirada
Alemanha. Em referência ao mesmo novembro (últimos dados disponíveis a
respeito), vimos as manchetes consagradoras "EUA têm o menor desemprego
em 5 anos: cai de 7,3% para 7%". O índice brasileiro, o menor já
registrado aqui, excelência no mundo, não mereceu manchetes, ficou só em
uns títulos e textos mixurucas.
<br />
Mas o índice não pode ser positivo: "O índice caiu porque mais pessoas
deixaram de procurar emprego". Se mais desempregados conseguiam emprego,
como provava o índice antes rondando entre 5,6% e 5,2%, restariam,
forçosamente, menos ou mais desempregados procurando emprego? PIB
horrível, falta de ajuste fiscal, baixa taxa de investimentos, poucas
privatizações, coitado do país. E, no entanto, além do emprego, aumento
da média salarial, a ponto de criar este retrato do empresariado de São
Paulo: a média salarial no Rio ultrapassou a dos paulistas.
<br />
A propósito: com as alterações do Bolsa Família pelo Brasil sem Miséria,
retiraram-se 22 milhões de pessoas da faixa dita de pobreza extrema.
Com o Minha Casa, Minha Vida, já passam de 1 milhão as moradias
entregues, e mais umas 400 mil avançam para a conclusão neste ano. A
cinco pessoas por família, são 7 milhões de beneficiados com um teto
decente, água e saneamento.
<br />
Sobre dados assim e 2014, escreve o economista-chefe da consultoria MB
Associados, Sérgio Vale: "Infelizmente, veremos mais promessas de
ampliação do Bolsa Família e do salário mínimo, que, no frigir dos ovos,
é o que tende a reeleger a presidente". Da qual, aliás, acha que em
2014 "deverá se apequenar ainda mais". Da mesma linhagem de economistas
--a que domina nos meios de comunicação--, Alexandre Schwartsman dá à
política que produziu aqueles resultados o qualificativo de "aposta
fracassada", porque só deu em "piora fiscal, descaso com a inflação e
intervenção indiscriminada, predominando a ideologia onde deveria
governar o pragmatismo".
<br />
"Infelizmente" e "aposta fracassada" para quem? Para os 22 milhões que
saíram da pobreza extrema, os 7 milhões que receberam ou receberão um
teto em futuro próximo, os milhões que obtiveram emprego, os milhões
ainda mais numerosos que tiveram melhoria salarial?
<br />
E, claro, ideologia existe só no que se volta para os problemas e
possíveis soluções sociais. Quem se põe de costas para o que não
interesse à elite financeira e ao poder econômico, não o faz por
ideologia, não. Por esporte, talvez.
<br />
Foi a esse esporte, quando praticado orquestradamente nos meios de
comunicação, que Dilma Rousseff se referiu como uma "guerra
psicológica", e gerou equívocos críticos. Não se trata de "expressão
antidemocrática", nem própria dos tempos da ditadura. É a denominação,
técnica ou científica, como queiram, de métodos de hostilidade não
militares, diferentes das campanhas por não serem declarados em sua
motivação e seus fins, e buscando enfraquecer o adversário por variados
tipos de desgaste.
<br />
Não é o caso da pregação tão óbvia no seu propósito de prejudicar
eleitoralmente Dilma Rousseff. E prática tão evidente que, já no início
de artigo na <b>Folha</b>, o empresário Pedro Luiz Passos definiu-a como
"o negativismo que permeia as análises sobre a economia brasileira, em
contraste com a percepção de bem-estar especialmente da base da pirâmide
de renda". Ou seja, há um negativismo, intenção de concentrar-se no
negativo, real ou manipulado, e a desconsideração do que deu à "base da
pirâmide" social alguma percepção de bem-estar.
<br />
O elemento essencial na existência de uma nação é o povo. Não é o
território, não é o Estado, ambos inexistentes em várias formas de nação
ao longo da história e ainda no presente (os curdos, diversos povos
nômades, povos indígenas). O PIB e os ajustes feitos ou reivindicados
nunca fizeram nada pelos brasileiros que são chamados de povo. A cliente
do PIB, dos gastos governamentais baixos e dos juros bem altos são os
que compõem a mínima minoria dos que só precisam, para manter o país, do
povo.
Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-27908838064831849852013-12-12T10:28:00.000-02:002013-12-12T10:28:02.361-02:00Insólitas prisões<br />
Por Maria Sylvia Carvalho Franco *<br />
<br />
Texto publicado na seção de Tendências / Debates, da <a href="http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2013/12/1382129-maria-sylvia-carvalho-franco-insolitas-prisoes.shtml" target="_blank">Folha</a>, em 08/12/2013<br />
<br />
<i>“Quatro da madrugada: instante entre a noite e o amanhecer,
quando as decisões lá no topo já se firmaram, quando o que deverá
acontecer já aconteceu. Alguém bate à porta, urgente. Quem é? Não se
sabe.”</i><br />
<br />
Com essa matriz política, Jan Kott abre sua reflexão sobre o golpe de
Estado urdido em “Ricardo 3º”, peça em que a violência dilacera as
tramas do cotidiano: súbito, a força física e a intimidação moral
irrompem nos afazeres, no lazer, no sono. “Quem dentre nós, pelo menos
uma vez na vida, não foi assim despertado?” O ensaio de Kott sobre
“Ricardo 3º” faz dessa figura uma grande metáfora da “húbris” política,
desvelando a essência do ato despótico e sua perene ameaça.<br />
Assistimos, aqui e agora, à reiteração dessas práticas. As detenções
dos réus da ação penal 470 ocorreram após um processo transparente, mas o
foram com bizarria do prisma ético. Sua imposição intempestiva, em
longo feriado, valeu-se do emblemático Dia da República e da suspensão,
no calendário, de três dias úteis. Pergunta-se o porque da pressa:
Joaquim Barbosa valeu-se do recesso para decidir sozinho, ignorando seus
pares?<br />
A efetivação repentina dessas prisões, após um lento processo, insere
o monopólio estatal da força física no cotidiano das pessoas. Noite que
enseja emboscadas, ou feriado que paralisa a vida pública e privada,
ambas as situações cancelam as garantias constitucionais.<br />
Não visamos, aqui, a procedência das prisões, mas seu arbitrário
“modus faciendi”. O uso do feriado não é inédito nas práticas políticas
autoritárias: entre nós, basta citar os ardilosos planos econômicos,
como o de Collor. Há mesmo uma história dessas tocaias: nas imagens
acentuadas por Kott, o golpe de Ricardo 3º condensa-se na semana de
Todos os Santos e Finados, tropos polissêmicos onde o dia dos mortos e o
morticínio do tirano conjugam-se: os assassinatos, processos e
decapitações não por acaso efetivam-se quando a vida social está
suspensa, em luto. Inglaterra elisabetana ou República brasileira, a
conivência com tais condutas resulta na mesma inversão de valores e
práticas já presentes na democracia grega e sintetizadas por Platão como
raízes do poder tirânico.<br />
Por fim, completando os atentados à cidadania, juntas médicas
ratificaram o desrespeito a um preso doente. No laudo sobre a saúde de
José Genoino, afirma-se que ele pode suportar o cárcere: bastam
remédios, dieta, exercícios regulares e (pasme-se!) evitar “fatores
psicológicos estressantes”. Os doutores ironizam ou ignoram o que
significa uma prisão, enunciando um oximoro: cadeia sem trauma.<br />
As juntas que se pronunciaram sobre Genoino –e talvez as que examinam
Jefferson– esqueceram-se de que avaliam prisioneiros cujas vidas não se
assemelham à dos pacientes abstratos cujos diagnósticos pautam-se pelos
parâmetros rotinizados oferecidos pela tecnologia médica. Lendo seus
pareceres, tem-se o sentimento de que a submissão aos poderosos avalizou
tais contrassensos. Tanto mais grave torna-se essa conduta quando
distinguimos a atual crise nos meios médicos brasileiros e lembramos o
quanto a bioética vem sendo debatida mundialmente.<br />
Após a renúncia de Genoino, as circunstâncias de sua captura podem
parecer episódicas, mas, nelas, o imprudente uso do poder evidencia o
vezo, perene no Estado brasileiro, de afrontar o cidadão.<br />
A crítica ao “modus operandi” das prisões não implicam tolerância ao
crime; pelo contrário, ela pressupõe que sentenças legais não autorizam
sua execução ilegítima.<br />
Vale recordar que as denúncias contra a democracia martelam a tese de
que nela é ínsita a impunidade. Já dizia Platão ao invectivar o regime
ateniense das liberdades que, na polis “licenciosa”, condenados à morte
ou ao exílio não “deixam a praça, circulam em público, como se fossem
indiferentes a todos, invisíveis, como fantasmas de heróis”. Pelo visto,
alguns magistrados são platônicos e gostariam de banir a democracia
para sempre.<br />
* MARIA SYLVIA CARVALHO FRANCO é professora titular aposentada de
filosofia da USP e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-91238264364872864002013-12-10T12:36:00.000-02:002013-12-10T12:36:25.593-02:00A aposta na democracia contra o caos <br />
<h2 class="titulo_detalhe" style="color: #8b8b83; font-size: 12pt;">
São
Paulo elegeu neste domingo 1.125 representantes para governar a cidade
com Haddad, o maior conselho popular da história brasileira.</h2>
<span class="detalhe_autor" id="detalhe_autor">por:<a href="http://www.cartamaior.com.br/"> Saul Leblon</a></span><a href="http://www.cartamaior.com.br/"> </a><br />
<br />
<br />
A cidade de São Paulo elegeu neste domingo o
maior conselho popular da história brasileira. Com pouco espaço na
imprensa e uma divulgação despolitizada de parte da própria prefeitura,
ele representa, paradoxalmente, talvez a resposta mais arrojada ao
anseio de participação ecoado nas ruas de junho.<br /><br />São Paulo reúne 32 sub-prefeituras.<br /><br />A
partir de 25 de janeiro - quando os conselheiros eleitos tomam posse -
elas terão um organismo local de fiscalização, consulta e proposição
reclamado há décadas como antídoto ao caos logístico e social na maior
metrópole brasileira e uma das maiores do mudo.<br /><br />Com um
representante para cada 10 mil habitantes, a cidade disporá então de
1.125 vozes a falar por ela com conhecimento de causa e legitimidade.<br /><br />É a aposta na democracia contra o caos. Se vingar, fará história e não apenas em São Paulo.<br /><br />Embora
a área de ação de cada conselheiro esteja circunscrita ao perímetro do
bairro, nada impede que a Prefeitura institua fóruns regionais ou mesmo
municipais, compostos por representações proporcionais destes conselhos,
para debater e planejar grandes ações de interesse de toda a cidadania.<br /><br />Na
verdade, dada a natureza sistêmica dos grandes problemas urbanos de uma
metrópole como São Paulo, essa progressão democrática é quase
inevitável.<br /><br />O recente reajuste do IPTU, que inflamou o espírito
separatista de uma parcela da cidade cujo horizonte comunitário começa e
termina na garagem do prédio, por certo teria outro respaldo político
fosse ele previamente discutido e sancionado por um fórum de
representações proporcionais ao mosaico paulistano.<br /><br />O debate
sobre o novo Plano Diretor de São Paulo, fomentado pela gestão Haddad,
certamente teria uma densidade e um discernimento diferenciados, se
estruturado a partir dos conselhos municipais.<br /><br />O grande risco é subestimar essa oportunidade democrática abastardando-a como um simulacro do que deveria ser.<br /><br />O que deveria ser passa pelas grandes questões que desafiam a democracia e o planejamento da sociedade em nosso tempo.<br /><br />Marx disse que o ‘o capital nasce escorrendo sangue e lama por todos os poros da cabeça aos pés’.<br /><br />A
imagem se aplica literalmente à descrição do processo contínuo de
valorização e exclusão em uma cidade com o tamanho e o calibre dos
interesses entranhados nos 1.500 km2 de São Paulo.<br /><br />A ideia de
que esse açougue possa ser administrado pelo livre curso dos interesses
graúdos que o dominam é o que de mais próximo se pode conceber em
termos de barbárie urbana.<br /><br />É disso, do direito ao livre curso dos
mercados sobre a cidade, que falam as entrelinhas das críticas
despejada contra a gestão Haddad por parte da emissão conservadora.<br /><br />Critica-se o prefeito pelos seus acertos.<br /><br />A
intrínseca barbárie apregoada na fuzilaria contra o IPTU progressivo, e
contra o Plano Diretor que coíbe o vale-tudo imobiliário, deriva da
mesma cepa que na esfera nacional ecoa o bombardeio contra o
‘intervencionismo da Dilma’.<br /><br />Os elevados custos humanos e
materiais da internalização da crise mundial no sistema econômica
brasileiro nunca são projetados quando se trata de fuzilar ‘a
gastança’ das medidas federais tomadas para evitá-los.<br /><br />Providências
equivalentes, em termos de vida urbana, deveriam ter sido adotadas em
metrópoles fortemente conectadas aos humores globais, como é o caso de
São Paulo.<br /><br />O Minha Casa, Minha Vida, no entanto, lançado como
medida contracíclica no plano federal, teve na São Paulo dirigida pelo
comodato Kassab/serrista, um dos seus piores desempenhos. O mesmo se
pode dizer no que diz respeito à adesão ao Brasil Sem Miséria.<br /><br />É
forçoso arguir se até mesmo prefeitos progressistas iriam além do
fatalismo ortodoxo, desprovidos de um contrapeso democrático que os
conectasse diretamente ao metabolismo nervoso da cidade.<br /><br />São
Paulo não precisa de uma crise mundial para revelar as camadas
majoritárias de sua gente expostas a um cotidiano de abandono e
privação.<br /><br />Num espaço por excelência de exercício da cidadania, a
igualdade perante a lei aqui significa muito pouco à imensa maioria dos
paulistanos desprovidos do poder econômico que lhes dê acesso aos
gabinetes onde a cidade é decidida.<br /><br />A cidadania que se exerce
assim, esporadicamente, no comparecimento às urnas descarnado de outras
instâncias de participação, revela-se um poder meramente formal diante
do bloco granítico no qual se fundem a política e o dinheiro.<br /><br />O
gradiente dos direitos civis na metrópole é diretamente proporcional à
quilometragem que separa bairros elegantes dos arruamentos suburbanos.<br /><br />Ninguém escapa do inferno pelas mãos do diabo.<br /><br />O
que se disputa no Brasil hoje – enevoado pela vaporosa endogamia de
togas e mídia-- é se o passo seguinte da história aqui será determinado
pelos impulsos cegos dos mercados ou pelo planejamento democrático dos
cidadãos.<br /><br />A importância do conselho eleito neste domingo em São Paulo deve ser avaliada dentro dessa disjuntiva<br /><br />Com algum otimismo, até mais além dela.<br /><br />A
história ensina que a passagem de uma época para outra requer não
apenas condições objetivas, mas rupturas de engajamento social que
reúnam a energia da força e do consentimento para desbravar novos
caminhos.<br /><br />O novo caminho no caso de São Paulo significa tornar a
democracia na gestão da cidade indissociável dos que dela sempre
foram excluídos.<br /><br />A gestão Haddad tem um pedaço disso nas mãos a partir de agora. Cabe não desperdiçar a colheita embutida na semente.<br /><br />A ver.<br /><br />
<br />
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-69687620807415637872013-12-05T19:18:00.000-02:002013-12-05T19:18:01.444-02:00Quando a Espanha sabia ser pobre e a pobreza os fazia solidários.<div class="rs_folha">
<div class="rs_skip rsbtn rs_preserve" id="readspeaker_button">
<h1>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFx5U26gRfidbFKvRWedD_Zfpew8Q7G-FtJYEh_GSwxdX2Tg7D-v631i8xlwGMujxMItcyfm4kdd7dCGRMDMyCwwfmHgYIZ6XMPU4e6qd2qiCqmt0zFX8WagLnXFGI-tYQ9jEXlLCgmy99/s1600/h0171f37.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFx5U26gRfidbFKvRWedD_Zfpew8Q7G-FtJYEh_GSwxdX2Tg7D-v631i8xlwGMujxMItcyfm4kdd7dCGRMDMyCwwfmHgYIZ6XMPU4e6qd2qiCqmt0zFX8WagLnXFGI-tYQ9jEXlLCgmy99/s400/h0171f37.jpg" width="275" /></a></div>
</h1>
<h1>
Opinião: Quando a Espanha sabia ser pobre com dignidade</h1>
</div>
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<b>ALMUDENA GRANDES</b><br />
ESPECIAL PARA O "NEW YORK TIMES"
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</div>
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</div>
</div>
Nas manhãs geladas de inverno, as empregadas domésticas não andavam
pelas ruas de Madri. Me recordo delas sempre correndo, com os braços
cruzados sobre o peito para tentar conservar o calor de um casaco de lã.
Me recordo também de alguns homens soturnos que caminhavam devagar, com
as lapelas do paletó levantadas e uma mala de papelão na mão. Eu os
olhava, me perguntava se não sentiam frio, me surpreendia com sua
compostura e guardava minha curiosidade para mim mesma.
<br />
Nos anos 60 do século 20, a curiosidade era um vício perigoso para as crianças espanholas.
<br />
Crescemos entre fotografias -às vezes emolduradas sobre uma cômoda, às
vezes escondidas numa gaveta- de pessoas jovens e sorridentes que não
conhecíamos. Quem é? Eram tios ou noivos, primas ou irmãos, avôs ou
amigas da família, e estavam mortos. Quando morreu? Faz muito tempo.
Como foi, por que, o que aconteceu? Foi na guerra, ou depois da guerra,
mas é uma história tão tenebrosa, é muito triste, é melhor não falar de
assuntos desagradáveis.
<br />
Ali, naquele conflito misterioso do qual ninguém se atrevia a falar,
embora ainda ardesse nos olhos dos adultos como uma ferida aberta,
infectada pelo medo ou pela culpa, terminavam todas as conversas. Assim
aprendemos a não perguntar muito antes de ler os terríveis e certeiros
versos de Jaime Gil de Biedma: de todas as histórias da História, sem
dúvida a mais triste é a da Espanha, porque termina mal.
<br />
Os espanhóis de hoje não gostam de se lembrar disso. Vivíamos em um país pobre, mas isso não era novidade.
<br />
Sempre tínhamos sido pobres, inclusive na época em que os reis da
Espanha eram senhores do mundo, quando o ouro da América atravessava a
península sem deixar em seu rastro mais que a poeira levantada pelas
carroças que o levavam a Flandres, para saldar as dívidas da Coroa.
<br />
Na Madri de minha infância, onde um sobretudo era um luxo que não estava
ao alcance das domésticas, nem dos trabalhadores diaristas que
esperavam a hora de embarcar em um trem, a caminho da colheita de uvas
francesas ou de uma fábrica alemã, a pobreza continuava sendo um destino
familiar, a única herança que muitos pais podiam deixar para seus
filhos.
<br />
Entretanto, nesse legado havia algo mais, uma riqueza que perdemos.
<br />
Olho para trás e me recordo de tudo, do frio, dos mendigos, dos
silêncios, do nervosismo dos adultos quando cruzavam com um policial na
calçada, de um costume antigo. Se um pedaço de pão caía ao chão, nos
obrigavam a recolhê-lo e lhe dar um beijo antes de devolvê-lo à cesta de
pão, porque houve muita fome em nossas casas quando morreram aquelas
pessoas queridas de quem ninguém queria nos falar. Porém, por mais que
eu me esforce, não me recordo da tristeza.
<br />
Da raiva, sim, dos maxilares cerrados, como que talhados em pedra, de
alguns homens e mulheres que em uma só vida tinham acumulado tragédias
suficientes para afundar-se seis vezes, mas que, não obstante,
continuavam em pé. Porque na Espanha, até uns 30 anos atrás, os filhos
herdavam a pobreza, mas também a dignidade de seus pais, uma maneira de
ser pobre sem deixar de ser digno, sem deixar de lutar por seu futuro,
sem nunca se dar por vencido.
<br />
Nem mesmo Franco, nos 36 anos de feroz ditadura que foram os frutos
daquela guerra maldita, conseguiu evitar que seus inimigos prosperassem
em condições atrozes, que se apaixonassem, que tivessem filhos, que
fossem felizes. Na Espanha de minha infância, a felicidade era também
uma maneira de resistir.
<br />
Depois nos disseram que era preciso continuar a esquecer. Que para
construir a democracia era imprescindível olhar para frente, fazer como
se nunca tivesse acontecido nada por aqui. E, ao esquecermos o ruim,
também esquecemos o bom. Não parecia importante, porque de repente
éramos bonitos, éramos modernos, estávamos na moda... Para quê recordar a
guerra, a fome, centenas de milhares de mortos, tanta miséria?
<br />
Assim, renegando as mulheres sem sobretudo, as malas de papelão e os
beijos no pão, perdemos os vínculos com nossa própria tradição, as
referências que agora nos poderiam ajudar a superar esta nova pobreza
que nos atacou de surpresa, vinda do coração dessa Europa que nos ia
tornar ricos e que nos arrebatou um tesouro que não se compra com
dinheiro.
<br />
Assim, nós, os espanhóis de hoje, mais que arruinados, estamos perdidos,
abismados em uma confusão paralisante e inerme, desorientados como um
menino mimado de quem tiraram os brinquedos e que não sabe protestar,
reclamar o que era seu, denunciar o roubo, deter os ladrões.
<br />
Se nossos avôs nos vissem, primeiro morreriam de rir, depois morreriam
de pena. Porque para eles isso não seria uma crise, mas um leve
contratempo. Mas nós, que durante séculos soubemos ser pobres com
dignidade, nunca soubemos ser dóceis.
<br />
Nunca, até agora.
<br />
<div class="tagline">
A escritora espanhola <b>Almudena Grandes</b> publicou vários livros
sobre a Guerra Civil Espanhola. Um deles, "El Corazón Helado", foi
traduzido para vários idiomas, incluindo o inglês
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-37104814025161879972013-12-02T19:27:00.000-02:002013-12-02T19:27:19.940-02:00Cubanos trazem uma nova forma de fazer Medicina<span id="dataHTML"><time itemprop="datePublished"></time>
</span>
<br />
<div class="noticia-header">
<br /><div class="barra-superior" id="barra-superior">
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<span itemprop="creator" itemscope="itemscope" itemtype="http://schema.org/Person"> <span id="authors-box">
<strong itemprop="name"></strong></span><span id="authors-box"><strong itemprop="name">Christina Nascimento no http://odia.ig.com.br/noticia/</strong></span></span></div>
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</div>
</div>
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Rio - É quase impossível não estranhar quando
se ouve de Julio Cesar Nunez Naranjo, 46 anos, o valor que recebe por
mês em Cuba. “Cerca de 30 dólares (quase R$ 70). É uma boa remuneração”,
diz o médico, em um compreensível ‘portunhol’, após atender uma mãe e
um bebê no Centro Municipal de Saúde de Vila do Céu, em Campo Grande.
Mas a relação com o dinheiro não é a única diferença na comparação com
os médicos brasileiros. <br />
<br />
A chegada dele à unidade já provocou mudança no
comportamento de outros profissionais. E a explicação está na formação
acadêmica: a medicina cubana incentiva laços mais estreitos com os
pacientes. “Os médicos que vêm de fora colhem material para preventivo.
Alguns não faziam isso. Mandavam sempre a enfermeira. Já ouvi muitos
dizendo que agora vão fazer o procedimento”, conta uma funcionária da
unidade. <br />
<br />
<div class=" ">
A sensação térmica em Vila do Céu era
de 40 graus na quinta-feira, quando Julio recebeu O DIA no consultório.
Do bolso, ele tira um lenço para enxugar o suor no rosto. Apesar do ar
condicionado, o calor é quase insuportável. Uma realidade que não
assusta quem tem no currículo experiências no Haiti, onde o atendimento
era feito em postos sem ventilação ou qualquer iluminação.
<br />
</div>
<figure class="foto-legenda EJENEE00504" style="position: relative;"> <span>
<img src="http://ejesa.statig.com.br/bancodeimagens/cq/ti/5o/cqti5oyneqlle6xvhm5zmonup.jpg" />
</span>
<figcaption> <div class="legenda">
Julio Cesar Naranjo, 46 anos, deixou para trás dois filhos e tem pela frente o desafio de atender 4 mil pessoas</div>
<cite> Foto: <span>Divulgação</span>
</cite>
</figcaption>
</figure>
<div class=" ">
“Achei que iria encontrar um cenário
no Rio muito pior do que realmente é. Vi que tem estrutura e a equipe é
dedicada. É possível fazer um bom trabalho”, avalia ele, que deixou dois
filhos na ilha de Fidel. “Um deles será médico”, diz, orgulhoso. Por
aqui, o trabalho na comunidade de 29 mil habitantes será exaustivo. No
hospital onde atuava em Cuba, ele tinha sob sua atenção 1,2 mil pessoas.
Em Vila do Céu, serão 4 mil. Pacientes como a pequena Mariana Cadena,
de 6 meses, estão na lista de atendimento. Enquanto mama, sua mãe, a
camelô Raquel Cadena, 38, diz estar esperançosa. <br />
</div>
<figure class="foto-legenda EJENEE00604" style="position: relative;"> <span>
<img src="http://ejesa.statig.com.br/bancodeimagens/86/48/fr/8648frcp59cquica3mt55duzj.jpg" />
</span>
<figcaption> <div class="legenda undefined">
Pacientes aprovam atendimento</div>
<cite> Foto: <span>Divulgação</span>
</cite>
</figcaption>
</figure>
<div class=" ">
“Ficamos quase dois meses sem o
médico de família. A ajuda vinha da enfermeira, que acompanhava o peso
da neném. Estava preocupada com o desenvolvimento dela”, avalia Raquel. A
mãe disse não se importar com a consulta auxiliada por uma enfermeira
tradutora. “Quero alguém para me atender. Não importa de onde venha”.
<br />
</div>
<div class=" ">
Dos R$ 10 mil que o governo
brasileiro vai passar para a Organização Pan-Americana de Saúde,
referentes ao trabalho dos cubanos, Julio e sua família vão ficar com
cerca de R$ 2,3 mil. O restante é retido por Cuba, que durante os três
anos que os médicos vão ficar aqui continuará depositando o salário
deles. “O que vai para lá será reinvestido na área de saúde. Não é para
mim. É para todo mundo”, explica Julio, sem se mostrar incomodado.</div>
<div class=" ">
<strong>Cidade que mais avançou</strong>
<br />
</div>
A chegada de 70 médicos estrangeiros, sendo 65
vindos de Cuba, vai elevar o Rio ao patamar de cidade que mais avançou a
curto prazo em cobertura de saúde da família. A partir de amanhã, o
cadastro de controle da Secretaria Municipal de Saúde passa a registrar
mais 300 mil cariocas com atendimento monitorado pelo programa. Com
isso, serão, no total, 2,83 milhões de pessoas monitoradas pelos postos
de saúde e Clínicas da Família. Com o reforço vindo de outros países,
esse percentual vai saltar dos atuais 41% para 45%.
<br />
<br />
Até o momento, a prefeitura não tem registro de
problemas com médicos estrangeiros. Pelo contrário. A aceitação tem
superado as expectativas. Acostumada a atender em localidades de extrema
miséria, em países como Honduras e Bolívia, Leonor Maria Pérez, 48,
acha que a profissão é uma atividade humanitária. “Todo médico deveria
trabalhar em regiões carentes. A gente estuda é para isso, para ajudar
as pessoas”.<br />
<div class=" ">
<strong>Medo da violência noticiada</strong>
<br />
</div>
<div class=" ">
A rotina no Rio é parecida com a de
Cuba. São 40 horas por semana, mas lá os médicos trabalham quatro horas
todos os sábados. Assim como o colega que atua em Vila do Céu, José
Manuel Anaya, 45, que trabalha no Centro de Saúde de Inhoaíba, passou
pela Venezuela. Também esteve em Gana antes de vir para o Brasil.
<br />
</div>
<div class=" ">
No Rio, admite ter medo da violência:
“Vejo nos jornais que aqui tem três, quatro mortos por dia. Por isso,
estou sempre atento”, afirma o cubano, que ainda não teve tempo para
conhecer pontos turísticos da cidade</div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-21992372371135305102013-12-01T11:21:00.000-02:002013-12-01T11:21:40.059-02:00Arroubo tucano é pânico<table><tbody>
<tr><td><div class="titulo_colunista_1b" id="detalhe_autor" style="left: -20px; position: relative; top: -0px;">
Antonio Lassance no site Carta Maior<a href="http://www.cartamaior.com.br/">http://www.cartamaior.com.br</a>
</div>
</td>
</tr>
<tr>
<td><div class="titulo_colunista_detalhe" style="left: -20px; position: relative; top: -5px;">
<h1 class="titulo_detalhe">
Arroubo tucano é pânico</h1>
</div>
</td>
</tr>
<tr>
<td><div class="titulo_colunista_detalhe">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7qp76YbQUfjUsiSEW01po6dhqffzDpc2E3-XovqTIdcGiNhwcQ1clQRuGwe-8MPX8KkqjPABCfQJluIWoklu49tco8a9VPyvNMTHv4iDdvR2M1FP56KXaLm5OWnBTogT6W5UVg0AKw3z8/s1600/serra.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="263" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7qp76YbQUfjUsiSEW01po6dhqffzDpc2E3-XovqTIdcGiNhwcQ1clQRuGwe-8MPX8KkqjPABCfQJluIWoklu49tco8a9VPyvNMTHv4iDdvR2M1FP56KXaLm5OWnBTogT6W5UVg0AKw3z8/s400/serra.jpg" width="400" /></a></div>
<h2>
<br /></h2>
</div>
</td></tr>
</tbody></table>
<h2 class="titulo_detalhe" style="color: #8b8b83; font-size: 12pt; width: 100%; word-wrap: break-word;">
</h2>
<h2 class="titulo_detalhe" style="color: #8b8b83; font-size: 12pt; width: 100%; word-wrap: break-word;">
Atropelados
pelas denúncias, tucanos enfrentarão o ministro da Justiça, José
Eduardo Cardozo, em local apropriado para discutir o trensalão do PSDB.
</h2>
<br />
<br />
Era uma vez um bando de tucanos - como se sabe, o coletivo de pássaros é
bando. Empoleirados e empertigados, um ao lado do outro, eles se
esforçaram ao máximo para demonstrar altivez, unidade e indignação.<br /><br />Sua
reunião mais parecia o quadro da Última Ceia, mas ainda não haviam
escolhido ninguém para Cristo. Negaram três vezes que estejam metidos em
maracutaias. “Não, não e não!”<br /><br />Chamaram a imprensa para fazer
disso uma coletiva. Como se tivessem descoberto alguma novidade,
exibiram uma papelada tirada do sarcófago de uma investigação, nunca
levada adiante, sobre o escândalo do trensalão do PSDB, carinhosamente
apelidado de “caso Siemens”.<br /><br />Provaram, por “a” mais “b”, que
alguém teve o desplante de traduzir “o governo de São Paulo” por
“governo do PSDB”. Onde já se viu? Onde se lê, em Inglês, “pessoas do
governo”, aportuguesaram para “tucanos”. Definitivamente, alguém está
querendo confundir as coisas.<br /><br />Para dar mais sobriedade ao
encontro, o bando colocou no meio o candidato a presidente, Aécio Neves.
Alckmin e Serra não compareceram. Foi melhor. Havia o risco de
levantarem a mão na hora da leitura do documento e dizerem “sou eu”.<br /><br />Conforme
roteiro previamente ensaiado, esses descendentes mais próximos dos
dinossauros, fazendo jus à família do Tiranossauro Rex, rosnaram
ameaças, rogaram pragas e abriram a torneira de palavrões tirados do
Dicionário Carlos Lacerda de Golpes Abaixo da Linha de Cintura. Era para
cada membro do jogral proferir apenas um despautério, mas há sempre
quem quer aparecer mais que os outros. Esse, mais afoito, foi logo
chamando o ministro da Justiça de vigarista, sonso e membro de
quadrilha. Sempre ele, o tucano mais provocador e especialista em
promover dissensões, conforme uma qualificação dada por um companheiro
de partido.<br /><br />Qual não foi a surpresa quando o ministro da Justiça
reagiu. Fazia tempo que algo assim não acontecia. Parece, pelo menos até
agora, que os petistas resolveram finalmente sair da retranca. Dizem as
más línguas do jornalismo isento, aquele que se isenta de pagar
impostos, que a orientação partiu da própria presidenta.<br /><br />Precisávamos
saber mais detalhes sobre que tipo de orientação terá sido essa.
Imagino algo como: “vá lá e mostre que não temos sangue de barata”.
“Chega de complexo de vira-latas”. “Manda brasa e depena esses
galináceos”.<br /><br />E foi isto o que o ministro fez, duas vezes. Da
primeira vez, o jornalismo isento (de impostos) deve ter dormido em
metade da coletiva e só acordou ao final. Perdeu e não divulgou o mais
importante. No dia seguinte, o ministro teve que voltar a repetir tudo e
servir café quente para aquecer as más línguas. Finalmente, eles
ficaram atentos e se dignaram a dar uma declaraçãozinha mais generosa.<br /><br />"O
dia em que o ministro da Justiça aceitar ser chamado de vigarista,
sonso - no sentido de dissimulado, ou ser chamado de membro de quadrilha
e não reagir, ele não defende o seu cargo. Este é um cargo de Estado".
"Quem denuncia falso crime comete outro crime". “Isso é um vil pretexto
para criar uma cortina de fumaça sobre o fato de que o ministro tinha os
documentos e os encaminhou para a PF" [traduzindo: Polícia Federal].<br /><br />"Acho
lamentável que queiram transformar quem cumpre a lei em réu apenas pelo
fato de que existe uma investigação que, obviamente, existe desde 2008.
A maior parte dos países em que houve esse escândalo já investigou, já
puniu pessoas envolvidas. O Brasil ainda caminha lentamente"."É esse meu
papel e de qualquer ministro da Justiça que não quer ser um
engavetador, como no passado já houve”.<br /><br />Na próxima quarta-feira
(4/12), o bicho vai pegar. Cardozo vai falar em audiência pública na
Comissão de Segurança e Combate ao Crime Organizado, local certo para
tratar do trensalão do PSDB. Os tucanos queriam que o ministro fosse ao
Congresso, e não é que ele topou? Agora, os tucanos precisarão fazer um
esforço ou tomar um Lexotan para evitar que sua irritação demonstre o
pânico que transpira em bicas a cada vez que o assunto é ventilado. Vai
ser necessário muito arroubo. Caramba, e como traduzirão arroubo?<br /><br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-80883143365651388492013-11-28T10:43:00.000-02:002013-11-28T10:43:45.170-02:00Esconde esconde<h2 class="date-header">
<br /></h2>
<a href="http://www.blogger.com/null" name="4458482624385743727"></a>
<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name">
Janio de Freitas
</h3>
<div class="post-header">
</div>
FSP
<br />
<div class="title" style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 39px; font-weight: bold; margin-bottom: 15px; margin-top: 10px;">
Esconde esconde</div>
<div class="eye" style="border-bottom-color: rgb(102, 102, 102); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 2px; border-top-color: rgb(102, 102, 102); border-top-style: solid; border-top-width: 2px; color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px; font-style: italic; font-weight: bold; padding: 7px 0px; width: 317px;">
Estar encoberto é o traço da sequência que termina no arquivo do Ministério Público Federal em SP</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
A acusação do senador Aécio Neves e de outras eminências do PSDB ao
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de envolvê-los em ilicitudes
para desviar as atenções postas nos petistas presos, não resiste a um
simples olhar aos jornais ou telejornais. Até um exame médico de José
Genoino continuou mais importante do que a distensão EUA/Irã, do que um
pronunciamento conservador do papa aparentemente inovador, do que
manifestações de entidades de magistrados e da OAB contra o presidente
do STF --e, claro, do que o tal envolvimento de peessedebistas.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Mas uma parte e outra tornam necessárias mais duas linhas
investigatórias nessa história de corrupção nas licitações de metrô e
trens em São Paulo. "Mais duas" não é bem o caso, porque até agora
sabe-se de investigações que o Ministério Público Federal em SP deixou
de fazer, mas nada se sabe com certeza de investigação em processamento.
A propósito, as condutas que, por vários anos, evitaram investigações
aqui e até uma singela colaboração do MP com a investigação suíça
deveriam ser objeto de inquéritos rigorosíssimos. Tanto no próprio
Ministério Público Federal no Estado, apesar de pouco promissor contra a
força do corporativismo, quanto no plano federal, pelo dano a relações
internacionais do país.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Aécio Neves começou por acusar de manobra a entrega à Polícia Federal,
pelo ministro, de uma carta em que é feito o envolvimento de políticos
do PSDB com a corrupção. Mas o que Cardozo deveria fazer senão
entregá-la à PF? Ao que parece, o que se deseja é exatamente que toda
suspeita de corrupção, como faz a carta, seja encaminhada à PF e suas
congêneres. O original da carta, porém, segundo as eminências do PSDB,
não incluiria citação alguma ao seu partido, só existente na versão
divulgada. Ao que Cardozo responde com a informação de que a carta
exibida pelo PSDB, sem as incriminações, tem menos folhas, ou menos
texto, do que o original por ele recebido e encaminhado à PF.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Nesta altura, os dois lados nos lançaram no terreno do inacreditável.
Aécio Neves, José Eduardo Cardozo e José Aníbal são igualmente
inimagináveis como autores ou como coniventes em acréscimos ou
supressões documentais para incriminar adversários políticos. Há algo
estranho e encoberto no confronto de leviandades mutuamente atribuídas.</div>
<div style="color: #1f1f1f; font-family: 'Times New Roman', verdana, arial; font-size: 18px;">
Estar encoberto é o traço característico da sequência que começa em
dinheirama correndo debaixo de mesas governamentais, segue em contratos
que escondem os valores corretos e mergulha no arquivo do Ministério
Público Federal em São Paulo, onde uma correspondência de investigação
se esconde e esconde a própria investigação --esta, feita na Suíça
porque o Brasil não a faz. É necessário e urgente interromper a
característica do caso, para esclarecer os sigilos da carta. Um dos
lados vai sair mal do esclarecimento. Mas isso, provavelmente, começará a
esclarecer o mais importante. Talvez, o mais escondido na história
toda.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-66311719171257310222013-11-24T10:56:00.000-02:002013-11-24T10:56:35.177-02:00"A Lei sou eu". Justiça e vingança, a saga de Genoino<a href="http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/files/2013/11/familia-do-genuino.jpg"><img alt="familia do genuino A Lei sou eu: Justiça e vingança, a saga dos Genoino" class="aligncenter size-full wp-image-9641" height="347" src="http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/files/2013/11/familia-do-genuino.jpg" title="Foto: Reprodução" width="498" /></a><br />
<br />
retirado do<a href="http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/"> Balaio do Kotscho</a><br />
<br />
<br />
Vou dar uma folga hoje ao jornalista que atende pelo mesmo nome e
pedir licença a vocês para escrever este texto como velho amigo
da família de José Genoíno, que é o que mais me importa neste momento.
Para mim, embora ganhe a vida atualmente como comentarista político, o
destino dos seres humanos sempre esteve acima de qualquer outra questão,
ao longo deste quase meio século de carreira de repórter, em que
procurei contar as histórias da minha terra e da minha gente, em sua
grande maioria brasileiros anônimos.<br />
De tanto ler ao longo da semana colunas, blogs e comentários nas
redes sociais eivados de torpezas, vilezas, canalhices, sordidez,
perversões, infâmias, sabujice, injúrias e safadezas, estava relutando
em voltar ao assunto porque chega uma hora em que a indignação é tanta
que as palavras chegam a perder o sentido, a gente já nem sabe o que
dizer.<br />
Mudei de ideia na manhã desta sexta-feira cinzenta em São Paulo, ao
ler, na página A3 da Folha, o artigo do competente jornalista Carlos
Brickmann, que pode ser acusado de tudo, menos de ser petista.<br />
Escreve Brickmann: "Uma sociedade que, mesmo tendo razão ao
reivindicar a aplicação rígida da lei, tenta extrapolar seus limites
para atormentar ainda mais quem já foi punido pela privação da liberdade
precisa se reavaliar. Com a prisão, os infratores foram punidos e a
vingança da sociedade se realizou. Ir além é retroceder a épocas que já
deveriam ter sido superadas".<br />
O que boa parte dos jornalistas-pistoleiros acoitados na grande
imprensa quer, na verdade, não é Justiça, mas vingança contra um partido
político e seus dirigentes _ e José Genoíno, deputado federal e
ex-presidente do PT, tornou-se seu principal alvo. "O que a lei prevê é a
privação da liberdade, em diversos graus. A lei não prevê maus-tratos,
não prevê castigos físicos, não prevê condições inadequadas de prisão",
lembra Brickmann, com toda propriedade.<br />
Como pode o mesmo Supremo Tribunal Federal que adotou a teoria do
"domínio do fato", para punir mesmo sem provas ou atos de ofício,
permitir que um homem gravemente doente do coração, como é do
conhecimento geral da Nação, seja jogado num presídio em regime fechado
quando foi condenado ao semiaberto?<br />
Esta barbaridade já durava uma semana, quando foi momentaneamente
suspensa para que Genoíno fosse levado a um hospital na tarde de
quinta-feira, depois de declarar, em pé, na sala do diretor do presídio,
aos colegas que foram visita-lo: "Entre a submissão e a humilhação, eu
vou para a luta nem que leve a minha vida".<br />
Filho de lavradores, nascido na comunidade de Várzea Redonda, em
Quixeramobim, no Ceará, acolhido na casa paroquial de Senador Pompeu
para que pudesse estudar, líder estudantil e ex-guerrilheiro, fundador
do PT, parlamentar quase a vida toda, Genoíno é a prova viva da famosa
frase de Euclides da Cunha, segundo a qual "o sertanejo é antes de tudo
um forte". Por isso, não me surpreende a sua disposição de enfrentar as
dificuldades de cabeça erguida.<br />
Mas não é só ele: o que mais me comove em toda esta história é o
comportamento de solidariedade permanente e absoluta de sua família, a
pequena grande Rioco, que conheceu na prisão, e seus três
filhos, Miruna, Ronan e Mariana, que estão sempre por perto na Papuda
para zelar por sua integridade física e denunciar o tratamento desumano
que lhe é dispensado desde que se apresentou à Polícia Federal.<br />
Parafraseando Luís XIV, o rei absolutista da França, a quem é
atribuída a frase "O Estado sou eu", José Genoíno e os demais políticos
presos estão submetidos ao livre-arbítrio de Joaquim Barbosa e outros
ministros, que adotaram o lema "A Lei sou eu", para atender à sanha de
jornalistas e seus leitores ensandecidos, que não se conformam apenas
com a condenação dos réus, mas querem humilha-los e, se possível,
extermina-los.<br />
"Por que obrigar pessoas próximas dos 70 anos a acocorar-se para
fazer suas necessidades?", indaga em seu artigo o colega Carlinhos
Brickmann, a quem agradeço por me dar as palavras que não encontrava
para expressar meu sentimento de vergonha, dor e revolta. Sim, eu sei,
são estas as condições degradantes em que vive a grande maioria dos
presos no nosso país, mas nem por isso vou me conformar com a saga de
sofrimento enfrentada pela família de Genoíno, em defesa da vida,
enquanto se multiplicam as cenas de tripúdio explícito dos arautos da
morte diante da dor alheia.<br />
Aguenta firme, Genoíno, e manda um abraço para toda a família, e aos
amigos Zé Dirceu e Delúbio, que espero reencontrar em breve, quando a
lei for cumprida e eles passarem para o regime semiaberto ao qual foram
condenados. Um dia, que espero não demore muito, a História fará Justiça
com vocês.<br />
Perdoem-me o desabafo, mas tem hora que o cidadão engole o jornalista. Jornalistas temos muitos; amigos, nem tanto.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-39081522719809788332013-11-21T13:57:00.001-02:002013-11-21T13:57:47.982-02:00Cúpula do Governo Alckmin cai no propinoduto
<div class="itemIntroText">
<h2 class="itemTitle">
Cúpula do Governo Alckmin cai no propinoduto</h2>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNEgDfhidzNyNvex0az7cElFQtg4LUhsVwnU8rURvo_KAdSKBFplEeQagneuEbSY-Ys7EiujNVaWu-4EHFD2_3pjp9RdswlVgG1rYCzyTrH5Jma3PO15l8yPREX0X_lf2TpijhhVZTtXYv/s1600/7602638_serra_195_260.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNEgDfhidzNyNvex0az7cElFQtg4LUhsVwnU8rURvo_KAdSKBFplEeQagneuEbSY-Ys7EiujNVaWu-4EHFD2_3pjp9RdswlVgG1rYCzyTrH5Jma3PO15l8yPREX0X_lf2TpijhhVZTtXYv/s400/7602638_serra_195_260.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<span style="line-height: 1.3em;">Ex-diretor da Siemens Everton
Rheinheimer denuncia formalmente ao Conselho Administrativo de Defesa
Econômica um forte esquema de corrupção nos governos do PSDB em São
Paulo</span><br />
</div>
<div class="itemFullText">
<br />
Segundo ele, Edson Aparecido, braço direito do governador Geraldo
Alckmin e hoje secretário da Casa Civil recebeu propinas das
multinacionais entre 1998 e 2008; propinoduto na área de transportes,
segundo Rheinheimer, visava abastecer o caixa dois do PSDB e do DEM; ele
apontou ainda corrupção nos governos de José Serra e Mario Covas;
outros nomes citados são dos secretários José Aníbal, de Energia,
Jurandir Fernandes, de Transportes, Rodrigo Garcia, de Desenvolvimento
Econômico, e até do senador Aloysio Nunes e do deputado Arnaldo Jardim;
strike completo?É quase um strike.<br />
Um relatório entregue no dia 17 de abril deste ano ao Conselho
Administrativo de Defesa Econômica cita praticamente toda a cúpula do
governo de Geraldo Alckmin no chamado "propinoduto tucano". A denúncia,
formal, foi feita por Everton Rheinheimer, ex-diretor da Siemens, que
afirmou dispor de "documentos que provam a existência de um forte
esquema de corrupção no Estado de São Paulo durante os governos (Mário)
Covas, (Geraldo) Alckmin e (José) Serra, e que tinha como objetivo
principal o abastecimento do caixa 2 do PSDB e do DEM".<br /> <br />O furo
de reportagem, dos jornalistas Fernando Gallo, Ricardo Chapola e Fausto
Macedo, do Estado de S. Paulo (leia aqui), aponta que o lobista Arthur
Teixeira, denunciado por lavagem de dinheiro na Suíça, teria pago
propinas ao deputado licenciado Edson Aparecido, atual secretário da
Casa Civil e braço direito de Geraldo Alckmin. O documento também cita
outros nomes graúdos do tucanato paulista, como os secretários José
Aníbal, de Energia, Jurandir Fernandes, dos Transportes, e Rodrigo
Garcia, de Desenvolvimento Econômico. Outros nomes mencionados pelo
ex-diretor da Siemens são o do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e
do deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) - este, também como beneficiário
das propinas.<br /> <br />A denúncia do ex-diretor da Siemens tem peso
importante porque é o primeiro documento oficial que vem a público com
referência a propinas pagas a políticos ligados a governos tucanos. Até
então, apenas ex-diretores de estatais como a Companhia Paulista de
Trens Metropolitanos (CPTM) vinham sendo citados. Rheinheimer foi
diretor da divisão de transportes da Siemens, onde atuou durante 22
anos. Ele disse ainda que o cartel "é um esquema de corrupção de grandes
proporções, porque envolve as maiores empresas multinacionais do ramo
ferroviário como Alstom, Bombardier, Siemens e Caterpillar e os governos
do Estado de São Paulo e do Distrito Federal".<br /> <br />No Distrito
Federal, os desvios teriam ocorrido nos governos de Joaquim Roriz e José
Roberto Arruda. Em São Paulo, ele cita os governos de Geraldo Alckmin,
José Serra e Mario Covas. O fluxo das propinas ocorria por meio da
empresa Procint, do lobista Arthur Teixeira, finalmente denunciado na
Suíça, após dois anos de engavetamento do caso pela procuradoria-geral
da República em São Paulo, por decisão do procurador Rodrigo de Grandis
(leia mais aqui). Rheinheimer está colaborando com a Justiça, no regime
de delação premiada. Sobre Edson Aparecido e Reynaldo Jardim, ele
sustenta que "seus nomes foram mencionados pelo diretor-presidente da
Procint, Arthur Teixeira, como sendo os destinatários de parte da
comissão paga pelas empresas de sistemas (Alstom, Bombardier, Siemens,
CAF, MGE, T'Trans, Temoinsa e Tejofran) à Procint".<br />Sobre o senador
Aloysio Nunes e os secretários Jurandir Fernandes e Rodrigo Garcia, o
ex-diretor da Siemens diz ter tido "a oportunidade de presenciar o
estreito relacionamento do diretor-presidente da Procint, Arthur
Teixeira, com estes políticos". Sobre José Aníbal, mencionou um
assessor: "Tratava diretamente com seu assessor, vice-prefeito de
Mairiporã, Silvio Ranciaro".<br />
*Com informações do Portal 247 via <a href="http://www.macroabc.com.br/">MacroPT ABC</a><br />
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-32243973688573648642013-11-21T10:51:00.000-02:002013-11-21T10:51:18.632-02:00Anotações sobre uma farsa (I) ,para os anais da história do Brasil<div class="titulo_detalhe">
<h1 class="titulo_detalhe" style="color: #0061a6;">
<span style="font-size: small;">Texto importantíssimo para futuras pesquisas da história do Brasil.</span></h1>
<h1 class="titulo_detalhe" style="color: #0061a6;">
<span style="font-size: small;"> </span></h1>
<h1 class="titulo_detalhe" style="color: #0061a6;">
</h1>
<h1 class="titulo_detalhe" style="color: #0061a6;">
Anotações sobre uma farsa (I)
</h1>
<h2 class="titulo_detalhe" style="color: #8b8b83; font-size: 12pt;">
A ideia era transformar José Dirceu num caso exemplar e
exemplarisante da Justiça. Chegaram lá: é a vitória da grande hipocrisia
que impera no país.
</h2>
</div>
<span class="detalhe_autor" id="detalhe_autor" style="margin-left: 4px;">Eric Nepomuceno no site <a href="http://www.cartamaior.com.br/">Carta Maior</a></span>
<br />
<img alt="Arquivo/ABr" height="239" src="http://www.cartamaior.com.br/arquivosCartaMaior/FOTO/127/BB5032F5C528069A0EA138181040E1963AECBF0021CE9C61C072363A8DAD03CE.png" style="border-color: white; clear: left; float: left; margin: 5px 20px 10px 0px; max-width: 668px;" title="Arquivo/ABr" width="320" /><br />
Pouco antes das seis da tarde do sábado passado, um avião da Polícia
Federal aterrissou no aeroporto de Brasília, levando os condenados pelo
Supremo Tribunal Federal para começar, de imediato, a cumprir as
sentenças recebidas. Três horas mais tarde, foram conduzidos à
Penitenciária da Papuda. Entre os presos, havia de tudo – da herdeira de
um banco privado a um publicitário dado a práticas heterodoxas na hora
de levantar fundos para campanhas eleitorais. Práticas essas, aliás,
testadas e comprovadas na campanha do tucano Eduardo Azeredo, em Minas
Gerais, em 1998.<br /><br />Lembro bem, porque trabalhei nessa campanha, sob as ordens do sempre presente e ativo Duda Mendonça. E fui pago. <br /><br />Mas
a imagem que importava era outra: era a de José Dirceu, talvez o mais
consistente quadro ativo da esquerda brasileira, e de José Genoíno, o
antigo guerrilheiro que chegou a presidir o PT, sendo presos. Essa a
imagem buscada, essa a imagem conseguida.<br /><br />Terminou assim a etapa
mais estrondosa de um processo que começou, se desenvolveu e permaneceu
vivo o tempo todo debaixo de uma pressão mediática praticamente sem
antecedentes neste país de memória esquiva e oblíqua.<br /><br />Durante
meses, com transmissão ao vivo pela televisão, intensificou-se o
atropelo de princípios elementares da justiça. E mais: foi aberto espaço
para que vários dos magistrados máximos do país pudessem exibir seu
protagonismo histriônico e singular, e no final chegou-se a sentenças
próprias do que foi esse julgamento: um tribunal de exceção.<br /> <br />Jamais
foram apresentadas provas sólidas, ou mesmo indícios convincentes, da
existência do ‘mensalão’, ou seja, da distribuição mensal de dinheiro a
parlamentares para que votassem com o governo de Lula.<br /><br />O que sim
houve, e disso há provas, evidências e indícios de sobra, foi o repasse
de recursos para cobrir gastos e dívidas de campanha. Aquilo que no
Brasil é chamado de ‘caixa dois’ e que é parte intrínseca de todos –
todos – os partidos, sem exceção alguma, em todas – todas – as eleições.<br /><br />Claro que é crime. Mas um crime que deveria ser tratado no âmbito do Código Eleitoral, e não do Código Penal.<br /><br />Há
absurdos fulgurantes nessa história, a começar pelo começo: o
denunciante do esquema do tal ‘mensalão’ chama-se Roberto Jefferson, que
pode ser mencionado como exemplo perfeito de qualquer coisa, menos de
honradez no trato da coisa pública.<br /><br />Ávido e famélico por mais e
mais prebendas, além das admitidas na já muito flexível prática da
política brasileira, foi freado por José Dirceu, na época poderoso
ministro da Casa Civil. A vingança veio a galope: Jefferson denunciou a
presença do ‘carequinha’ que levava dinheiro a políticos em Brasília.<br /><br />Atenção:
na época, o próprio Jefferson admitiu que tinha levado a metade, apenas
a metade, dos milhões prometidos para cobrir dívidas de campanha
eleitoral, repassados pelo tal ‘carequinha’, o publicitário Marcos
Valério, que – vale reiterar – tinha testado esse mesmo esquema em
Minas, em 1998, na campanha do tucano Eduardo Azeredo.<br /><br />E acusou Dirceu, o mesmo que havia bloqueado seu apetite inaudito, de ser o responsável pelo esquema.<br /><br />A
entrevista de Roberto Jefferson ao jornal ‘Folha de S.Paulo’ foi o
combustível perfeito para a manobra espetacular dos grandes
conglomerados mediáticos do país, que desataram uma campanha cuja
dimensão não teve precedentes. Nem mesmo a campanha sórdida de ‘O Globo’
contra Brizola teve essa dimensão.<br /><br />O resultado é conhecido:
caíram Dirceu e, por tabela, José Genoino. Duas figuras simbólicas de
tudo que o conservadorismo endêmico deste país soube detestar com luxo
de detalhes.<br />Todo o resto foi e é acessório. Fulminar Dirceu,
devastar a base política de Lula, tentar destroças sua popularidade e
impedir sua reeleição em 2006 foram, na verdade, o objetivo central.<br /><br />Acontece
que em 2006 Lula se reelegeu, e em 2010 ajudou a eleger Dilma. E José
Dirceu se transformou no alvo preferencial da ira anti-petista em
particular e anti-esquerda em geral.<br />Ele foi condenado, pelo grande
conglomerado dos meios de comunicação, no primeiro minuto do primeiro
dia, muito antes do julgamento no STF. A própria denúncia apresentada
pelo inepto procurador-geral da República, Antônio Silva e Souza, depois
aprofundada pelo rechonchudo Roberto Gurgel, é um compêndio de falhas
gritantes.<br /><br />Mas, e daí? Transformou-se na receita ideal para o que
de mais moralóide e hipócrita existe e persiste na vida política – e,
atenção: judiciária – deste pobre país.<br /><br />A manipulação feita pelos meios de comunicação, alimentada por uma polpuda e poderosa matilha de cães hidrófobos, fez o resto. <br /><br />Entre
os acusados existe, é verdade, uma consistente coleção da malandrões e
malandrinhos. Mas o objetivo era outro: era Dirceu, era Genoíno. Era
Lula, era o PT.<br />Foram condenados, entre pecadores e inocentes, por
uma corte suprema que abriga alguns dos casos mais gritantes de
hipertrofia de egos em estado terminal jamais vistos no país, a começar
pelo seu presidente.<br /><br />Dirceu e Genoino foram condenados graças a
inovações jurídicas, a começar pela mais insólita: em vez de, como rezam
os preceitos básicos do Direito, caber aos acusadores apresentar
provas, neste caso específico foi posta sobre seus ombros provarem que
não tinham culpa de algo que jamais se pôde provar que aconteceu.<br /><br />É
curioso observar como agora ninguém parece recordar que Roberto
Jefferson teve seu mandato cassado por seus pares porque não conseguiu
provar que aconteceu o que ele denunciou.<br /><br />Anestesiada e conduzida
às cegas pelo bombardeio inclemente e sem tréguas dos meios hegemônicos
de comunicação, a conservadora e desinformada classe média brasileira
aplaudiu e aplaude esse tribunal de exceção. Aplaude as sentenças
ditadas ao atropelo do Direito como se isso significasse o fim da
corrupção endêmica que atravessa todos – todos, sem exceção – governos
ao longo de séculos.<br /><br />A ideia era transformar José Dirceu num caso exemplar e exemplarisante da Justiça.<br />Chegaram lá: é a vitória da grande hipocrisia que impera no país.<br /><br />O Supremo Tribunal Federal não se fez tímido na hora de impor inovações esdrúxulas.<br /><br />Afinal, uma única coisa importava e importa: a imagem de José Dirceu e José Genoino sendo presos.<br /><br />Para o conservadorismo brasileiro, era e é como uma sobre-dose após tempos de abstinência aguda. Pobre país.<br /><br />Leia a segunda parte das anotações <a href="http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Anotacoes-sobre-uma-farsa-II-/4/29575" style="color: #0061a6;">aqui</a>.<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-51960761374080367782013-11-21T10:26:00.002-02:002013-11-21T10:28:35.912-02:00Joaquim Barbosa "pediu" a Zé Dirceu para ser ministro do STF.<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/ZGsB7bTmPtU" width="560"></iframe><br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-1232510747052227362013-11-19T19:45:00.002-02:002013-11-19T19:46:51.909-02:00A Globo, a Folha e a Veja versus Genoino<div class="blog-info-wrapper-a gdl-item-border">
<div class="blog-date">
<span class="head"><br /></span><a href="http://www.diariodocentrodomundo.com.br/2013/11/17/"></a></div>
<div class="blog-author">
<span class="head">por :</span> Paulo Nogueira no <a href="http://www.diariodocentrodomundo.com.br/">Diario do Centro do Mundo</a></div>
<div class="blog-author">
<br /></div>
<div class="blog-author">
<br /></div>
<div class="blog-author">
<br /></div>
</div>
<div class="blog-content">
<div class="wp-caption aligncenter" id="attachment_60167" style="width: 610px;">
<a href="http://cdn.diariodocentrodomundo.com.br/wp-content/uploads/2013/11/miruna.jpg"><img alt="Os Genoinos" class="size-large wp-image-60167 " height="600" src="http://cdn.diariodocentrodomundo.com.br/wp-content/uploads/2013/11/miruna-600x600.jpg" width="600" /></a><br />
<div class="wp-caption-text">
Miruna com o pai.</div>
</div>
<br />
Brecht, num de seus melhores momentos, falou que o pior analfabeto é o
analfabeto político, que aqui vou tratar por AP, por razões de espaço e
de facilidade.<br />
O AP, como sublinhava Brecht, facilita a vida da direita predadora,
da plutocracia empenhada apenas em acumular moedas. O AP é facilmente
manipulado pelos poderosos.<br />
No Brasil, como se fosse miolo de pão para pombos, a direita – pela
sua voz, a mídia corporativa – arremessa ao AP denúncias de corrupção,
quase sempre infladas ou simplesmente inventadas.<br />
E o AP é assim manipulado como se estivesse com uma coleirinha. Veja, Globo e Folha são mestras na arte de manobrar o AP.<br />
Penso nisso tudo ao ver o drama pelo qual passa José Genoino. Mal
saído de uma cirurgia delicada no coração, Genoino foi preso por um
capricho de Joaquim Barbosa, um heroi do AP.<br />
A filha de Genoino, Miruna, numa entrevista ao blogueiro Eduardo
Guimarães, fez um pedido singelo. Pediu aos brasileiros que não se
deixassem contaminar pela trinca suprema da canalhice jornalística
brasileira – Veja, Globo e Folha.<br />
Miruna, 32 anos, é uma professora. Herdou do pai a simplicidade. É
quase que o contrário de Verônica Serra, a multimilionária filha de
Serra.<br />
“Tudo que meu pai fez, desde que saiu do Ceará, foi lutar por justiça social”, disse Miruna.<br />
Compare isso ao que vem fazendo, sistematicamente, Veja, Globo e
Folha. É o oposto. A mídia corporativa teve e tem uma contribuição
bilionária na construção de um país abjetamente desigual.<br />
Em 1964, a mídia tramou contra a democracia e saudou
entusiasmadamente a ditadura que mataria tantos brasileiros e colocaria
no topo da lista dos ricos as famílias que controlam o noticiário que
chega à sociedade.<br />
Dez anos antes, a mídia levou Getúlio Vargas ao suicídio. Nas duas
ocasiões, e em várias outras, o AP foi brutalmente manipulado pela
imprensa.<br />
O apelo falacioso, cínico e indecente da “corrupção” sempre
funcionou. Repito: era e é o miolo de pão atirado aos pombos, ou ao AP.<br />
Agora, vejo na internet alguns leitores dizerem o seguinte: “Pela primeira vez os poderosos estão na cadeia.”<br />
Pobres APs.<br />
Genoino poderoso? Ora, basta olhar seus bens: uma casa modesta no Butantã, bairro classe média de São Paulo.<br />
Poderosa é a Globo, poderosa é a Veja, poderosa é a Folha, mas o AP é enganado, intoxicado mentalmente por elas.<br />
A Globo, por exemplo, deve bilhões à Receita Federal, um crime que dá cadeia e repulsa coletiva em países socialmente avançados.<br />
E o que acontece com ela? Seus acionistas não são presos, e sequer quitam as contas na Receita.<br />
Pior: os múltiplos veículos da Globo cobrem a “corrupção” como se a empresa fosse São Francisco de Assis.<br />
O mesmo vale para a Veja e para a Folha. Seus jornalistas rottweilers
fingem desconhecer que o dinheiro público é que ergueu a fortuna
assombrosa de seus patrões.<br />
Os cofres do BNDES e do Banco do Brasil sempre foram frequentados pelas empresas de mídia como se fossem lupanares.<br />
Os jornalistas fingem desconhecer também – ou é ignorância apenas –
que vigora na mídia uma absurda reserva de mercado que veda a empresas
estrangeiras entrar no Brasil.<br />
Pesquise na Veja, na Folha e na Globo o número de reportagens que
clamam por mercado aberto. Mas para os outros. Na sombra, elas
conseguiram manter um privilégio inacreditável: a reserva.<br />
Vou contar um pequeno exemplo de assalto ao dinheiro público por
parte da mídia. Na era de FHC, quando todos os anunciantes obtinham
descontos enormes das empresas de mídia, apenas as estatais pagavam a
tabela cheia.<br />
Importante: estatais federais, estaduais e municipais.<br />
Dinheiro – muito dinheiro — que deveria construir hospitais e escolas acabava na Globo, na Veja, na Folha etc.<br />
Isso é poder. Isso é corrupção.<br />
E então o pobre Genoino, com sua casa que é menor que a sala dos Marinhos, dos Civitas e dos Frias, é o “corrupto”.<br />
Miruna pede que as pessoas não acreditem na Globo, na Veja e na Folha.<br />
O AP acredita.<br />
Mas eles são cada vez menos, como se pode ver pelos resultados das
eleições, e pelas sistemáticas quedas de audiência da Globo, da Veja e
da Folha.<br />
O brasileiro acordou, e a internet tem um papel decisivo nisso, ao oferecer visões alternativas à voz rouca das ruas.<br />
O AP é um ser extinção, como a própria mídia que o manipula.<br />
E isso é uma notícia extraordinariamente boa para os brasileiros que,
como o DCM, querem que o Brasil seja tão avançado socialmente como a
Escandinávia.<br />
<br />
<a href="http://cdn.diariodocentrodomundo.com.br/wp-content/uploads/2013/11/jos%C3%A9-genoino-em-casa-650x250.jpg"><img alt="josé-genoino-em-casa-650x250" class="aligncenter size-full wp-image-60176" height="246" src="http://cdn.diariodocentrodomundo.com.br/wp-content/uploads/2013/11/jos%C3%A9-genoino-em-casa-650x250.jpg" width="470" /></a></div>
<div class="about-author-wrapper">
<div class="about-author-avartar">
<img alt="" class="avatar avatar-90 photo" height="90" src="http://1.gravatar.com/avatar/3a4eef99129a4a83f754cb0f25d606e6?s=90&d=http%3A%2F%2F1.gravatar.com%2Favatar%2Fad516503a11cd5ca435acc9bb6523536%3Fs%3D90&r=G" width="90" /></div>
<div class="about-author-info">
<h5 class="about-author-title">
Sobre o Autor</h5>
O
jornalista Paulo Nogueira, baseado em Londres, é fundador e diretor
editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-60544338414110410572013-11-19T18:55:00.000-02:002013-11-19T18:55:13.103-02:00José Dirceu, Genoino e Delubio agradecem a solidariedade da militância.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVa_alC04hCQ4PyvME7KM0dlEXuf8wAvIB8ANceU1R4UK-PJ3kAx81m3Uz6cmWWKsK9lopF_EybB850RvBxRtrlxfRjXE070fryceTulSVsA_Ypnkk8RBOMsQprbELsi0oF89aRUEbhh1H/s1600/BZck9mNIAAAT4hF.jpg+large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="382" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVa_alC04hCQ4PyvME7KM0dlEXuf8wAvIB8ANceU1R4UK-PJ3kAx81m3Uz6cmWWKsK9lopF_EybB850RvBxRtrlxfRjXE070fryceTulSVsA_Ypnkk8RBOMsQprbELsi0oF89aRUEbhh1H/s640/BZck9mNIAAAT4hF.jpg+large.jpg" width="640" /></a></div>
"Companheiros e companheiras:<br />
<br />
A ação de vocês nos sustenta muito, nos alimenta e a solidariedade política- valor essencial da esquerda"<br />
O nosso agradecimento é a luta. Queremos o respeito à lei. Não aceitamos a humilhação, preferimos o risco e a dignidade da luta.<br />
Com gratidão e muitos abraços e beijos:<br />
Genoino<br />
Zé Dirceu<br />
Delubio Soares.<br />
BSB. 19.11.2013Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-49309393770943195952013-11-19T13:20:00.001-02:002013-11-19T13:20:23.702-02:00A máfia dos fiscais quer pegar Haddad<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_Q4dCKkavxcalHVWH2b2u0kryNL5Y2e-bBTIitEmchra2r6RpVfkPydV5A1SlILFLZK6UPzElVHC_4OTD5eWBRtzpcC2aqcdnCSc9rCQEr13SCF6-e7Ado6XYXOaptExzQ13B0XY1gFeG/s1600/image_previewhaddad.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_Q4dCKkavxcalHVWH2b2u0kryNL5Y2e-bBTIitEmchra2r6RpVfkPydV5A1SlILFLZK6UPzElVHC_4OTD5eWBRtzpcC2aqcdnCSc9rCQEr13SCF6-e7Ado6XYXOaptExzQ13B0XY1gFeG/s320/image_previewhaddad.png" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
As relações originais entre São Paulo e os jesuítas estão de volta.
<br />
E não se limitaram aos protestos contra o genocídio dos guaranis das missões jesuítas pelos bandeirantes paulistas..<br />
Francisco, o Papa jesuíta, está com um problema: como enfrentar a máfia calabresa – a Ndrangheta – sem ser assassinado por ela.<br />
Fernando Haddad, o prefeito de São Paulo, está com um problema
parecido: como enfrentar a máfia dos fiscais sem ser assassinado pela
imprensa provinciana paulista<br />
O Papa está em campanha contra a corrupção, dentro e fora do
Vaticano. Segundo o jornal italiano Il Fatto Quotidiano, o procurador
Nicola Gratteri declarou que isso pode afetar as relações da igreja
local com os “boss” da Calábria. “Não sei se o crime organizado está em
condições de fazer alguma coisa, mas certamente está pensando nisso”,
afirmou o procurador.<br />
O prefeito criou a Controladoria Geral do Município de São Paulo
assim que tomou posse, consciente de que não governaria a cidade sem ser
vítima nem acusado de corrupção.<br />
A corrupção é endêmica em São Paulo. A velha estrutura corrupta
malufista – que por sua vez foi herdada de administrações anteriores à
ditadura – nunca foi desmontada.<br />
A recém criada Controladoria foi um espanto de eficiência para os
padrões brasileiros. Em poucos meses desbaratou e prendeu uma quadrilha
de fiscais e funcionários de alto escalão que roubaram 500 milhões do
fisco municipal.<br />
Se a Controladoria não foi um espanto de eficiência, a quadrilha foi um espanto de desdém da justiça e cara de pau.<br />
Para a grande – grande? – imprensa paulista, porém nada disso é importante. A “notícia” é outra.<br />
A notícia é que o secretário de Governo da prefeitura foi acusado por
um dos bandidos de ter recebido doação deles para sua campanha a
vereador.<br />
Não importa que os membros da quadrilha estivessem sob o comando
direto do secretário de Finanças nomeado por José Serra e mantido por
Gilberto Kassab.<br />
Por que?<br />
Por que bater no PT dá dinheiro. Para os jornais e TVs, é claro. E se
o PT perder, eles vão ter de volta suas polpudas verbas publicitárias.<br />
Não pensem que o PT não é generoso com eles. É. Mas eles querem sempre mais.<br />
O PT é a Geni. Ela foi feita pra apanhar, ela é boa de cuspir.<br />
Não importa que a Geni acerte. Aliás, a Geni não pode acertar. Quando
acerta, eles dizem que está errado. Quando erra, eles dizem que foi
pior. O mensalão não foi nada além disso.<br />
Nem Haddad nem Francisco foram os primeiros a enfrentar a máfia. Elliot Ness já perseguia Al Capone nos EUA nos anos 30.<br />
Os procuradores antimafia sicilianos Giovanni Falcone e Paolo
Borsellino – criadores da operação e da expressão Mãos Limpas – voaram
pelos ares em pedacinhos.<br />
Se fossem prefeitos de São Paulo, Falcone, Borsellino, Ness e até mesmo o papa já teriam sido acusados de corruptos.<br />
Se um Zepelin trazendo Al Capone, Don Corleone ou toda a Ndrangheta
aportasse na praça da Sé, as manchetes do dia seguinte exigiriam:<br />
“Vai com ele vai Geni, você pode nos salvar, você vai nos redimir<br />
Você dá pra qualquer um, bendita Geni”<br />
Vivemos num mundo em que o marketing substituiu a política.<br />
Um mundo de imagens.<br />
Um mundo de narcisistas.<br />
Ganha quem produzir o melhor espetáculo.<br />
A melhor versão.<br />
O melhor cenário.<br />
A melhor trilha sonora<br />
É o que estamos assistindo.<br />
O roteiro, porém, não passa de uma reprise. É o Vale a Pena Ver de Novo.<br />
A exumação e a homenagem a Jango Goulart mostrou os capítulos originais.<br />
<div class="about-author-wrapper">
<div class="about-author-avartar">
<br /></div>
<div class="about-author-info">
<div class="blog-author">
<span class="head">por :</span> <a href="http://www.diariodocentrodomundo.com.br/author/jura-passos/" rel="author" title="Posts de Jura Passos">Jura Passos</a> no <a href="http://www.diariodocentrodomundo.com.br/">Diário do Centro do Mundo</a></div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-1388651000713961532013-11-19T10:42:00.001-02:002013-11-19T10:42:54.920-02:00NOTA DO LÍDER DO PT SOBRE PRISÕES DECRETADAS PELO PRESIDENTE DO STF<h3 style="text-align: justify;">
<span style="text-decoration: underline;">NOTA DO LÍDER DO PT SOBRE PRISÕES DECRETADAS PELO PRESIDENTE DO STF</span></h3>
<br /><br /><strong>Em nome da Bancada do PT
na Câmara, manifesto perplexidade e profunda contrariedade com as
ilegalidades cometidas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal,
Joaquim Barbosa, na condução do caso dos réus da Ação Penal 470 que
foram condenados à prisão, entre eles os companheiros José Dirceu e José
Genoino, ex-presidentes do Partido dos Trabalhadores.<br /><br />Não se
pode atropelar a lei para dar demonstrações de vaidade e buscar os
holofotes da mídia, como tem feito o presidente da Suprema Corte. A
transformação, na prática, do regime de prisão semiaberto para o
fechado, por exemplo, configurou manifestação de desprezo à lei, ao
pleno do STF e, por extensão, à sociedade brasileira. O mandado de
prisão expedido pelo presidente do STF, ao não especificar o regime de
cumprimento das penas, desrespeitou direitos dos companheiros e ainda
colocou em risco a vida do deputado José Genoino (PT-SP), cardiopata
recém-operado. Inadmissível também, no dia da Proclamação da República, a
transferência de Dirceu e Genoino para Brasília, com o claro objetivo
de espetacularização midiática.<br /><br />Entendemos como arbitrária a
prisão de nossos companheiros, já que seus recursos não foram julgados,
configurando mais um dos inúmeros casuísmos perpetrados pela Suprema
Corte ao longo da AP 470. Trata-se de uma grave violação ao direito de
defesa, princípio fundamental no Estado democrático de direito.
Repetimos que foram condenados sem provas, num processo nitidamente
político e influenciado pela mídia conservadora, com objetivos políticos
e eleitorais e ideológicos.<br /><br />Em nome da Bancada, rogo para que os
ministros da Suprema Corte redobrem os esforços para que a lei seja
cumprida, e que o cumprimento das penas não fira a dignidade dos réus e
tampouco sirva de pretexto para aventuras midiáticas que chamusquem a
imagem e a moral de pessoas que foram condenadas num processo
questionável, no qual a mídia jogou todo o seu peso para influir no
julgamento. A democracia é incompatível com atitudes ao arrepio da lei.
Os demais ministros do STF devem agir rapidamente para restaurar a
dignidade da Corte.<br /><br />Reafirmamos que na gênese desta crise está a
organização do nosso sistema político, que prevê financiamento privado
de campanhas e privilegia o marketing político pessoal em detrimento de
programas e Partidos, essenciais ao processo democrático.<br /><br />Para
romper com essa lógica é que o PT tem estado à frente da luta pela
Reforma Política, pelo financiamento público exclusivo de campanhas,
pela lista partidária pré-ordenada com paridade de gênero e pela
ampliação da democracia participativa.<br /><br /><br />Deputado José Guimarães-PT/CE<br />Líder da Bancada na Câmara</strong>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-56197424535742887882013-11-18T11:22:00.002-02:002013-11-18T11:22:23.890-02:00N do presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OABO estado de saúde do deputado José Genoino requer atenção.
A sua prisão em regime fechado por si só configura uma ilegalidade e uma arbitrariedade.
Seus advogados já chamaram a atenção para esses dois fatos mas , infelizmente, o pedido não foi apreciado na mesma rapidez que prisão foi decretada.
É sempre bom lembrar que a prisão de condenados judiciais deve ser feita com respeito à dignidade da pessoa humana e não servir de objeto de espetacularização midiática e nem para linchamentos morais descabidos.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-31848372491051636172013-11-16T15:38:00.000-02:002013-11-19T23:55:09.566-02:00CUIDADO! CURVA JOAQUIM BARBOSA! PERIGOSA!<br />
<br />
<br />
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<br />
<br />
CUIDADO! CURVA JOAQUIM BARBOSA! PERIGO!<br />
Laerte Braga<br />
O sonho de qualquer politico corrupto é ser Eduardo Azeredo, não importa que o ex-governador de Minas seja medíocre. Ou José Serra. Seria melhor, sócio de Daniel Dantas através de sua filha Mônica Serra. Ou Geraldo Alckmin, o que assinou os contratos do metrô paulista e não sabe de nada. E pretensão maior, ser FHC. O que comprou um mandato presidencial pagando até com cheque pré-datado e confissões explícitas. É garantia que os processos irão prescrever e que o PSTM (Partido do Supremo Tribunal Federal) não os julgará a tempo de puni-los.<br />
Nem Joaquim Barbosa poderá destilar seu veneno e seu ódio na presunção de justiça.<br />
Ou Gilmar Mendes instruir ao ministro Fux, via computador, como falar e votar. A aberração Rosa Weber declarar de público em sessão plenária que “não tenho prova cabal contra José Dirceu, mas a literatura jurídica me permite condená-lo”.<br />
A história do antigo STF, hoje PSTF, em coligação com o grupo GLOBO e os tucanos nunca apresentou um nível tão baixo como o atual.<br />
Não li e não vou ler a coluna do cadeira comprada Merval Pereira. Dias atrás plagiou Machado de Assis. Crápulas são assim. Mudam uma vírgula, um ponto, colocam um sinônimo e se arvoram em imortais.<br />
Vamos de casa em casa, quem sabe quem é essa figura ridícula metida em fardão pago pelos Marinhos? A manga está comprida demais, as calças largas, o defunto era bem maior que o herdeiro, seja lá quem for, ou tenha sido.<br />
Havia todo um esquema montado pelo “diligente” servidor público Joaquim Barbosa para o feriado da Proclamação da República. Os mandados de prisão e o show da Polícia Federal transmitido ao vivo pela REDE GLOBO. <br />
Dirceu e Genoíno frustraram o espetáculo e se apresentaram antes que câmeras e repórteres pudessem cumprir o papel de abutres.<br />
A fuga de Pizolatto para a Itália cria um problema para Joaquim Barbosa e sua corte de áulicos. Se absolvido, naquele país, é cidadão italiano cria um problema de plena e total desmoralização do PSTF, mostra o caráter bandido do grupo GLOBO e atenua a curva para alguns, mas agrava-a para tucanos.<br />
A capa de VEJA, o trabalho sujo da mídia de mercado, muito bem remunerado, mas nem por isso próximo da falência, deve tentar reeditar pelo menos o final do show fracassado.<br />
Vai ser estampada nas bancas para que as pessoas vejam que a Justiça não é cega e escolhe suas vítimas. <br />
Estou longe de ser petista. Não entendo inclusive a covardia do partido e do ex-presidente Lula na defesa de dois companheiros do primeiro momento. Suas declarações foram pífias e submissas.<br />
Mas não tenho dúvidas da honestidade pessoal de José Dirceu e José Genoíno,<br />
Eu me lembro das declarações do deputado José Carlos Aleluia, já falecido, ainda na CPI, quando disse que “não ter dúvidas que José Dirceu não usou recursos públicos em proveito próprio, pois o conhecia e conhecia seu caráter”. Ou do ministro Barroso sobre a vida monástica do deputado José Genoino.<br />
Não são mártires, são lutadores num País onde a democracia é farsa. Onde a presidente é menor que o cargo que ocupa e dá a sensação que está aliviada com o que está acontecendo.<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; tab-stops: 279.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;">Onde
o crime organizado de banqueiros, latifundiários, evangélicos (pastores) e
grandes empresários corre (e a classe média corre atrás na ilusão dos papagaios
de pirata), da mídia podre e venal.<o:p></o:p>Joaquim
Barbosa não percebeu que a próxima vítima é ele. Já prestou seus serviços
imundos, não se presta a mais nada e o apartamento em Miami pode vir a ser um
problema.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; tab-stops: 279.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;">Cuidado!
Curva Joaquim Barbosa! Perigosa!<o:p></o:p> </span><br />
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;">Para
a democracia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; tab-stops: 279.0pt; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; tab-stops: 279.0pt; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; tab-stops: 279.0pt; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; tab-stops: 279.0pt; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; tab-stops: 279.0pt; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; mso-themecolor: text1;">ps - minha inabilidade com o computador fez com o texto, a certa altura, tomasse essa forma. Não muda sua essência. </span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; tab-stops: 279.0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; tab-stops: 279.0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; tab-stops: 279.0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; tab-stops: 279.0pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; mso-prop-change: "Laerte Braga" 20131116T1527; text-align: justify;">
</div>
Laerte Bragahttp://www.blogger.com/profile/02880441885799126161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4370689411755913096.post-3718234648000946802013-11-16T14:26:00.000-02:002013-11-16T14:26:58.287-02:00 A METAMORFOSE DE JOAQUIM.<div style="text-align: center;">
***</div>
<div style="text-align: center;">
ou</div>
<div style="text-align: center;">
EU SOU O PODER</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
***</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-Dyp_mmQBr84/UoeX3lmEoOI/AAAAAAAABpw/C1BM10yD3NQ/s1600/STF.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="412" src="http://3.bp.blogspot.com/-Dyp_mmQBr84/UoeX3lmEoOI/AAAAAAAABpw/C1BM10yD3NQ/s640/STF.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-zoA5uz1pZV4/UoeSB_BCSYI/AAAAAAAABpg/-FM0gQGz7Lk/s1600/STF.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
Aconteceu no exato instante que pressionei a tecla POWER do
controle remoto: um arrepio intenso partiu de minha nuca e correu meu corpo com
uma velocidade e calor cruéis como nunca havia sentido antes! Fez meu corpo
pesado estremecer na poltrona diante da TV como um choque, um golpe atinge
minha cabeça com uma força descomunal.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não posso abrir os olhos; a sala do meu apartamento
funcional grita um silêncio aterrorizante e me paralisa. Minha amada dorme no
quarto que parece estar distante um milhão de quilômetros de onde estou, quero
gritar para que me ouça, que me acuda com a urgência que o momento exige: não há
voz em minha garganta nem sei se estou sendo capaz de respirar para encher meus
pulmões de oxigênio e urrar por socorro. Sou uma presa nas garras do predador!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Minha mãe não está comigo, preciso de você, te
quero agora
junto de mim, onde está para que me aninhe em teus braços e me embale
com tua humildade singela, tão materna, para me amparar no momento
da minha morte?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sinto que não poderei resistir! Estou terminando, sobrevivo
com o resto de ar impuro que ainda está dentro de mim, o tempo se esvai,
meus poucos segundos de vida teimam em voar na velocidade da luz! Não quero
morrer, mãe, onde está você?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Meu Deus me proteja, não sei se já morri mas não
sinto mais
o arrepio, só uma dor de cabeça que produz um zunido agudo em meus
tímpanos; o choque terminou e, no entanto, acredito que ainda estou vivo
...
mãezinha, é você? O ar passa por minha garganta e me queima a traqueia, é
um
sopro de vida que mantém a consciência. Apesar de paralisado, sei que
estou
vivo! Meu Deus, obrigado ... quero abrir os olhos mas não consigo, estão
pesados e minhas pálpebras insistem em não se mover. Minha amada,
preciso de
você, acorde ...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não tenho certeza se consegui abrir os olhos, tenho a
sensação de que posso ver, é maravilhoso perceber o retorno à vida como um milagre
... minha mão agarra com força o braço da poltrona e, apesar de estar só, a mão
que vejo é branca! Não sou eu! Qual o Demônio, de tantos que me atormentam
desde pequeno, me possui? Não sou quem penso ser, em quê me transformei?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Perco o controle sobre minhas emoções, não sei mais reagir,
quero correr de onde estou, preciso fugir de mim e tudo o que me vem à mente,
agora, é Franz Kafka! Enlouqueço, preciso me concentrar, que diabos
Kafka faz dentro de mim?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Por impulso, num salto acrobático, me lanço da
poltrona e corro para o banheiro. Um espelho, preciso de um espelho! Vôo
como se tivesse asas, não tenho mais o carpete sob meus pés! Minhas
antenas que me guiam e alcanço meu objetivo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Grito. Não sinto o ar partindo de mim para ecoar meu
desespero, nem ouço meu próprio som. Mas grito tão alto para que minha mãe
posso vir saber o que restou de mim. Kafka! Como adoraria ter me transformado
numa barata ... mas não sou um inseto, continuo gente, estou branco, onde está
minha negritude que tanto me orgulha? Onde foram parar meus pensamentos, meus
conceitos de bem e de mal, minha honra e meu regozijo por chegar onde cheguei?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Com minhas pequenas mãos brancas tento esfregar os olhos mas a
imagem do espelho permanece a mesma. Uma transformação, uma metamorfose, um castigo
divino, uma açoite de culpa, um tiro, um enforcamento me imobiliza não o corpo,
mas minha alma ... é um demônio, estou sendo possuído! Minha mãe, te imploro
para que me salve!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pregado numa cruz diante do espelho, tento desviar o olhar
mas não consigo. Meus olhos me sufocam, mejulgam e me condenam. Finalmente, minha mãezinha surge. Não a vejo mas sinto que está
aqui. Ouço sua voz, uma lamúria de sofrimento diante de seu filho aprisionado
em sua própria mente, ela me conforta e me acaricia o cabelo com sas mãos macias, me traz a paz que tanto
preciso. Me leve consigo, te imploro, digo sem voz. Em sua imensa sabedoria ela
sussurra em meu ouvido que estará comigo sempre que for preciso mas que não
pode me libertar. A imagem que vejo no espelho sou eu mesmo, apesar de não me
reconhecer naquele corpo. É meu pecado, são meus erros materializados numa
imagem que me atormenta e me prende num cárcere inexpugnável dentro de mim. Não
posso fugir daquilo que sou e que só eu sei que sou!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Minha mãe se vai com a mesma tranquilidade como chegou.
Estou só novamente. Minhas pernas parecem sentir o sangue correr e me movimento, uma tentativa de
dar um passo atrás e me afasto do espelho. A imagem refletida se move comigo,
aquele homem branco, que sou eu, tem a expressão serena que me faz acreditar
que posso apagá-lo do espelho. Me afasto, lentamente passo pela porta até nçao poder mais vê-lo e volto
para a poltrona onde estava antes do choque; a TV está ligada, eu a apaguei?
Estou confuso, quero me concentrar nas imagens que vejo, quero voltar à
realidade, sair do pesadelo que me fez acreditar que estava morto ...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É ele que vejo nas imagens em HD: é aquele que se apossou de
meu espelho e de mim. Ele caminha cercado por pessoas de uniforme, uma multidão
grita coisas que não consigo entender, há luzes e câmeras de milhões de fotógrafos
que tentam uma exclusiva. Ele é branco, eu sou branco, ele me olha, eu me olho
... o que está acontecendo, eu o conheço, sei tudo de sua vida como se fosse a
minha própria, sou eu? É ele meu pecado? O que foi que você me disse, mãe?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Fecho os olhos que não tinha certeza se estavam abertos.</div>
<div class="MsoNormal">
Da TV, apenas ouço a cobertura da prisão de um tal
Zé de
alguma coisa. Não posso me saber aprisionado por mim mesmo. Preciso me
manter
puro, ser admirado e me orgulho de ser quem sou, ainda que ninguém saiba
dos meus demônios e dos meus pecados. Não sou aquele sujeito preso pela
polícia, me sinto um Rei, tenho poder e sou reconhecido como justo. Isso
me
basta, isso sempre me bastou!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Estou feliz, agora volto ao normal pouco a pouco, minha
aura superior retorna e me envolve como uma capa de reconhecimento que exigo que tenham de
mim. Não sou aquele homem branco do espelho. Ele é um Zé, meu nome é Joaquim!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Levanto da poltrona sem desligar a TV, não posso arriscar. Vou para o
leito de minha amada que dorme sem saber o que me passou. Não vou lhe dizer,
ela não precisa conhecer minha consciência, minhas impurezas e fraquezas. Ela
me ama! Sou amado por muitos e por mim.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
No corredor, que me levará à cama de minha mulher, a
porta do
banheiro está entreaberta. Lá dentro, sei que há um espelho. Uma
barreira que
preciso ultrapassar. Guardo minhas mãos no bolso da calça, não quero
vê-las! Estou seguro, devem estar negras como sempre foram, mas não
quero vê-las. Aperto o passo; num esforço
hercúleo mantenho meu pescoço virado para o lado oposto ao espelho, como
uma barata rastejo pelo chão, ele não
deve estar mais lá, mas ...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
***</div>
JÚLIO PEGNAhttp://www.blogger.com/profile/01712401181349863254noreply@blogger.com0