tag:blogger.com,1999:blog-4691783239231992122024-03-08T18:15:52.730-03:00GenizahGenizah é um site cristão com notícias sobre a igreja evangélica, cristianismo, apologética, teologia, heresias, política, religião, comportamento e humor.Unknownnoreply@blogger.comBlogger6764125tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-48723898081255115992018-03-09T07:32:00.000-03:002018-03-09T07:32:04.786-03:00O evangélico e o alcool<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEim3ZTYH0Wd0weExcBrnMxvyfwX92umnf_qhpPrqJL4qzcxePwtZt_9gF0byhQVLtYVyQIU6D_HHWh35A4HP6c8GHabP5GdryzcjPlj0qEQx7PARnMF9qwZDMDU2UP-lh-fS5-T8-YoudQ/s1600/capa.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEim3ZTYH0Wd0weExcBrnMxvyfwX92umnf_qhpPrqJL4qzcxePwtZt_9gF0byhQVLtYVyQIU6D_HHWh35A4HP6c8GHabP5GdryzcjPlj0qEQx7PARnMF9qwZDMDU2UP-lh-fS5-T8-YoudQ/s1600/capa.JPG" /></a></div>
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<span style="font-size: small;"><b>Matéria de capa</b></span></div>
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<span style="font-size: small;"><a href="http://www.cristianismohoje.com.br/" target="_blank"><b>Revista Cristianismo Hoje </b></a></span></div>
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<span style="font-size: small;"><b>Por Danilo Fernandes</b>
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<b>Você, leitor cristão, imagine-se na seguinte situação: depois de uma abençoada reunião de oração e estudo da Palavra de Deus, é hora daquela gostosa comunhão regada a comes e bebes. Ato contínuo, o dono da casa abre uma garrafa de vinho e oferece a bebida aos presentes. Se você acha que se sentiria constrangido e inseguro entre aceitar e ser criticado pelos outros ou recusar e perceber, meio sem graça, que todos provaram da bebida, saiba que não está sozinho. A maioria dos evangélicos já passou por situação semelhante, se não na casa de irmãos na fé, no ambiente de trabalho ou no lazer com amigos. Consumir álcool, para os crentes brasileiros, é mesmo como um tabu, e até aqueles que são membros de denominações ou grupos cristãos mais liberais em relação ao assunto têm certa preocupação em serem vistos com o copo na mão.
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFcozJuhgZP_A1ln0Lk54OnytT9t_6sRYeVE8OVmW8muraXCYeQ2JkM-YPkxg2JBxnrbqmcOAUXJwT-z7AILB0pxOhBFwj2KEBcujJElmlujSdzgJlg_MIKbrG_bmERizOC0zweSIrs0Y/s1600/Capturar.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="274" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFcozJuhgZP_A1ln0Lk54OnytT9t_6sRYeVE8OVmW8muraXCYeQ2JkM-YPkxg2JBxnrbqmcOAUXJwT-z7AILB0pxOhBFwj2KEBcujJElmlujSdzgJlg_MIKbrG_bmERizOC0zweSIrs0Y/s320/Capturar.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Vinho: Entre as bençãos da Terra Prometida</td></tr>
</tbody></table>
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O que a maioria dos evangélicos brasileiros desconhece é que esta visão estigmatizada acerca do álcool é coisa muito recente na história da Igreja. Ao longo de quase 2 mil anos de cristandade, prevaleceu a noção de que a bebida, em si, é neutra, uma dádiva do Senhor que traz alegria – sendo o seu consumo excessivo, ou embriaguez, esta sim, pecaminosa. De fato, muitos crentes se escandalizariam ao descobrir que, na galeria dos heróis da fé protestante, homens e mulheres de Deus consumiam bebida alcoólica, e ficariam surpresos por saber que certos segmentos da Igreja, em nome do abstencionismo, alteraram até mesmo um dos ritos mais importantes, ao lado do batismo: a celebração da eucaristia. O detalhe é que o vinho é mencionado reiteradamente nas Escrituras, tanto no sentido literal como por expressão poética. E o produto da uva era parte fundamental da cultura, da religiosidade e da economia do povo hebreu, desde sua origem. </div>
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Em relação ao álcool, os cristãos se dividem basicamente em três correntes: os abstêmios, que optam por beber eventualmente, mas não combatem quem pensa diferente; os temperantes – ou moderacionistas, que assumem beber em determinadas circunstâncias e com moderação –; e os proibicionistas, que advogam a condenação total ao ato de beber álcool. Por aí, já se tem uma noção do tamanho do problema.
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Com ascendência religiosa ligada ao arminianismo das tradições batistas do sul dos Estados Unidos e ao pentecostalismo clássico, o movimento evangélico brasileiro tende historicamente à rejeição total ao álcool, posição que, no entanto, tem tantas motivações culturais quanto espirituais. E a prática evangelística dominante no país, muito pautada na oposição ao catolicismo, faz com que a maioria dos evangélicos brasileiros se surpreenda ao descobrir diferenças culturais marcantes entre eles e os cristãos de outros povos, em especial os europeus. De fato, na Europa, até mesmo os pentecostais não costumam ter qualquer pudor diante de um canecão de vinho ou de uma reluzente tulipa de cerveja.
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi03EfsN5WPY_MCQ6gpWp0iNCkeD_BKS97KQ90myPSnzM2BfuYX0ZmgrKk51cGbA_efZLxRTrbMDMmSxeU-dbKwNeN6T7hgZGh5YziItelosjZJZ5zeGVXWQElIuEl5DSMuxjNwf-33Gcs/s1600/josep+rosselo.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi03EfsN5WPY_MCQ6gpWp0iNCkeD_BKS97KQ90myPSnzM2BfuYX0ZmgrKk51cGbA_efZLxRTrbMDMmSxeU-dbKwNeN6T7hgZGh5YziItelosjZJZ5zeGVXWQElIuEl5DSMuxjNwf-33Gcs/s400/josep+rosselo.JPG" width="316" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: xx-small;">A enfoque cristão da bebida está relacionado a cultura dos missionários.</span></b></td></tr>
</tbody></table>
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“Depois de ter vivido em diversos países, tenho percebido que a questão da bebida está mesmo muito ligada à cultura dos missionários que chegaram a cada região”, confirma o bispo Josep Rossello Ferrer, moderador da Igreja Anglicana Reformada no Brasil. No Velho Mundo, os cristãos veem o ato de beber com maior normalidade que os americanos, por exemplo – por isso, muitas práticas na Igreja brasileira de hoje são frutos de ideias religiosas oriundas dos Estados Unidos, o que explica porque as denominações surgidas do esforço missionário americano do século 19 (batistas e presbiterianos, por exemplo), guardem em sua memória a visão abstencionista.
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Líder de uma comunidade anglicana em Pindamonhangaba (SP), Ferrer, que é espanhol, observa que sua organização religiosa não tem uma posição oficial sobre o assunto. “Entendemos que a decisão de beber ou não é uma questão de liberdade cristã. Alguns irmãos podem usar álcool sem nenhum problema de consciência, enquanto outros entendem que isso seria pecado”. Por isso, o sacerdote faz questão de não tratar o assunto como dogma. “Não se pode afirmar que a Bíblia condena a bebida. Encontramos nas Escrituras avisos claros contra o estado de embriaguez, que leva à perda do controle dos sentidos, mas não vemos nenhuma restrição ao consumo moderado.”
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<b>MODERAÇÃO SEM CONDENAÇÃO
</b></div>
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Tal visão encontra reflexo na opinião de muitos crentes. Para o fotógrafo e missionário Duda Ferreira, 39 anos, de tradição batista (é neto de pastor) e hoje ligado à Igreja Bola de Neve, o episódio bíblico em que Cristo transforma água em vinho é emblemático: “É interessante constatar que tendo Jesus, juntamente com seus discípulos, sido acusado pelos fariseus de negligenciar os rituais de apropriados de limpeza antecedentes às refeições (Mateus 15:2) tenha usado exatamente desta água de purificação (João 2:6) para transformar em vinho nas bodas de Caná. Acho que havia uma lição extra neste episódio.” Recentemente retornado do Havaí (EUA), onde praticava surfe e liderava uma célula de crentes, ele observa que a questão cultural não pode mesmo ser deixada de lado na análise da questão, mas recomenda cuidado. </div>
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgORkR6IwbifrsZ8ZFcSiE6_-7z0jXFKcuMX6ovUtJTWwDnGsCLIjA3Ggj1Yrqy6f5hTsP7Uib0r9vgTyp0PNuhaDvoTaxoBkhdG-vacQ3FVS_onvAUkbDViMwCCFo9e9pFodnMKXfctk/s1600/duda.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="435" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgORkR6IwbifrsZ8ZFcSiE6_-7z0jXFKcuMX6ovUtJTWwDnGsCLIjA3Ggj1Yrqy6f5hTsP7Uib0r9vgTyp0PNuhaDvoTaxoBkhdG-vacQ3FVS_onvAUkbDViMwCCFo9e9pFodnMKXfctk/s640/duda.JPG" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>O missionário Duda (com sua célula de surfistas) diz que o episódio da transformação de água em vinho é emblemático.</b></td></tr>
</tbody></table>
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“No exterior, convivi muito com cristãos que consumiam álcool com moderação, da mesma maneira como presenciei pessoas estragando suas vidas com bebida”. Para Duda, o potencial destrutivo do álcool explica porque mesmo o uso moderado do vinho seja um escândalo para crentes brasileiros. “O choque cultural é real. Lembro-me de ter recebido, na minha célula aqui no Brasil, um casal francês que trouxe uma garrafa de vinho para a Ceia. Houve constrangimento entre os presentes. Eu acho que não faria qualquer diferença, mas, naquele contexto, o incômodo dos irmãos foi, por si só, razão para manter a garrafa fechada.”
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“O tema sempre será delicado, e por isso devemos tratá-lo biblicamente, mas nunca na base do ‘pode ou não pode’”, opina, por sua vez, Hernandes Dias Lopes, pastor e escritor de confissão presbiteriana. “Este é um caminho que pode construir uma ética farisaica e uma espiritualidade rasa”. Para Hernandes, há uma dificuldade bíblica de se fazer uma defesa radical pela abstinência, de maneira que a questão deve ser ponderada. Ele lembra que a ética cristã não se baseia somente no direito ou na consciência de cada um, mas no direito do outro e no amor ao próximo. “Dessa maneira, não se pode fechar os olhos para a realidade de tantas tragédias pessoais decorrentes da bebida e das perspectivas da juventude brasileira, que está sendo consumida pelo álcool”. </div>
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<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSmL-evgVdzgL74mAfwVuCYk00s-O6mwYFpZ2BorMx2OgNz450rHf930-NQ0FXWvcMDvBmD66lC0xpQedN2ZLsMz4QGdopWQVQAeB6tkK7dRK01rWJoq4lEcYGf31wx65E_R3dV9hOAJ4/s1600/hernandes.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="433" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSmL-evgVdzgL74mAfwVuCYk00s-O6mwYFpZ2BorMx2OgNz450rHf930-NQ0FXWvcMDvBmD66lC0xpQedN2ZLsMz4QGdopWQVQAeB6tkK7dRK01rWJoq4lEcYGf31wx65E_R3dV9hOAJ4/s640/hernandes.JPG" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Os perigos do alcóol são destacados por Hernandes: "<i>Se beber pouco ou muito escandaliza meu irmão, devo abster-me"</i></b></td></tr>
</tbody></table>
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Hernandes alerta que as igrejas nem precisam olhar para fora para constatar a imprudência no consumo do álcool, mas atentar para a secularização vista nas congregações hoje: “Tenho ido a casamentos de crentes a cujas cerimônias seguem-se festas suntuosas regadas a todo tipo de bebida. O que se passa é que, no fim da festa, se vê cristãos saindo destes repastos com as pernas bambas” . Se beber pouco ou muito é motivo de escândalo para um irmão, acrescenta Hernandes, “então eu devo abster-me de beber”. Princípio, segundo ele, que deve nortear de resto qualquer atitude do crente.
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<br /></div>
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“<i><b>Pensar que o álcool é intricadamente ruim é atribuir mal a Deus, que o fez</b></i>”, avalia o pastor episcopal Carlos Moreira, 46 anos, de Recife (PE). “Deus é santo, e em Salmos 104.15 aprendemos que ele fez o vinho, que alegra o coração do homem, assim como o azeite que faz reluzir o seu rosto e o pão, que lhe fortalece”.
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<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8Re1QVWfk8eeDyB991uwZrs2NVPCy0pAmykgkc-VfHY73PKihs0o0xxuasNMY8zpPvqcuMPrnMMaTFtna6zlZRxeZnCTprv7fLQyvmjGJ1kqK7o618S6pwsdzQfD2PULPKzTVAMS5bvI/s1600/carlos+moreira.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8Re1QVWfk8eeDyB991uwZrs2NVPCy0pAmykgkc-VfHY73PKihs0o0xxuasNMY8zpPvqcuMPrnMMaTFtna6zlZRxeZnCTprv7fLQyvmjGJ1kqK7o618S6pwsdzQfD2PULPKzTVAMS5bvI/s400/carlos+moreira.JPG" width="293" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: xx-small;">Moreira: <i>“Não me parece que Jesus se importasse em escandalizar fariseus”</i></span></b></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Defensor da moderação, Moreira conta que certa vez foi flagrado por um membro de sua paróquia enquanto consumia cerveja em um restaurante. “Com tom condenatório, aquela pessoa perguntou-me como eu podia estar bebendo”. A resposta, simples e até bem humorada – “Minha irmã, não quero e nem posso ser melhor do que Jesus” –, expressa sua preocupação com o legalismo. “O legalista não está satisfeito com os padrões da justiça de Deus. Ele arrogantemente pensa que pode fazer melhor que o Senhor – legisla ele mesmo, segundo as suas próprias aspirações religiosas. Assim, proíbe o que Deus permite e, como resultado, muitas vezes permite que Deus proíbe.”
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Carlos Moreira reconhece a gravidade do problema do alcoolismo e afirma que nenhum cristão, em sã consciência, deve oferecer motivo de tropeço a um irmão sob o jugo desta doença. “Contudo”, pondera, “essa lógica de que devemos eliminar alguma coisa por completo de nossas vidas porque há quem abuse da liberdade de usá-la não me parece uma atitude compatível com a nossa liberdade cristã e com o exercício de maturidade que esta envolve”. O pastor lembra que o reformador Martinho Lutero resumiu esta perversão que força uma religiosidade vazia com um comentário provocativo: “Ora, os homens são levados ao erro por conta de mulheres e bebidas. Deveríamos nós abolir as mulheres?”, cita.
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Para Moreira, a ética cristã não possibilita que se traga escândalo ao irmão, o que é um conceito aplicável a situações específicas – “Caso de um crente novo na fé, por exemplo” –, não uma regra geral: “Considere o caso de Jesus, nosso padrão de santidade perfeita, que consumia vinho com os seus apóstolos com regularidade e sem fazer nenhum segredo disso”. A quem estranhar tal afirmação, o pastor explica que a própria Bíblia registra que o Filho de Deus foi caluniado pelos fariseus por não seguir o seu rigor ascético, entre outros aspectos, por se dar ao excesso de bebida e comida. “Não me parece que Jesus se importasse em escandalizar fariseus”, conclui.
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<b>“BÊBADO É DO DIABO”
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A questão da bebida é tratada no primeiro catecismo cristão de que se tem registro, a Didaquê, do primeiro século. Ali, fica claro o uso livre do vinho, seja na eucaristia ou no consumo cotidiano dos irmãos. De fato, havia até mesmo uma instrução determinando a existência de um reserva da bebida da comunidade para os profetas visitantes e, na ausência destes, dado aos pobres.
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Clemente de Alexandria (que viveu aproximadamente entre os anos 150 e 215 da Era Cristã) julgava absolutamente justo ao homem consumir a bebida para o seu relaxamento e defendeu fortemente a presença obrigatória do vinho na Ceia do Senhor, contra as tentativas de gnósticos de substituir o vinho por água. </div>
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<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_tEAWnHQq3IFruojTBkZImLvs86BDoMmW8IcZlWQZZbg9LdbWMzNHUVlKDQ4ErjML-2k9fXbrm-Z38zJKMzg5VyQx3BjdU37u6KzNT8c8m_GSBSTdzZUsWW010Znx-BFZYyPMKHH-9uI/s1600/DON.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="333" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_tEAWnHQq3IFruojTBkZImLvs86BDoMmW8IcZlWQZZbg9LdbWMzNHUVlKDQ4ErjML-2k9fXbrm-Z38zJKMzg5VyQx3BjdU37u6KzNT8c8m_GSBSTdzZUsWW010Znx-BFZYyPMKHH-9uI/s400/DON.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><b><span style="color: #666666;">Don Perignon: o monge inventor do Champagne. Os religiosos deixaram a sua marca na história das bebidas fermentadas.</span></b></span></td></tr>
</tbody></table>
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<br /></div>
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Por fim, o período marca a consolidação na Igreja da visão da moderacionista –ou temperante- em relação ao álcool. E o aspecto curioso a este respeito é que a base teológica desta visão não tem origem no cristianismo, tão pouco no judaísmo. O conceito de temperança é um “empréstimo” da filosofia grega, mais especificamente do esquema de Platão. Foi dali que Santo Agostinho, Santo Ambrósio e outros se municiaram para construir o conceito das quatro virtudes cardeais ou cardinais do cristão (prudência, justiça, temperança e coragem). E foi a partir desta ótica que a questão do consumo álcool recebeu juízo dos grandes doutrinadores da igreja: o álcool não é um mal em si, mas uma benção de Deus e o seu abuso, este sim, um pecado, uma manifestação da gula, um dos sete pecados capitais. Todos os males causados pela embriaguez são derivados da falta de temperança. </div>
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<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1Nij3EOADzAYeCFsvqXem9KVMqp_tya4pLjzNaK2cz52X6PJcrmsvtAtoK_zN3Gu2NDQJ6fGDsZOBd1UKADm-NpBmSGyAxhkQ_vLJyNS41fpR1Or9VMrN3yKLdOkLCToIkaAFgXi4qBI/s1600/vitudes+cardinais.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="395" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1Nij3EOADzAYeCFsvqXem9KVMqp_tya4pLjzNaK2cz52X6PJcrmsvtAtoK_zN3Gu2NDQJ6fGDsZOBd1UKADm-NpBmSGyAxhkQ_vLJyNS41fpR1Or9VMrN3yKLdOkLCToIkaAFgXi4qBI/s400/vitudes+cardinais.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr style="color: #666666;"><td class="tr-caption" style="text-align: center;">As vistudes cardeais do cristão no afresco de Rafael. O cristão é chamado a ser temperante em relação ao alcóol.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="color: #666666; text-align: justify;">
<br /></div>
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O fim do Império Romano, no século 5, fez surgir o modelo econômico feudal, no qual os mosteiros, abadias e outras estruturas religiosas passaram a produzir os seus víveres – e o vinho era item fundamental, não apenas na dieta, mas para as celebrações religiosas. A cerveja também era produzida e largamente consumida pelos religiosos. Os monges foram responsáveis pela maior parte da produção de vinho e cerveja na idade média e também pelo aprimoramento dos processos de fabricação. A disseminação de técnicas entre os mosteiros e ordens envolvia tipos de vinhas, grãos e sistemas de estocagem e fermentação. O vinho era motivo de celebração e a igreja católica relacionou diversos santos à produção do álcool, entre outros: São Adriano e São Armando – padroeiros dos cervejeiros e dos donos de taverna e São Martinho e São Vicente, padroeiros do vinho e dos vinicultores. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirNs2RRMgLPxo4h1BN9G2Lrfx5OlFw7tCIn9Ld5uoDwzVB2XAaCOSCzGLtTP-V11ZWb3_nclfh3Afz4c8yzR5wLePCdntlyuF0AgwO01ZSqWQ4KNZFOcftml5iPGmaH9n5GzfDBJGj-No/s1600/MONGES+E+LUTERO.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirNs2RRMgLPxo4h1BN9G2Lrfx5OlFw7tCIn9Ld5uoDwzVB2XAaCOSCzGLtTP-V11ZWb3_nclfh3Afz4c8yzR5wLePCdntlyuF0AgwO01ZSqWQ4KNZFOcftml5iPGmaH9n5GzfDBJGj-No/s400/MONGES+E+LUTERO.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="color: #666666;">Na idade média a produção de alcóol é dominada pelos religiosos cristãos.</span></b></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
A Reforma Protestante é marcada pelo retorno às Escrituras, mas também pelo esforço dos reformadores em romper com as tradições católicas o quanto fosse possível, estabelecendo uma distância não apenas teológica, mas também cultural. Contudo, a visão dos reformadores quanto ao consumo da bebida não recebeu novo escrutínio, ao contrário: eles doutrinaram a Igreja a receber a bebida como uma bênção de Deus e a usufruir dela com moderação, não se deixando dominar por ela. Lutero consumia vinho e era conhecido como um grande bebedor de cerveja, produzida por sua esposa, Catharina. Já João Calvino recebia como parte de seu salário anual da Igreja Reformada suíça sete tonéis de vinho. Até os principais tratados de fé escritos nesse período – como confissão belga (1561) no artigo 35; o catecismo de Heidelberg na pergunta 80 (1563); no artigo 28 dos 39 artigos da doutrina Anglicana (1571); na fórmula Luterana de Concórdia no artigo 7 (1576); e no capítulo 29 da Confissão de Westminster (1647) – faziam clara menção ao uso do vinho.
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<br /></div>
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E também os puritanos, sempre tão associados a um padrão frugal e conservador de comportamento, não dispensavam uma caneca. </div>
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<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxr4Lp1zcjhzcPzFpdgjavM5UG7O2W3OxhyphenhyphenjR8Fmd4B0k25dVnqX8BVi11KEmi4URpLDd7Pclg85f1dp2_eZ-FUZKK-TwBGpzTRb9RVhMyc9usgiZd4jZ9j2zgy7y4yAjcBTGndmk5tx4/s1600/MAY.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxr4Lp1zcjhzcPzFpdgjavM5UG7O2W3OxhyphenhyphenjR8Fmd4B0k25dVnqX8BVi11KEmi4URpLDd7Pclg85f1dp2_eZ-FUZKK-TwBGpzTRb9RVhMyc9usgiZd4jZ9j2zgy7y4yAjcBTGndmk5tx4/s400/MAY.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mayflower levou os puritanos ( e muita cerveja) para a América.</td></tr>
</tbody></table>
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<br /></div>
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Vindos para o Novo Mundo em busca da liberdade de exercer a sua fé e fazer da nova terra um preambulo do reino celestial, nossos irmãos não esqueceram a bebida na velha Europa, ao contrário. O navio Mayflower que os trouxe ao novo mundo carregava mais cerveja do que água – quase 30.000 litros da bebida e, ao desembarcarem, em Plymouth Rock –EUA, adivinhem qual foi o primeiro prédio permanente que eles construíram? Uma igreja? Uma capela? Não. Uma cervejaria!
Increase Mather, clérigo renomado, presidente da Universidade de Harvard e protagonista dos célebres julgamentos relacionados a bruxaria em Salem, resume o ponto de vista dos puritanos sobre o tema em seu sermão Ai dos bêbados, de 1673: “A bebida é em si uma criação pura e boa de Deus, e deve ser recebida com gratidão, mas o abuso de bebida é de Satanás; o vinho é de Deus, mas o bêbado é do diabo.” Azar das bruxas da época e sorte de quem podia apreciar um bom copo de cerveja com assado no dia de ação de graças. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5IF8euqlk6XY9oTgZaFqoARLIcccQZ_EcAnVOw8wYNyR937pZ3ynahfywpBOAFJ3zJVGfPOlsJUejjEINBQVa7e8AVDqfzfZQqSEg1_o5xEdRZDtO_nUR4MbHX07StivklJd6u3I5tXY/s1600/wesley.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="275" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5IF8euqlk6XY9oTgZaFqoARLIcccQZ_EcAnVOw8wYNyR937pZ3ynahfywpBOAFJ3zJVGfPOlsJUejjEINBQVa7e8AVDqfzfZQqSEg1_o5xEdRZDtO_nUR4MbHX07StivklJd6u3I5tXY/s400/wesley.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;">O metodismo marca o início da mudança da visão da igreja em relação ao alcóol.</span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
O movimento metodista nas Ilhas Britânicas marca o início da mudança da visão da igreja em relação ao consumo do álcool. O célebre evangelista John Wesley, no século 18, foi um dos primeiros a se insurgir contra os excessos de bebida entre os crentes, e também pioneiro na articulação de um movimento de proibição do seu uso. Em seus sermões, Wesley reprovava o uso não-medicinal de bebidas destiladas, como conhaque e uísque, e dizia que muitos destiladores que vendiam seus produtos indiscriminadamente não eram nada mais do que “envenenadores e assassinos amaldiçoados por Deus”. Novamente, o contexto histórico-cultural não deve ser ignorado. À época, com o advento da Revolução Industrial, as cidades não ofereciam infraestrutura suficiente para atender às demandas da população que afluía do campo para trabalhar nas fábricas. Faltava água potável e as bebidas destiladas e fermentadas eram largamente usadas”. O ambiente de miséria, somado à embriaguez endêmica, resultou em um grave problema social.” </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
O movimento de temperança surge, em principio, como reação da Igreja ao sério problema de saúde pública provocado pelo alcoolismo nos Estados Unidos. Desde a Corrida do Ouro o Whiskey era a bebida da escolha popular e a cultura dos saloons se espalhava pela nação, trazendo consigo todos os outros males que lhe são próprios e já muito explorados nos filmes de bang-bang. A maioria dos estudiosos concorda que o marco zero foi a publicação, em 1805, de um folheto de autoria do médico Benjamin Rush tratando dos males do álcool. Pela primeira vez, foi introduzida a noção de vício potencial inerente ao consumo de bebidas destiladas e o autor prescreve a abstinência como única cura. Rush, presbiteriano, foi um dos signatários da Declaração de Independência americana e fundador da Sociedade Bíblica da Filadélfia. A relevância do autor explica o impacto que a sua obra recebeu na sociedade. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5q8TXsvIs7r5tm3MDg-GTWUKrd4fQ228LJPQu_V5QNTDkAhiQ4hb0z4-H36dbPbk0UNv4HimfF2NEczX1yM0q-GMoM8ZlyzKNcCeOIyFB-hXKYPhyphenhyphenLrXz_eOiYW6DitHsiSAapSNKh9Q/s1600/BILL.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5q8TXsvIs7r5tm3MDg-GTWUKrd4fQ228LJPQu_V5QNTDkAhiQ4hb0z4-H36dbPbk0UNv4HimfF2NEczX1yM0q-GMoM8ZlyzKNcCeOIyFB-hXKYPhyphenhyphenLrXz_eOiYW6DitHsiSAapSNKh9Q/s400/BILL.JPG" width="290" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><b>Arcebispo William Mikler: A mudança de um elemento da Ceia do Senhor é uma dupla ofensa.</b></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O arcebispo episcopal William Mikler, do Apostolado para as Nações, com sede nos Estados Unidos e igrejas em todo o mundo, incluindo o Brasil – país que visita com regularidade –, lembra que este não era um movimento apenas religioso, tanto que um dos polos mais importantes do esforço partiu das feministas, mulheres como Frances Willard e outras personalidades ligadas ao movimento sufragista feminino que queriam a sua voz na nação (voto) e fizeram da igreja o seu palanque principal. O afastamento dos homens da igreja, que foram lutar a primeira guerra, ajudou muito a conquista deste espaço no cenário político e nas congregações. </div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFYDoCR0xv0g6G0jfgcFeUZQN9ZnDAYfiPg6yRZi452doKnh_TjnaNx80-oVBESK8omDfBwgC3rv5uYonPPxgdtY9v4K3ahT82XB8yTNHECzfHzzcmcd5ABLZo1-krZHa-ThWBIKRPCi0/s1600/mulheres+temperan%C3%A7a.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFYDoCR0xv0g6G0jfgcFeUZQN9ZnDAYfiPg6yRZi452doKnh_TjnaNx80-oVBESK8omDfBwgC3rv5uYonPPxgdtY9v4K3ahT82XB8yTNHECzfHzzcmcd5ABLZo1-krZHa-ThWBIKRPCi0/s320/mulheres+temperan%C3%A7a.JPG" width="302" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="color: #666666;">As mulheres estadunidenses lideraram o proibicionismo</span><b style="color: #666666;">.</b> </td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“O movimento envolvia uma grande disputa por espaço político e, aos poucos, sob o entulho do farisaísmo, foi tomando conta da Igreja, chegando ao ponto de banir o vinho da Ceia do Senhor, o que vai diretamente contra a um mandamento de Cristo.” O resultado, explica Mikler , foi a defesa do proibicionismo como política de Estado, um dos motivos da Lei Seca – emenda à Constituição americana que proibiu a venda e o consumo de álcool no país. O tiro acabou saindo pela culatra, aumentando o consumo no país e estimulando as destilarias clandestinas, a exploração ilegal da indústria de bebida e o crime organizado. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para Mikler, a questão do alcoolismo, naturalmente, merece a atenção da Igreja, mas o grande erro do movimento de temperança foi construir uma teologia apontando a bebida como algo inerentemente mau, justificando, assim, a retirada do vinho da Ceia. “Isto foi uma dupla ofensa: A Deus, que deu o vinho ao homem, e a Jesus, que escolheu este elemento para a Ceia.”
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mais tarde, quando o metodista Thomas Welsh desenvolveu um processo de fermentação do suco de uva capaz de conservar a bebida sem promover a fermentação alcoólica criando o “suco de uva”, deu-se a substituição do vinho na comunhão. Contudo, vale lembrar, este não é o mesmo elemento (vinho) e nem um subproduto natural. O prensado natural da uva é o mosto (não alcoólico), o qual evolui rapidamente para um produto alcoólico, função da fermentação natural.
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfvq5LVHxgfJgmnYQ1iXmewzD4sARbZGZIWfOr-T7hvJ7daE0YrobWRTWs3YTsmf3MiIRIfe-bqMvCWciiKEYStUWpUtqfBg1rJta4GkQlA2lMpRApUxcXjj66nqSDiXic-0wXKftQnXY/s1600/digao.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="258" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfvq5LVHxgfJgmnYQ1iXmewzD4sARbZGZIWfOr-T7hvJ7daE0YrobWRTWs3YTsmf3MiIRIfe-bqMvCWciiKEYStUWpUtqfBg1rJta4GkQlA2lMpRApUxcXjj66nqSDiXic-0wXKftQnXY/s320/digao.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-size: x-small;">Rev. Rodrigo Lima: Fábulas para retirar o vinho das Escrituras.</span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Desde então, há até gente que defenda a tese de que a bebida consumida por Jesus não era alcoólica. O pastor Rodrigo Lima, funcionário público e pastor da Igreja Presbiteriana Independente em Rondônia, rechaça essa ideia usando a própria passagem bíblica que narra o milagre da transformação da água em vinho. “Não bastasse a incoerência de tal afirmação com o comentário registrado nas Escrituras, quando alguém ali estranhou receber o ‘bom vinho’ àquela altura da festa, o vocábulo grego para definir a bebida servida por Cristo – ouinos – é o mesmo usado em todo o Novo Testamento em referência ao vinho alcoolico comum”. Mesmo assim, ele passa longe do copo, e tem bons motivos para isso. “Sou filho de pai alcoólatra, e a bebida destruiu não só seu casamento dele, como minha própria relação com ele. Por causa desse trauma eu não bebo, mas não recrimino quem o faça.”<br />
<br />
<br />
<b>LÍCITO x CONVENIENTE
</b><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Associados,
na Palavra de Deus, a uma série de problemas – caso de Noé e Ló,
personagens bíblicos, que cometeram desatinos quando embriagados –,
exageros com o álcool trazem não apenas malefícios espirituais, como a
ruína de famílias, episódios de violência e vidas destruídas. O estigma
social do álcool é tão intenso que muitas igrejas evitam até mesmo o
vinho na celebração da Ceia. “Fazemos isso por consideração àqueles
irmãos já enfrentaram ou ainda têm problemas com o alcoolismo”, explica o
pastor Paulo Cesar Brito, líder da Igreja Missionária Evangélica
Maranata, do Rio de Janeiro. Como também é médico, Brito sabe bem quais
são os efeitos do álcool no organismo humano e que basta uma pequena
dose para trazer de volta um vício devastador que, muitas vezes, foi
deixado para trás graças à fé. Por isso mesmo, nas congregações de sua
igreja, os pequenos cálices da comunhão trazem apenas alguns mililitros
de suco de uva – o bastante, no seu entender, para manter o simbolismo e
o significado espiritual do ato.
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwmXU5YyMkXplOqLqyqnHA2B5fHwf0j_2OxWpQNlJzhzepMbwDJyfx1o92VMhKYb9VVFnKkGLskR8hk7tph9NT-H6irEgnz5a_GSnx3_kzHgNLaLDeuBzN6EBqqHLR9nLP3mFl3ZqFxaM/s1600/box.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwmXU5YyMkXplOqLqyqnHA2B5fHwf0j_2OxWpQNlJzhzepMbwDJyfx1o92VMhKYb9VVFnKkGLskR8hk7tph9NT-H6irEgnz5a_GSnx3_kzHgNLaLDeuBzN6EBqqHLR9nLP3mFl3ZqFxaM/s1600/box.JPG" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas tal posicionamento já foi (e continua sendo) alvo de polêmica. O teólogo reformado Keith A.Mathison é autor de trabalhos respeitados sobre o assunto. Ele acredita que a retirada do vinho da Santa Ceia é uma questão que desafia qualquer principio ordenador que se use na Igreja protestante. Em um de seus artigos mais recentes, Mathinson lembra que a noção do princípio regulador do culto – segundo o qual, no culto de Deus, o que não é ordenado é proibido – é ignorado por completo “quando o assunto é a mudança de um elemento na celebração do mistério da Ceia do Senhor”.
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As igrejas reformadas subscrevem formalmente este princípio. Mathison lembra a história de Nadabe e Abiú, narrada em Levítico 10, para ilustrá-lo. “Deus emitiu comandos específicos sobre como devia ser adorado. Nadabe e Abiú decidiram que seria aceitável mudar algo. Ao fogo estranho, Deus respondeu com destruição”. Para o autor, Jesus instituiu a Ceia com pão e vinho, e não há autorização para mudar isso, assim como não se pode suprimir a água no sacramento do batismo.
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1wreoojDM7XlHGFO0PGSMOOmlb_yrHlgsxY85rEkuJLOfKy-JCOQv8L9dvT-EMPA5d8czZ6IxhdAu0NpJzsvd8lqt7SAIHXkQPIVggtEwR70wiVA9epXY0dTMFZcw0pUYzOes6WXLeHE/s1600/NICODEMOS.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1wreoojDM7XlHGFO0PGSMOOmlb_yrHlgsxY85rEkuJLOfKy-JCOQv8L9dvT-EMPA5d8czZ6IxhdAu0NpJzsvd8lqt7SAIHXkQPIVggtEwR70wiVA9epXY0dTMFZcw0pUYzOes6WXLeHE/s400/NICODEMOS.JPG" width="398" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nicodemos: "<i>Nas igrejas presbiterianas o uso do vinho na Ceia fica a critério das igrejas locais.</i>" </td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O pastor presbiteriano, Augusto Nicodemos Lopes, contemporiza: “Não creio que princípio regulador seja tão abrangente a ponto de exigir que seus defensores tenham que usar o vinho. Ele trata de princípios que regem o culto público, e o uso de vinho ou suco de uva é uma questão de circunstância, e não de elemento de culto ou de princípios.” Nicodemos lembra que, mesmo no Brasil, não existe uma unanimidade entre os reformados sobre o uso do vinho ou de suco na Ceia. “Fica a critério das igrejas locais. Fui pastor da Igreja Suíça de São Paulo onde se usa vinho. E pastoreei igrejas presbiterianas onde se usava ou um ou outro. Isso vai muito da mentalidade do pastor e do Conselho.” </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkEyEKaa5c8ziUKUd0I6kQF2spNiJnA4M0uPOrvUYS55x9aJG575ZYX6eaVOhZw9MsL4Ygj-MOTY3j1GOvko_j_wbhspk75JUN33cZ-tnML8SRiRPgx355huTyNI0Jncp0f99uXY4QwlU/s1600/THAIGO.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkEyEKaa5c8ziUKUd0I6kQF2spNiJnA4M0uPOrvUYS55x9aJG575ZYX6eaVOhZw9MsL4Ygj-MOTY3j1GOvko_j_wbhspk75JUN33cZ-tnML8SRiRPgx355huTyNI0Jncp0f99uXY4QwlU/s320/THAIGO.JPG" width="249" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="color: #666666;">Barros: Pentecostais transformaram costume em doutrina. </span></b></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
A predominância da visão abstencionista, nas denominações históricas esta posição não é manifestada oficialmente. “O que não acontece entre os pentecostais, neopentecostais e grupos afiliados ou decorrentes destes”, observa, Thiago Lima Barros, advogado, servidor público federal e pesquisador da história da igreja. : “Esses grupos são os únicos que elevaram tais restrições ao status de doutrina; se não na teoria, pelo menos na prática diária”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para ele, a importância do movimento pentecostal e sua influência sobre toda a Igreja Evangélica brasileira explica muito a posição predominante em relação ao álcool no Brasil – “E não apenas neste aspecto, mas toda uma tradição de usos e costumes”. Diácono da Igreja Nova Aliança, comunidade de linha pentecostal, Barros lembra que na década de 40 após tentativas mais ou menos draconianas, em 1975 na 22ª reunião da Convenção Geral das Assembleias de Deus, realizada em Santo André (SP) deliberou oficialmente sobre vestuário, aspectos da aparência, a abstenção do uso de aparelho de televisão e, claro de bebidas alcoólicas. E estas posições só encontraram algum relaxamento em 1999, por ocasião do 5º Encontro de Líderes da Assembleia de Deus, onde as exigências foram contextualizadas, ainda que sem se abrir mão abrir mão da importância dos usos e costumes como prática saudável e de identidade da igreja.”
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
O diácono oferece um posicionamento conciliatório: “Nenhum cristão realmente nascido de novo em Cristo vai defender libertinagem ou embriaguez, que são posturas de evidente mundanismo. Precisamos, de fato, ser santos como o nosso Senhor o é . O problema é que, no afã de vivenciar essa santidade, houve um retorno inconsciente ao legalismo mosaico e aos seus rudimentos fracos, e o bebê foi jogado fora junto com a água do banho.”
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj007v2PJ8SthbIn6jwwNRVKAvZdGHHbRtsVnPFa-lO3j7vg7FM-9MUyDwFFCq9q_nnQqzT8z2-Sj5fbxhv30RfD3WkS6RaKZeovMHEBiTiQ58ElMTPgincQrZLYUlBK_TksSxiI3EQN5I/s1600/CIRO.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj007v2PJ8SthbIn6jwwNRVKAvZdGHHbRtsVnPFa-lO3j7vg7FM-9MUyDwFFCq9q_nnQqzT8z2-Sj5fbxhv30RfD3WkS6RaKZeovMHEBiTiQ58ElMTPgincQrZLYUlBK_TksSxiI3EQN5I/s320/CIRO.JPG" width="233" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Zibordi: Nem tudo convém ao crente.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Pastor da Assembleia de Deus, a igreja que foi a principal responsável por essa influência, Ciro Sanches Zibordi cita o texto de Efésios 5.18 para enfatizar a importância de o crente ser dominado pelo Espírito Santo. Ele justifica a abordagem mais conservadora da denominação com um argumento baseado na história e na realidade social da expansão assembleiana. “Como se sabe, a igreja Assembleia de Deus sempre atuou entre as pessoas mais carentes, em favelas e morros, por exemplo, onde muitos alcoólatras são transformados radicalmente pelo poder do Evangelho. Não faz sentido dizer a pessoas que foram libertas de maneira sobrenatural de um vício que elas podem continuar usando com moderação a substância que abandonaram.” </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Autor de títulos como Erros que os pregadores devem evitar e Evangelhos que Paulo jamais pregaria (ambos editados pela CPAD), o pastor, que atua na Assembleia de Deus do Ministério de Cordovil, no Rio de Janeiro, afirma que todo patrulhamento deve ser evitado: “Ninguém tem o direito de interferir na individualidade e na privacidade das pessoas salvas em Cristo”. De fato, mesmo o apóstolo Paulo, tão radical nas regras de conduta que prescreveu à Igreja primitiva em suas epístolas, mostrou-se transigente em relação à bebida. Ele chegou a recomendar a seu filho na fé e colaborador ministerial Timóteo que usasse “um pouco de vinho” para melhorar suas enfermidades digestivas.
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“A Palavra de Deus é um livro de princípios, e isso deve ser levado em consideração quando tratamos de assuntos tão delicados como o consumo de bebidas alcoólicas”, continua o pastor Zibordi. Por outro lado, pondera, um líder cristão consciente pode e deve pregar contra o uso da bebida e seus efeitos. “Tudo o que um alcoólatra precisa é de uma transformação radical, ao invés de uma orientação dúbia. Logo, a despeito de a Bíblia não condenar a bebida alcoólica pela força de mandamento, ela mostra que nem tudo o que lícito é conveniente para o cristão, conforme I Coríntios 6.12”. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<br />
<b><span style="font-size: large;">Extra</span></b><br />
<br />
<b><span style="color: #990000;">A tabela a seguir não consta da matéria original da Revista Cristianismo Hoje. Estamos disponibilizando para colaborar com o debate sobre o tema aqui no site:</span></b><br />
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5fw3ZYoZxNWHznXviG6wQirYCfUZQRhddNHA5UxnHl2QzEDvnNOy8QoVIbxjvklylJP5okByRTfreeYSGwDGXgC8lODCrObpFXOHmNG38AJIv2AZ9RF2A0B1ocZpd9At4gq-M4cELFGw/s1600/tabela.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5fw3ZYoZxNWHznXviG6wQirYCfUZQRhddNHA5UxnHl2QzEDvnNOy8QoVIbxjvklylJP5okByRTfreeYSGwDGXgC8lODCrObpFXOHmNG38AJIv2AZ9RF2A0B1ocZpd9At4gq-M4cELFGw/s1600/tabela.JPG" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Esta tabela não faz parte da matéria original publicada na Revista Cristianismo Hoje </td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: right;">
<a href="http://www.genizahvirtual.com/" target="_blank">Genizah</a></div>
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</script><br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com32tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-25625649411219396022018-03-02T08:00:00.002-03:002018-03-02T08:03:17.683-03:00A ONFALOLOGIA SISTEMÁTICA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuK2gi1OYwBnfy1-GZ3IHFU9y4-Q4v6byikYCXX2sSK4V2zd4seBEaSrEmA41X6RGTspLHcbk0Qog6RBW_2gcN57KDoUFc6THBvFwY_TFXuRTcrlzazGb_3M470doF7hZZKmVhfvlHpFo/s1600/teologia+do+umbigo.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuK2gi1OYwBnfy1-GZ3IHFU9y4-Q4v6byikYCXX2sSK4V2zd4seBEaSrEmA41X6RGTspLHcbk0Qog6RBW_2gcN57KDoUFc6THBvFwY_TFXuRTcrlzazGb_3M470doF7hZZKmVhfvlHpFo/s640/teologia+do+umbigo.JPG" width="624" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Por Onfalologia sistemática ("onfalos" gr. umbigo) depreende-se a doutrina do umbigo de adão, que ao lado das doutrinas iluminati, mensagens subliminares, e desvendamento da maçonaria, constitui um dos pilares da fé cristã, sendo sua compreensão item fundamental para a salvação do homem.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O assunto advém do fato de que para que algum indivíduo possa ter umbigo, constitui condição “sine qua non” a preexistência do cordão umbilical, o que pressupõe, por sua vez, a gestação do ser no ventre materno. Portanto, Adão, criado diretamente do pó da terra, deixa os leitores da Bíblia em suspense, pois, afinal de contas, as escrituras não a evidenciam a existência de sua mãe; e caso ele não tivesse umbigo, seria como afirmar que o homem feito diretamente pela mão de Deus foi criado imperfeito.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O controverso estudo Onfalológico iniciou-se com Inútius de Alexandria (120 d.C. – 132 d.C.), enquanto este almoçava ao lado da biblioteca mais famosa da história, ele contemplou uma cabrita dando à luz a um cabritinho que ficou agarrado pelo pescoço em seu cordão umbilical. Inútius, em seu estado contemplativo, indagou pela primeira vez na história, que se Adão, o primeiro homem do mundo, não gerado de mulher, teria tido ou não umbigo. Esta dúvida quase levou o cristão do segundo século ao desvio espiritual, mas depois de muita autopunição, ele conseguiu conciliar a ideia criacionista perfeita com ambas as hipóteses. Assim ele encontrou paz de espírito e morreu aos 12 anos de idade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Desde então até o dia de hoje muito se tem discutido sobre o tema no seio da igreja. Contudo, assim como o dízimo, a evidência em línguas estranhas, e a cobertura espiritual, a Onfalologia também foi esquecida pelos evangelistas, apóstolos e profetas que escreveram a Bíblia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Controversius de Milão (650 d.C ou 980 d.C – não há unanimidade sobre seu nascimento), relatou na sua “Histórias Esdrúxulas Olvidadas da Igreja” que a Onfalologia tomou pelo menos 90% do tempo que durou o Concílio de Nicéia, causando tamanha discussão ao ponto de ter gerado motins pela cidade e uma verdadeira carnificina que obrigou a Eusébio e outros cronistas a rasgarem o tema das páginas da história. Os papas proibiram sua simples elucidação sob pena de excomunhão.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Anos à frente, os reformadores retomaram a questão. Das 100 teses que Lutero apregoou na porta da catedral de Wittenberg, 5 delas voaram antes de que a história pudesse relatar. Apenas um bêbado que costumava dormir na porta da igreja usou-as para forrar o chão a fim de aquecer o seu leito. O que ele pode lembrar que estava escrito nas folhas era:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<ul>
<li><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">96 – Fora do dízimo não há repreensão ao devorador</span></li>
<li><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">97 – Devem ser instituídos nas igrejas os grupos de adoração profética e os grupos de dança profética.</span></li>
<li><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">98 – Existe maldição hereditária, inclusive no crente, e que deve ser quebrada mediante correntes de libertação e campanhas de ofertas.</span></li>
<li><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">99 - A igreja deverá prosseguir perseguindo as ordens templárias, as quais daqui a cerca de dois ou três séculos adiante virarão a maçonaria (Lutero foi revelado divinamente).</span></li>
<li><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">100 - A Igreja deve crer que Adão tinha umbigo, mesmo que não tenha tido mãe.</span></li>
</ul>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O grande teólogo Calvino preferiu concordar com Huss, que já havia afirmado que Adão não teria umbigo. O reformador franco-suíço apenas retocou com o fato de que a barriga do primeiro homem ter sido totalmente lisa não o impediria de ser perfeito, mas que Deus havia predeterminado que o umbigo seria padrão apenas a partir daquele que Adão geraria. Quanto a Eva, ninguém jamais se importou em discutir, pois a questão de seu umbigo estava condicionada ao que se decidisse acerca do umbigo de seu marido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A história também rasgou a onfalologia dos ensinamentos dos maiores pesadores dos últimos tempos, tais como Mor di Soluço, Ed Mac. Sedow e Wal de Meerow. Portanto ninguém se preocupou em dar continuidade à discussão. Então, resta-nos tentar traçar quais seriam os posicionamentos de algumas linhas teológicas acerca da onfalologia. Se alguns dos pensadores do nosso tempo fossem indagados diretamente: “Adão tinha ou não tinha umbigo”, eles responderiam o seguinte:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<ul>
<li><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>Teólogo reformado</b> num momento de moderação: “Do ponto de vista onfalológico sistemático, é plausível crer nas duas possibilidades; é preferível, contudo, que o crente se adéque a uma igreja de acordo com sua visão.</span></li>
<li><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">T<b>eólogo reformado num rompante decisório</b>: “Do ponto de vista onfalológico sistemático, não podemos assegurar o sim, nem o não, mas exatamente o oposto”.</span></li>
<li><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>Teólogo criacionista</b>: “Deus fez uma mulher para gerar Adão, e depois deu sumiço nela”.</span></li>
<li><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>Teólogo Evolucionista</b>: “Adão teve umbigo, mas foi gerado pela última macaca do jardim”</span></li>
<li><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>Teólogo Teísta Aberto</b>: “Se Adão teve ou não umbigo, Deus não teve culpa, contudo aprendeu bastante com isso.”</span></li>
<li><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>Teólogo de televisão</b>: “Se Adão tinha ou não umbigo, não sei, mas ele não era gay. A propósito, estamos lançando a campanha do umbigo de Adão, que serão 7 semanas de intercessão, e que após a oferta mínima de 900 reais, você receberá o cordão da ligação com as janelas do céu.”</span></li>
</ul>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Caro leitor, essa pesquisa nos permitiu vir apenas até esse limite. Contudo não faltam onfalólogos por aí que discutam não só este, mas também todos os outros temas e teses supra-listados, e que se incumbam de implantá-los nas igrejas mundo afora.</span></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<a href="http://www.genizahvirtual.com/" target="_blank">Genizah</a></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-90517665820539831272018-02-21T20:30:00.000-03:002018-02-21T20:30:17.394-03:00Direita ou Esquerda? Como deve se posicionar politicamente o verdadeiro cristão?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyOa2z1eYZeMjM0ugKnV3iYrBdkYJ4xz9INMZGXBw6S_EDluHdNu3XjqxhjCrgp6eXYTtX8CBM8SCbTg5a8unKiF38gnkWdcTDBj_QO3I8VjU52_-thC91dISB9wGc_BYWTCqseycRm7nG/s1600/direita+ou+esquerda.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyOa2z1eYZeMjM0ugKnV3iYrBdkYJ4xz9INMZGXBw6S_EDluHdNu3XjqxhjCrgp6eXYTtX8CBM8SCbTg5a8unKiF38gnkWdcTDBj_QO3I8VjU52_-thC91dISB9wGc_BYWTCqseycRm7nG/s640/direita+ou+esquerda.JPG" width="600" /></a></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Outro dia fui convidado a participar do Programa Vejam Só, apresentado pelo pastor Eber Cocareli. A proposta do programa era debater sobre a polarização política que, assim como a sociedade brasileira de uma forma geral, também promoveu grandes "rachas" em movimentos e entre irmãos na Igreja Evangélica. O leitor pode conferir o vídeo do programa no final deste artigo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Coincidentemente, meu "pai na fé", o Rev. Antônio Carlos Costa, da Igreja Presbiteriana da Barra, escreveu no mesmo dia, em seu perfil no Facebook uma admoestação à Igreja que bem serviria a mim:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i>Em meio à crise política e todos os debates que suscitou, pergunto a você: como cantaremos, nos próximos anos, essa famosa canção evangélica?</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i><br />
</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i>"E na força do Espírito Santo </i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i>Nós proclamamos aqui</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i>Que pagaremos o preço de sermos</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i>Um só coração no Senhor</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i><br />
</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i>E por mais que as trevas militem</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i>E nos tentem separar</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i>Com nossos olhos em Cristo</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i>Unidos iremos andar".</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i><br />
</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i>Setores inteiros da igreja racharam. Antigas amizades foram abaladas. Com o país em convulsão, não fomos a voz da conciliação, da sobriedade e da boa vontade. Líderes preferiram expor publicamente irmãos a fazer contato pessoal em amor visando à admoestação misericordiosa e à mútua compreensão. </i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">No próprio programa, em TV Aberta eu já fiz o meu <b><i>mea culpa</i></b>, admitindo que em nada fui conciliador, pacificador e compreensivo no correr da imensa onda de rancor e intolerância, fruto da crescente polarização política, que a todos nós "encaixotou". E, sem pretender em nenhum momento me eximir da minha máxima culpa, poucos e raros vi se comportarem como pacificadores e, aqueles que se propuseram a sê-lo, quão grande a nossa vergonha, foram chamados pelos contendores de ambos os lados de "alienados", "em cima do muro", "traidores"... E não foram líderes desconhecidos e pouco influentes que se deram a tal papel! Eu vi gente que é referencial na igreja digladiando nas redes sociais e, não satisfeitos, lançando, a quem tentasse pacificar os ânimos exaltados, os piores impropérios.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHdxvLqWbFjhtsYDDZhJmHOEgSdK9LAG074kgrrGgIUjg_ogXnRdn1XDkxySsosgKAWZ2Nws1MN2Htc7MRcC1DZDxIwi6SuOIGdyrRsv5bsRY8fqNnUYbT3gk2iLarZ04uboOs2i1Iueyj/s1600/coxinha-mortadela.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="156" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHdxvLqWbFjhtsYDDZhJmHOEgSdK9LAG074kgrrGgIUjg_ogXnRdn1XDkxySsosgKAWZ2Nws1MN2Htc7MRcC1DZDxIwi6SuOIGdyrRsv5bsRY8fqNnUYbT3gk2iLarZ04uboOs2i1Iueyj/s320/coxinha-mortadela.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>Eu aceito as admoestações e só pondero duas coisas: </b></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span> <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">(1) Sobre os amigos que perdi e, muitos dos nossos amigos em comum são testemunhas, busquei-os primeiro e uma segunda vez, uma terceira e muitas mais e repetidas vezes em particular antes de admoesta-los publicamente; </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span> <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">(2) Como vocês poderão ler a seguir, há razões SIM, fortes, bíblicas, imperativas, para que o líder venha à público admoestar o falso ensino de outrem. São as razões apologéticas previstas, entre outros, em Tito 1:9 e, "no conjunto da obra", quase sempre presentes nas Cartas Paulinas, no varejo (admoestações pessoais) e no atacado (ventos de doutrina). É importante entender, como veremos em detalhes a seguir, que todo cristão pode (e deve) se manifestar e se posicionar politicamente, ainda que nos limites colocados a todos os que creem e tem nas Sagradas Escrituras a sua regra de fé e prática. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<h3>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Nós X Eles</span></h3>
<div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A extrema polarização política que o país vive hoje é reflexo deste momento de crise profunda, mas é também o resultado deletério do fermento da doutrinação, ou como preferem os Marxistas da conscientização das massas acerca da chamada luta de classes e a consequentemente proposição de que a transformação da sociedade para uma forma mais igualitária se dará pela via do confronto entre espoliados e exploradores. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span> <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Assistimos nestes últimos anos o momento em que discurso do "nós contra eles" finalmente encontrou eco na sociedade brasileira, após décadas de proselitismo nas escolas, sindicatos, etc. O Partido dos Trabalhadores e outros de inspiração comunista incutiram esta proposição nas suas campanhas, nos seus atos de gestão e no fomento de movimentos sociais e culturais imbuídos do propósito de conscientizar a classe proletária, estudantes e lavradores para a visão da luta de classes, o que é o primeiro passo para o processo da revolução socialista. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjefJxblgBhPTroO0CvHUXcVywlJzSDjbm7_klAwMklUlB5EtcALDGi0ESW-tEQpTlJSSgPDsxQEqBW_s9hhpxFlP1hDB-NBj0OazH0FDwaA0n9_Uyx8V6clrDWOoG0_al_yiOMp7xP14jJ/s1600/polarizacao3_1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="149" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjefJxblgBhPTroO0CvHUXcVywlJzSDjbm7_klAwMklUlB5EtcALDGi0ESW-tEQpTlJSSgPDsxQEqBW_s9hhpxFlP1hDB-NBj0OazH0FDwaA0n9_Uyx8V6clrDWOoG0_al_yiOMp7xP14jJ/s320/polarizacao3_1.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span> <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O resultado visto na sociedade não é diferente do que se vê no meio cristão. De certa forma, seja pelo gramscismo (1) firmemente alojado na gestão pública da educação e da cultura, que por treze anos foi fonte constante de tensão entre líderes da Igreja e governo, seja pela liquidez dos valores cristãos que deveriam promover a pacificação, a compreensão e a temperança, o desgaste promovido pela polarizacão política parece ser ainda pior no meio dos crentes. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Uma igreja dominada pelo mundanismo não se coloca em vigilância constante contra as artimanhas de satanás. A contenda entre irmãos de fé está armada e o Diabo se alegra. Se o ensino do papel do cristão na política fosse devidamente promovido nas congregações, o povo de Deus não estaria vivendo este momento triste.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<h3>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Direita X Esquerda</span></h3>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Não há nenhuma orientação bíblica que exija que o crente se coloque desta ou daquela forma no espectro político. O próprio Jesus escolheu os seus apóstolos entre gente de diversas classes e posicionamento político distintos, em alguns casos em franco conflito, na teocracia da Judéia: Zelotes, fariseus, saduceus e até os odiados publicanos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>Quem se posiciona de alguma forma no espectro político atual, avalie e pondere as proposições extremas:</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A esquerda pode parecer interessante ao crente na medida em que, no seu conceito mais clássico, propõe a promoção da justiça social e uma sociedade mais igualitária. O cristão que é instado a pensar no próximo e ajudar os mais pobres pode se deixar seduzir pela proposta. Soube de um debate acadêmico realizado no Mackenzie entre os doutores Paul Freston e Davi Charles Gomes. Disse Freston: "<b><i>Sou de esquerda pois sou cristão. Jesus se colocou ao lado dos pobres</i></b>." Ao que Gomes respondeu: "<b><i>Sim, é verdade. Mas Jesus se colocou ao lado dos pobres de espírito</i></b>". </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span> <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Perfurante como espada de dois gumes, a verdade bíblica é que o homem é renascido para as boas obras. Perdido que estava, é achado através da pregação do verdadeiro Evangelho. Os atos de misericórdia são parte das boas obras do coração regenerado. O povo separado é sal e luz deste mundo. Mas, não são as boas obras que fazem homens nascerem de novo, tão pouco os salva da segunda morte. As opções políticas de cada um <u><b>não</b></u> são Obras do Espírito. O Amor transforma e multiplica o amor. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span> <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A ideia de que determinadas opções políticas (e a afiliações partidárias) são marcas indeléveis na vida de um cristão inspirado a servir ao próximo e que, as tais, são promotoras da justiça do Deus Santo é </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">audaciosa </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">heresia, absurda vaidade intelectual, idolatria. Contudo, não é difícil achar um "</span><b style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><i>cristão de esquerda</i></b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">" que acredite que o marxismo é a proposição capaz de promover um reino de justiça. Não à toa, o escritor francês Raymond Aron (1905-1983), em sua obra mais conhecida afirma que nenhuma outra doutrina criou no homem, como o marxismo, tamanha "ilusão da onipotência". Para Aron, o marxismo havia se tornado "o ópio dos intelectuais". </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span> <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E que verdadeiro cristão não objetara contra esta pretensão insidiosa à Soberania do Criador?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Considere também ainda outro aspecto: uma parte significativa da esquerda acredita que os meios para a promoção da justiça se cumprem pela via revolucionária. A luta de classes, a promoção do ódio e até a ditadura do antigo oprimido sobre o opressor estão no cardápio de todo governo comunista. Ora, nada disto é compatível com a prática cristã. Tão pouco, o conceito de igualdade, da forma entendida pelos socialistas, faz parte dos ensinos de Jesus e seus apóstolos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1l25zfW8w4-phqu-mASNuSfL3RSanxbwgTKaj9AAW9SyaOxcu7lWSMLqUPZZSr2jz2p2HC_q0cR2NZnHa08Z7m0USeEAzjPG8VftyQ0L7fU1b70SEsepM60cGiC041TZ5YSWzj6Q-WdxX/s1600/poste+idolo.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1l25zfW8w4-phqu-mASNuSfL3RSanxbwgTKaj9AAW9SyaOxcu7lWSMLqUPZZSr2jz2p2HC_q0cR2NZnHa08Z7m0USeEAzjPG8VftyQ0L7fU1b70SEsepM60cGiC041TZ5YSWzj6Q-WdxX/s200/poste+idolo.JPG" width="174" /></a></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Finalmente, considere o chamado "pacote completo" da esquerda. Quem irá negar que a promoção de uma visão moral "progressista" da sociedade é meio de ação a fim de acomodar as minorias "oprimidas" pelo preconceito, o peso da lei e, principalmente, pela moral judaico-cristã? A prática da esquerda é instigar estas minorias e usar suas causas como combustível na luta de classes. Vai daí, os militantes de esquerda são provocados a assumir as agendas de minorias oprimidas(?): ateus, gays, feministas e outras. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Nestes dias de grande atrito na Igreja, sofri da infelicidade de ver grupos de <b><i>cristãos progressistas</i></b> defendendo o aborto, o casamento gay e outros posicionamentos extra-bíblicos </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">em matérias jornalísticas de alcance nacional</span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">. Evidentemente, estes "crentes militantes" erigiram para si <b><i>postes-ídolos</i></b>, na forma dos postulados de seus partidos políticos e/ou ideologias. E se prostraram diante deles, adorando-os!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Diante do exposto acima, alguém poderá dizer que a direita é a melhor opção para o cristão, afinal, o ideário conservador promove e defende os valores da vida, da família, etc.: A moral cristã. Contudo, no extremo ideológico, também a direita pode fazer uso de regimes não democráticos, do arbítrio, bem como aplicar uma cartilha ultra liberal que não considera os excessos do capitalismo e tende não apenas a negar promoção de políticas sociais, como pregar a não regulação dos mercados e das relações trabalhistas. E, sim, as Sagradas Escrituras têm muito a dizer sobre as relações de trabalho, a ética nos negócios a responsabilidade social, o respeito para com a comunidade e a sustentabilidade. Já temos boa literatura em português sobre todos estes temas. Sem controle, o capitalismo promove selvageria nas nações e entre as nações. As veias abertas nos quintais do mundo, a miséria continental e as crises, mesmo nos cantões de prosperidade, como vimos tantas vezes no século XX (e já uma vez no século XXI) mostram como um sistema financeiro sem regulação pode levar à miséria todo um país.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span> <br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><b><i>Jesus é meu Senhor, não a minha religião.</i></b></span></blockquote>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<h3>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Acima de todas as esferas da vida: Deus?</span></h3>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">De forma simplista, sabemos que na visão da esquerda a proposição é que o Estado esteja acima de todas as esferas da vida a fim de promover a igualdade (colocando-se como o representante do interesse das massas). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Já na visão de direita, é o indivíduo (seus interesses e sua liberdade) que se colocam acima de todas as esferas da vida. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E, porquanto, a defesa da supremacia do indivíduo possibilite ao crente o exercício mais livre da sua fé, a liberdade de escolha (na educação, por exemplo) e o mínimo de ingerência do Estado na vida do cidadão e da família, sabemos que as Escrituras Sagradas não suportam nem uma coisa e nem outra. Nem a supremacia do Estado, nem, a supremacia do indivíduo; mas, tão somente, o Senhorio de Cristo. </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Não se trata, portanto, de colocar a religião, acima de todas as coisas. Jesus é nosso Senhor, não a nossa religião. Não é uma esfera de nossa vida, acima das outras. Jesus é o Senhor das nossas vidas. Somos Dele.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Portanto, o recado principal neste ponto é: busque as boas causas, trave o bom combate, no Espírito do Evangelho. Não se sujeite, contudo, a construções ideológicas humanas, tão pouco se sujeite à direção de seus partidos. Ou como disse de forma "matadora" Francis Shaeffer: </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">"<b><i>Se houver injustiça social, digam que há injustiça social. Se precisarmos de ordem, digam que precisamos de ordem. Mas não se alinhem como se estivessem em um destes campos (ideológicos). Você não é aliado de nenhum deles. A Igreja de Jesus Cristo é diferente dos dois - totalmente diferente!</i></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<h3>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">As Escrituras nos orientam para o equilíbrio </span></h3>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Na política o chamado de Deus para o crente é para o equilíbrio. O cristão deve, sim, se envolver com a política. Há tantos exemplos de homens que foram usados grandemente por Deus na política. Cito um por quem guardo grande admiração: William Wilberforce, o político e ativista evangélico inglês que foi o grande responsável pela condenação da escravidão, o que redundou na proibição do comércio escravo e marcou o início do fim desta abominação no mundo. E temos ainda Dr. Martin Luther King Jr. Tantos outros. O fundamental e o "em comum" entre estes dois e todos os políticos cristãos que enriqueceram este mundo é que todos escolheram as causas de Cristo, não as suas próprias causas. Evitaram o partidarismo, que pode redundar em idolatria e, jamais, assumiram nenhuma ideologia, mas submeteram tudo ao senhorio de Cristo e à Sua Santa Lei. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Como diz o Rev. <a href="https://www.facebook.com/DaviCharlesGomes?fref=ts" target="_blank">Davi Charles Gomes</a>, na política, como em qualquer outra esfera da vida, o renascido em Cristo deve ser um iconoclasta: Um destruidor de ídolos. Um persistente demolidor de toda crença, ideologia, hábito, afiliação, atitude que se interponha entre ele e o Senhor. Bem como, qualquer presente convicção ou ideologia que se oponha à Verdade revelada. Esta não é uma tarefa fácil. Impõe eterna vigilância, pois não são poucas as armadilhas que o nosso coração pervertido e, não duvide, satanás colocam em nosso caminho. Com isto em mente, Calvino teceu esta frase brilhante:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><i>O coração do homem é uma fábrica de ídolos.</i></b></span></blockquote>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Entenda você, como afirmou Ken Sande: “Em termos bíblicos, um ídolo é alguma outra coisa, que não Deus, na qual empregamos nosso coração (Lc.12:29, 1 Co. 10:6), que nos motiva (1 Co. 4:5), que nos controla ou governa (Sl. 119:133), ou a qual servimos (Mt. 6:24)”. E, tendo uma ideologia como ídolo, pode homem ser mais desprezível a Deus? Ainda mais quando canta, tal qual Cazuza, que somente nesta torpe ilusão encontra o seu moto para a existência: "<b><i>Ideologia! Eu quero uma pra viver!"</i></b>. Que triste grito de um desesperado moribundo que não se encontrou com Cristo e não conseguiu significar a sua própria vida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAZ_KGprLrZTF4ry4zOA2-gcLezbMcnqTjs7DnNVSnYF3ZsrxtYuBi0KYLGthf7pCcAslR7AF82c_JvNQCNrwJSFRSaq03qROhfVy6iI7Q_DL5bZMZ-nSXQUVLpLcXTzgXcybMoRu-TDn5/s1600/polarizacao3_1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="149" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAZ_KGprLrZTF4ry4zOA2-gcLezbMcnqTjs7DnNVSnYF3ZsrxtYuBi0KYLGthf7pCcAslR7AF82c_JvNQCNrwJSFRSaq03qROhfVy6iI7Q_DL5bZMZ-nSXQUVLpLcXTzgXcybMoRu-TDn5/s320/polarizacao3_1.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<h3>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Convivendo com as diferenças políticas na Igreja</span></h3>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em relação à polarização política e ao bom convívio com os irmãos que pensam diferente, o Rei Davi nos lembra, no Salmo 83, qual deve ser a postura de um servo de Deus diante da contenda:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>“<i>A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram. A verdade brotará da terra, e a justiça olhará desde os céus</i> (Sl 83:10-11)</b>”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Thiago Lima, aqui mesmo neste site, lembrou: <i>Carlos Drummond de Andrade resumiu esta passagem de forma inspiradora. Ele escreveu: “o outro nome da paz é justiça”. É o mesmo Lima concluiu: "Quase nunca conseguiremos ser imparciais e mansos neste mundo, mas temos a obrigação de buscar a honestidade intelectual, a isenção, a temperança e o conhecimento bíblico sobre o que está promovendo a contenda. Se conseguirmos agir de tal forma, o Reino de Deus, que é “justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo (Rm 14:17)”, formado por irmãos tão diferentes em matéria de pensamento, mas unidos pela sujeição a um Deus amoroso e amantes da Sua Santa Palavra, construirá uma igreja limpa dos fermentos ideológicos, concentrada em fazer discípulos, batalhar pela fé e ser sal e luz."</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Portanto, se as divergências políticas e de opinião em geral não escapam dos limites estabelecidos adiante neste texto, vá e se reconcilie com seu irmão de fé enquanto há tempo. (Mt 5:25).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiajGTTFbBnXscTMJE22nScnvbgRG7ZWxUBtfHTruF5_UU7XjxaPIrSqs4Lp6S-GJO4zCu4QS1h2N-RvRMY0NZoNmiWVy71wVFio2NwpwgTlq55QGgjM9xW-RqeC1spbYRvmVczBIj0QCR3/s1600/intolerancia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="242" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiajGTTFbBnXscTMJE22nScnvbgRG7ZWxUBtfHTruF5_UU7XjxaPIrSqs4Lp6S-GJO4zCu4QS1h2N-RvRMY0NZoNmiWVy71wVFio2NwpwgTlq55QGgjM9xW-RqeC1spbYRvmVczBIj0QCR3/s320/intolerancia.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<h3>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E quando a pacificação não é o caminho, mas a admoestação se faz necessária? </span></h3>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O pendor pacificador do cristão perde espaço na agenda quando o chamado da defesa do Evangelho se faz presente. E no comando de Tito 1:9: " <b><i>e apegue-se firmemente à mensagem fiel, da maneira como foi ensinada, para que seja capaz de encorajar outros pela sã doutrina e de refutar os que se opõem a ela.</i></b>" o objetivo prioritário passa a ser o combate aos falsos ensinos advindos da leitura ideologizada das Escrituras, bem como, o proselitismo ideológico nos púlpitos. Esta ação se faz necessária, em especial, quando notamos que a "teologia" promovida pelo <i><b>ideo-teólogo</b></i> se contrapõe ao Evangelho.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span> <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Entre os comportamentos mais lamentáveis que tenho visto e combatido, listo:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>A) A promoção de uma falsa justiça.</b> </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A Justiça do Evangelho é plena. A Igreja não deve compactuar com quaisquer violações à Palavra de Deus, em primeiro lugar, e ao ordenamento jurídico nacional, nem se guiar pela lógica pragmática mundana do “mal necessário”, que também atende pela alcunha de “os fins justificam os meios”. Não existe o livro de Maquivel nas Escrituras. O que vale dizer que se um governo promove justiça social, mas está em todo corrupto, o cristão não pode fechar os olhos ao mal, em nome do bem. Mesmo que o mal seja menor e o bem maior. O Evangelho não nos permite tais escolhas. Como disse o grande pregador batista Spurgeon: "<b><i>Entre dois males, não escolha nenhum.".</i></b> Na Bíblia Sagrada, tanto os meios quanto os fins devem guardar uma escrupulosa e inescapável relação com a vontade soberana de Deus para o homem. Ou seja, não se justifica o cometimento de um ou mais pecados para se defender a fé ou a sociedade. <i>Essa mentalidade pragmática com aparência de piedade só pode ser oriunda da mente do próprio Satanás</i>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>B) O entendimento da verdadeira autoridade, a quem se deve sujeitar. </b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E assim é:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i>“Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens, pelos reis e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade.” 1Timóteo 2:1-2 ARC</i></span></blockquote>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E não há dúvida sobre isto. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Contudo, é bom lembrar que a suprema autoridade sobre a vida do crente, em todas as suas esferas (pessoal, civil, familiar, etc.) são as <b>Sagradas Escritura</b>s. Já a autoridade suprema de uma nação, sob a égide do estado democrático de direito é a <b>Constituição</b>, que é resultado da autoridade manifestada de Deus, por meio do povo que elegeu os legisladores. O crente se submete primeiro à Palavra de Deus e depois à suprema lei do país. À autoridade constituída que promove o que é contrário à Palavra, o crente oferece resistência. Contra a autoridade eleita ou instituída que não obedece à suprema lei do país, o crente como cidadão deve fazer uso dos meios do estado democrático de direito, o que inclui o <b><i>impeachment </i></b>do líder. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>E que se ressalte que esta noção é mais primordial nas Escrituras do que muitos supõe:</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i>“Será também que, quando se assentar sobre o trono do seu reino, então, escreverá para si um traslado desta lei num livro, do que está diante dos sacerdotes levitas. E o terá consigo e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao Senhor, seu Deus, para guardar todas as palavras desta lei e estes estatutos, para fazê-los. Para que o seu coração não se levante sobre os seus irmãos e não se aparte do mandamento, nem para a direita nem para a esquerda; para que prolongue os dias no seu reino, ele e seus filhos no meio de Israel.”</i></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Deuteronômio 17:18-20 ARC</span></b></blockquote>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Evidenciando, claramente, que a autoridade Suprema é Deus, a Quem se submete toda autoridade. E que autoridade maior do governo é a Lei e à guarda desta mesma Lei se condiciona toda autoridade legítima. </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Verifique, portanto, que ainda que numa teocracia, a Justiça de Deus não admite o déspota.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em qualquer regime ou circustância, somos instados a orar pela autoridade para que esta se fie na lei e promova a justiça, mas a LEGÍTIMA autoridade, segundo Deus, é aquela que segue a lei e estende a mesma justiça a todos. Qualquer outra, é uma autoridade usurpadora.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>C) O partidarismo não pode ser objeto de proselitismo nos púlpitos. </b>O crente pode e deve se envolver com política, mas o partidarismo é idolatria.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>D) O partidarismo e a ideologia não podem levar a Igreja a abandonar o seu papel profético. </b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Não cabe ao crente defender primeiro o seu partido e ideologia, mas denunciar o pecado e proclamar o Evangelho. Vejo pastores famosos anulando-se como profetas, sentando à mesa de reis.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>E) A ideologia não pode assumir um tal papel na cosmovisão do crente a ponto de levá-lo a promover ideias não cristãs. </b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Tenho visto grandes líderes, mestres da igreja que têm chegado a deturpar as Escrituras para acomodar as suas convicções ideológicas. Há alguns que tem pregado falsos ensinos, certos líderes chamada da Missão Integral (não todos) que propõe que a lente de interpretação da realidade deve ser o materialismo histórico e que a forma da Igreja atuar deve considerar o ferramental marxista na transformação desta mesma realidade. Tais pregadores propõe que o meio da luta de classes é o caminho para a promoção da justiça e da igualdade. Criticam o lucro. Denunciam a mais valia. E, por fim, ainda há outros que queiram trocar a chave-hermenêutica das Escrituras, que é e só pode ser Cristo, por Karl Marx. Quanto a estes, devemos calar a boca e não buscar a pacificação. Assim nos orienta as Escrituras em Tito 9.</span></div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/vOuPVUn8gX0" width="560"></iframe><br />
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<div style="text-align: right;">
Autor: Danilo Fernandes, editor do <a href="http://www.genizahvirtual.com/" target="_blank">Genizah</a></div>
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<br />Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-40699703914448627132018-02-21T18:04:00.001-03:002018-02-21T18:04:54.532-03:00Nordestinos: Os judeus foram nossos avós<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOQQAtxhTLQckW3K-r509My2WpDxw8KbGMOyu6TKAVXicAPdcSW4pYuajyasB1_TFsBbmlC_DkDfncHGZzEgI4gShW_kGyU7lJDcqPRu-Tk_tGWCc5xP9rVLB2qjec10biWGBrJU3FN-n7/s1600/14127.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOQQAtxhTLQckW3K-r509My2WpDxw8KbGMOyu6TKAVXicAPdcSW4pYuajyasB1_TFsBbmlC_DkDfncHGZzEgI4gShW_kGyU7lJDcqPRu-Tk_tGWCc5xP9rVLB2qjec10biWGBrJU3FN-n7/s320/14127.jpg" width="320" /></a></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Eis alguns livros interessantes sobre a influencia judaica no Brasil:</span></h3>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O livro “Os judeus foram nossos avós”, do professor e genealogista Marcos Antônio Filgueira, teve sua segunda edição publicada. Na obra, Filgueira percorre elementos da história marrana, relaciona a Bíblia com os cristãos-novos, estuda a onomástica cristã-nova e apresenta estudos genealógicos dos descendentes dos primeiros povoadores de origem judaica no Nordeste.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A primeira edição, publicada em 1994, obteve repercussão entre os pesquisadores do judaísmo e descendentes de judeus do Brasil. Na Revista Israel, em 1995, afirmou Hélio Daniel Cordeiro ser a obra uma “Contribuição importante para o estudo do fenômeno criptojudaico no Brasil”. Já o pesquisador Paulo Valadares, em o Boêmio, também em 95, disse: “Sem alarde, fora do eixo Rio-São Paulo, mas com virtudes que o consagraram como pesquisador: paciência, inteligência aguda e talento literário. É obrigatório como fonte de pesquisa”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://www.sefer.com.br/details/14127/os-judeus-foram-nossos-avos" target="_blank"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Saiba mais</span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Marcos Antônio Filgueira é engenheiro agrônomo e professor aposentado pela Escola Superior de Agricultura de Mossoró - ESAM, atual Universidade Federal Rural do Semiárido - UFERSA, de onde foi Vice-Reitor; membro da Academia Mossoroense de Letras, onde ocupa a cadeira de nº 14 cujo patrono é o seu avô Tibério César Conrado Burlamaqui. Autor de diversos livros e ensaios, a maioria de cunho histórico. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<h4 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Judeus no Ceará (séculos XIX e XX)</span></h4>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ausência na historiografia local e brasileira, a presença de judeus no Ceará é tema de pesquisa inédita que inaugura os estudos judaicos nessa parte do Brasil.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Para a diretora do Museu Judaico de Pernambuco, Tânia Kauffman, Judeus no Ceará (séculos XIX-XX) apresenta narrativa instigante, ao percorrer um caminho invertido, da morte para a vida, delineando trajetórias de quem precisou migrar e terminou por escolher o Ceará como a Terra Prometida, lugar de exílio e de tolerância. Pesquisa exaustiva, bastante documentada e com vasto material iconográfico, a investigação não apenas mostra como judeus da Alemanha, da França, da Bessarábia, da Polônia e do Pará, por exemplo, traçaram suas estratégias de sobrevivência. A obra também chama atenção para a conexão de fatos engendrados no cenário da história mundial com reflexos na história do Ceará.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://www.sefer.com.br/details/14131/judeus-no-ceara-seculos-xix-e-xx" target="_blank"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Conheça</span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
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<div style="text-align: right;">
<a href="http://www.genizahvirtual.com/" target="_blank">Genizah</a></div>
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<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-86346184401327967362018-02-09T12:06:00.001-02:002018-02-09T12:06:07.766-02:00As tentações da Missão Integral<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjodubPWiXt-2NKpsZCGEBTU2wfW-3Rm12QrgH-zHchV2HAAd02mqM7Jb4YJ8ZoKbpooO6nWN3wP_P5EA7-Vbk8Z9SrjH5dBYgfE-2_6XP9yA9WC4jc_M3ARZml8bC8IR0JmIWtcHt18lTK/s1600/Slide04.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjodubPWiXt-2NKpsZCGEBTU2wfW-3Rm12QrgH-zHchV2HAAd02mqM7Jb4YJ8ZoKbpooO6nWN3wP_P5EA7-Vbk8Z9SrjH5dBYgfE-2_6XP9yA9WC4jc_M3ARZml8bC8IR0JmIWtcHt18lTK/s640/Slide04.jpg" width="640" /></a></div>
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">1. Ignorar o chamado à evangelização do mundo. </span></h3>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Obsessão com a injustiça social em detrimento da preocupação com a injustiça pessoal. A primeira, inviabiliza a relação do homem com o seu semelhante. A segunda, inviabiliza a relação do homem com o seu Criador.</span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">2. Perder de vista o fato de que o pobre é pecador.</span></h3>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A pobreza não é virtude. Não torna o ser humano imune ao pecado. Responsabilidade diminuída não é o mesmo que responsabilidade eliminada.</span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">3. Relativizar o aspecto privado da ética cristã.</span></h3>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Vivi muito essa tentação. Você chega de uma favela na qual dez foram executados. Descobre na cidade esquema de corrupção que sangra os cofres públicos e impede verba pública de chegar às áreas carentes. Percebe o lado hediondo do sistema econômico. Toma conhecimento das relações de poder. A vontade é de circunscrever o pecado a apenas esse tipo de maldade monumental.</span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">4. Tornar-se marxista.</span></h3>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O marxismo é uma religião secular profundamente atraente para o militante da missão integral. Por falar muito em injustiça social, pode levar o cristão sincero a não perceber que o que prescreve como solução aos males do capitalismo não é tão bom quanto à crítica que faz às injustiças do capitalismo. Nunca devemos nos esquecer do fato que o marxismo vê Cristo, moral cristã, céu, Bíblia, igreja, culto, como frutos de relações econômicas sem nenhum fundamento na realidade dos fatos. Jogo de poder puro. Os detentores do poder usando a religião para justificar a opressão do trabalhador. Marx se enganou. Weber o corrigiu. A pregação do evangelho acompanhada de ensino sólido, que mostre as implicações político-sociais do cristianismo, pode liberar energia capaz de levar cristãos verdadeiros a lutarem tanto contra totalitarismo de direita, quanto contra totalitarismo de esquerda. E isso a partir da mais alta motivação possível: a glória de Deus.</span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">5. Pregar de modo soberbo e amargo.</span></h3>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Viver a insultar quem pensa de modo diferente, julgar que quem não vê a vida em termos de luta de classe trabalha para o sistema de exploração do pobre, desmerecer o trabalho de crentes fiéis que ainda não entenderam os pressupostos teológicos da missão integral. Cuspirem no próprio prato, pois muitos foram levados a Cristo por pregadores que nada sabiam sobre missão integral.</span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">6. Pastorear igreja que não cresce e não se perturbar com isso.</span></h3>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Chegar à conclusão que a igreja não aumenta em número porque sua mensagem representa verdadeiro golpe nas ambições da burguesia, quando na verdade a igreja deixou de batizar pessoas pelo fato de o pregador não anunciar mais o evangelho, deixando de conclamar a igreja a levar as boas novas aos que não sabem para aonde vão depois da morte.</span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">7. Usar o púlpito para falar desmedidamente sobre política.</span></h3>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Tornar-se monotemático. Mandar no culto de domingo mensagem para a classe governante. Falar sobre o que pouco conhece. Deixar de pregar expositivamente. Permitir que a pregação seja mais pautada pelo jornal do que pela Bíblia.</span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">8. Acreditar que pelo fato de pregar sobre o pobre está servindo ao pobre.</span></h3>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Dar voz a quem não conhece. Falar sobre pobreza sem estar na favela. Pregar mensagem que nem o pobre entende. Deixar o pobre só, nas ocasiões em que ficar do lado dele representa risco de vida.</span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">9. Envolver-se com política partidária.</span></h3>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Essa é uma coisa que o membro da igreja pode fazer. Mas, como fica a vida de um pregador que usa da sua influência para levar pessoas a aderirem ao seu partido político numa igreja na qual pessoas das mais diferentes linhas ideológicas congregam? Como evitar que seu compromisso com a justiça não seja contaminado pela sua preferência partidária?</span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">10. Ser mais versado em ciência política do que em teologia sistemática. </span></h3>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A igreja espera ter como pastor um pregador bom de Bíblia. Capaz de fazer leitura sobre as demais disciplinas do pensamento a partir do enquadramento intelectual da boa teologia sistemática, que tem a teologia bíblica como fundamento. Se a sua paixão é ciência política e não a exposição das Escrituras, largue o púlpito, pois nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.</span></div>
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<div style="text-align: right;">
<a href="http://www.genizahvirtual.com/" target="_blank">Genizah</a></div>
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<span style="color: #274e13;"><b><i>Fiquei muito contente ao ler este texto do Antônio em seu perfil no Facebook, algumas horas após ter pedido as suas impressões acerca de texto meu </i><a href="http://www.genizahvirtual.com/2016/09/direita-ou-esquerda-como-deve-se.html" style="font-style: italic;" target="_blank">AQUI</a><i>. Fiz algumas críticas duras ã forma como muitos cristãos se envolvem com a política partidária e certos excessos e enganos de alguns integrantes do movimento da missão integral, em especial os dedicados ao proselitismo marxista. Sendo Antônio meu pai na fé e muito envolvido com as questões tratadas e muitos dos irmãos dados as "tentações"elencadas acima, renovo minha esperança num diálogo entre irmãos que frutifique entendimento, edificação e apego à sã doutrina. </i>Danilo Fernandes</b></span><br />
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<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-1553294745363090472017-09-29T11:18:00.003-03:002018-02-09T12:04:51.848-02:00Cristãos liderados por Dep. Carlos Bezerra, Anajure e MAIS na vanguarda pela defesa dos cristãos perseguidos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsoJzSxZHzbNLS0MWrKU80vQrBfn9Ppa1GG3IFCub-jKb31ItRPNu7f0rPUDl_p-P1u-yGPKMH3PhjLrZ5P21Cvd3aBWgHcg1_LNnaHk-sbB8ZFHIXD8N0aE3gTYUlMewP6aokzNARcvE8/s1600/deputado+carlos+bezerra+jr.PNG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="179" data-original-width="466" height="244" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsoJzSxZHzbNLS0MWrKU80vQrBfn9Ppa1GG3IFCub-jKb31ItRPNu7f0rPUDl_p-P1u-yGPKMH3PhjLrZ5P21Cvd3aBWgHcg1_LNnaHk-sbB8ZFHIXD8N0aE3gTYUlMewP6aokzNARcvE8/s640/deputado+carlos+bezerra+jr.PNG" width="640" /></a></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKAuTIZGRMCaTOqtVY4SI_1iSVZiQlzqzTn5EdcL8a7QrSX0Xcw3CuyFJ6WXKNz5yy0jWd5GkwKN5emCZg3dLfkbdrJ1y60p8_c30Po5XyR6nMoOoz6MPOAxSrXH5NKpvogIHXG-Uqqzyb/s1600/2017-09-28-VIDEO-00000003.mp4" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="240" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKAuTIZGRMCaTOqtVY4SI_1iSVZiQlzqzTn5EdcL8a7QrSX0Xcw3CuyFJ6WXKNz5yy0jWd5GkwKN5emCZg3dLfkbdrJ1y60p8_c30Po5XyR6nMoOoz6MPOAxSrXH5NKpvogIHXG-Uqqzyb/s1600/2017-09-28-VIDEO-00000003.mp4" /></a></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">É uma grande satisfação e orgulho nossos poder assistir aos primeiros resultados desta união de forças. Irmãos de fé, já envolvidos com a questão da crise migratória e dos cristãos martirizados em áreas de conflito mundo afora, combinando excelências nas áreas: logística, missional, política e do direito internacional na defesa de cristãos perseguidos, mas também, como o Senhor nos ensinou na parábola do samaritano, estendo as mãos aos perseguidos de todas as crenças.</span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Um passo importante na promoção do bem e uma nota divergente contra o preconceito existente em muitos bolsões da igreja evangélica.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Quem é o nosso próximo? Também é aquele que se aproxima de nós vindo de perseguição e injustiça.</span><br />
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<div style="text-align: right;">
<a href="http://www.genizahvirtual.com/" target="_blank">Genizah</a></div>
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<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-14483041113306307722017-09-25T05:15:00.001-03:002017-09-25T05:15:15.952-03:00Carta Aberta aos pais que levam seus bebês chorões e crianças pequenas às Igrejas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_6nGiFWCgzYawDHeygEcZl2rwYXm5rBpD71D5e74FE46IBaXbpgoy9Nw7D3bppKcgv2BX69wRW9zpvbMAMLx3Ecg3F0RiyLComsZYzV8e80_L3-IAXYsrfD4T_fHB-O740kwKP5G3XAA/s1600/crian%25C3%25A7as+na+igreja+presbiteriana.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_6nGiFWCgzYawDHeygEcZl2rwYXm5rBpD71D5e74FE46IBaXbpgoy9Nw7D3bppKcgv2BX69wRW9zpvbMAMLx3Ecg3F0RiyLComsZYzV8e80_L3-IAXYsrfD4T_fHB-O740kwKP5G3XAA/s640/crian%25C3%25A7as+na+igreja+presbiteriana.JPG" width="632" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>Queridos pais levam crianças pequenas às Igrejas,</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Vocês estão fazendo algo realmente, <i>realmente</i> muito importante. Eu sei que não é fácil. Eu vejo vocês com os braços assoberbados e sei que vocês vieram para a igreja já muito cansados. Criar filhos pequenos é trabalhoso. Muito cansativo mesmo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Eu os vejo rodopiar, sacolejar e balançar incansavelmente tentando manter seus bebês quietos. Assisto todo o esforço necessário para encontrar um lugar para se sentar na igreja: Os malabarismos com o carrinho e o equilibrismo com as sacolas de fraldas e todas as dezenas de bugigangas do arsenal móvel de cada bebê. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Eu vejo vocês se sacudirem quando seus filhos choram e assisto solidária toda agitação e ansiedade com que vocês abrem os seus sacos de mágica, catando os truques que podem ajudar a acalmar os seus filhotes. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E eu vejo vocês com as suas crianças pequenas, as que dão os primeiros passos e as de três, quatro e cinco aninhos. E vejo como vocês se irritam quando seus meninos fazem uma pergunta inocente, num tom que era para ser um sussurro, mas sai como de um megafone, ouvido em claro e bom som lá no fundo da igreja, risos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E percebo o desespero na voz de vocês, quando pedem pela décima vez que seus filhos se sentem e fiquem quietos. E vejo os seus semblantes envergonhados, como quem imagina que todos na igreja estão olhando para vocês. Sabemos que nem todos estão, mas vocês pensam que sim.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Papais e mamães, eu sei o que vocês estão pensando: Será que isso tudo vale a pena? Por que se preocupar? Todo este trabalho e desgaste. Eu sei que muitas vezes vocês deixam a igreja muito mais exaustos do que gratificados. <b>Mas saibam: o que vocês estão fazendo é muito importante.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Quando vocês estão aqui, a igreja está inundada com um ruído de pura alegria. Quando vocês estão aqui, o Corpo de Cristo é mais plenamente presente. Quando vocês estão aqui, somos lembrados de que este evento que chamamos de culto não é sobre estudo bíblico ou sobre uma contemplação pessoal e tranquila. Mas nos reunimos para adorar como uma comunidade onde todos são bem-vindos. Prostramo-nos junto, como Corpo, diante de Deus e compartilhamos da Palavra e do Sacramento <b><u>juntos</u></b>. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Queridos pais que levam seus filhos pequenos à Igreja: Quando vocês estão aqui, vivo mais fortemente a esperança de que estes bancos não estarão vazios em 10 anos quando seus filhos já tiverem idade suficiente para se sentarem calmamente e se comportarem durante a adoração. Eu sei que agora eles estão aprendendo o <b><i>como</i></b> e o <b><i>porquê </i></b>da nossa adoração. <b>E o fazem antes que seja tarde demais .</b> Eles estão aprendendo que a adoração é importante.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Vejo-os a aprender. No meio dos gritos, balbucios e risos. Assisto maravilhada o seu aprendizado, entre o <i>chiadinho</i> dos sacos de bolacha se abrindo e a pilha crescente de migalhas. Eu vejo a menina indócil que insiste em pular dois bancos para compartilhar a "<b><i>Graça e Paz do Senhor"</i></b> com alguém que ela nunca conheceu. Ouço o menino sugando (num assobio bem alto) até a última gota de seu vinho da comunhão, determinadíssimo a não perder uma gota sequer de Jesus. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Eu vejo uma criança excitada colorir uma cruz no programa do culto. Eu me delicio com os tantos ecos de "améns" infantis que pipocam alguns segundos depois que o resto da comunidade disse-o junta. Eu vejo um menino que mal aprendeu a ler tentar encontrar o Hino 672 do livro de cantos e me lembro dos meus meninos aprendendo a fazer o mesmo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Queridos, eu sei o quão difícil é fazer o que vocês estão fazendo, mas eu quero que vocês saibam que isto é muito importante. Isso importa para mim. É importante para os meus filhos, para que eles nunca fiquem sozinhos nos bancos. É importante para a congregação saber que as famílias se preocupam com a fé dos jovens, em estar com os mais jovens ... E mesmo naquelas semanas, quando você não puder perceber estes pequenos momentos do Amor de Deus, tudo isto será sempre e eternamente importante para as almas de seus filhos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">É importante que eles aprendam que adoração é o que fazemos como uma comunidade de fé. Que na Igreja toda a gente é bem-vinda e que a adoração de cada um é importante.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span> <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Quando ensinamos as nossas crianças que a sua adoração é importante, os estamos ensinando que a sua presença aqui é plena e suficiente como a de qualquer outra pessoa entre os membros e visitantes da nossa comunidade de fé. Eles não precisam esperar até que eles possam entender, acreditar, orar ou adorar de uma certa "<b><i>maneira “correta” </i></b>para serem bem-vindos. Na liturgia de Cristo, eles sempre foram chamados a estar à frente. <b><i>“Deixai vir a mim as criancinhas"</i></b>. Eu sei, e você também sabe, que até mesmo na sua igreja há muitos adultos que não possuem todas as credenciais lembradas acima e, ainda assim, estão nos bancos.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span> <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O importante é que as crianças aprendam que eles são parte integrante desta igreja, que suas orações, suas canções, e até mesmo o seu choro (se bem contidos, para alguns, risos) são sinais de júbilo recebidos por Deus e testemunham a todos que: <b>Sim, eles estão entre nós.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Eu sei que é difícil, mas obrigado pelo que vocês fazem quando trazem seus filhos para a igreja. Por favor, saibam que a sua família - com todo o seu ruído, peleja, comoção, alvoroço e alegria - não são simplesmente tolerados, vocês são parte vital desta comunidade quando ela se reúne para a adoração.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;"><b>Originalmente publicado em “I am totally *that* mom.”</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;"><b>Tradução livre, paráfrase e adaptação de Danilo Fernandes. </b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #274e13; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>Comentários do Editor</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #274e13; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #274e13; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivuYTjrhaeFUd0jymPPb0Bl1neJpBHAzs6mBHVKMxziuFBHILCl9yc4byJO2v8exc2NnNFAHCthZ4er-Z6DMnqkqX99AO8v3Rf2B0yjz8V0bAdfcHK50Qco1CWVPo6ztFwQ6VkHeAqfEA/s1600/igreja+presbiteriana+paulistana.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="color: #274e13;"><b><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivuYTjrhaeFUd0jymPPb0Bl1neJpBHAzs6mBHVKMxziuFBHILCl9yc4byJO2v8exc2NnNFAHCthZ4er-Z6DMnqkqX99AO8v3Rf2B0yjz8V0bAdfcHK50Qco1CWVPo6ztFwQ6VkHeAqfEA/s400/igreja+presbiteriana+paulistana.JPG" width="397" /></b></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="color: #274e13; font-size: xx-small;"><b>Rev. Davi Charles Gomes com as crianças. Na foto no topo da artigo, o Rev. Alderi Matos.</b></span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="text-align: justify;"><span style="color: #274e13; font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><b>Sou muito grato a Deus por participar de uma comunidade que não só entende o que foi dito neste artigo, mas ainda dá um passo adiante.</b></span></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #274e13; font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: #274e13; font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><b>Na Igreja Presbiteriana Paulistana, antes do início da mensagem à igreja, o pastor chama todas as crianças à frente, inclusive os mais pequeninos, senta-se ao chão com elas e faz um resumo da mensagem que será exposta aos pais e a todos os demais. </b></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: #274e13; font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: #274e13;"><b><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">O pastor conversa com as crianças e estas perguntam e dizem o que entenderam. </span><span style="font-family: "times" , "times new roman" , serif;">São 15 minutos preciosos para todos nós presentes como Corpo. Neste momento, a importância da presença das crianças é reconhecida e valorizada. Neste momento, o ser UM ganha um contorno mais forte. Somos Corpo, no culto ao Senhor.</span></b></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: #274e13; font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #274e13; font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><b>Confesso a vocês que já vi muitos adultos serem mais tocados pelo Espirito de Deus nestes momentos do que durante a exposição tradicional. Comigo já aconteceu. Acredito que, para além do bem enorme aos próprios pequeninos e suas famílias, <i>a pureza da resposta das crianças, </i>reafirma a Esperança e nos transporta espiritualmente a um estado melhor. Um estado em que percebemos os nossos próprios corações de criança -aquele que se escondeu devido a dureza da vida. Não duvide, leitor, é com este coração de criança que veremos a Deus. Reconecte-se com este coração.</b></span><br />
<span style="color: #274e13; font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><b><br /></b></span>
<span style="color: #274e13; font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><b><i>Que o Espírito de Deus possa nos manter conectados com o nosso coração de estudante.</i></b></span><br />
<span style="color: #274e13; font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><b><i> Nosso coração infantil. </i></b></span><br />
<span style="color: #274e13; font-family: "times" , "times new roman" , serif;"><b><i>O coração do nosso primeiro amor.</i></b></span><br />
<b style="color: #274e13; font-family: times, "times new roman", serif;"><i> Amém!</i></b></div>
<span style="color: #274e13;"><b><br /></b></span>
<span style="color: #274e13;"><b>Danilo Fernandes</b></span><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<a href="http://www.genizahvirtual.com/" target="_blank">Genizah</a></div>
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-89197265357874359842017-06-27T16:08:00.004-03:002017-06-27T16:08:52.057-03:00Deus em cinco (outras) palavras<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuWNdoz2LSTOZhTcQmOWyCyaDTMK7BuUt2PrZmOXupDNf1X7Mk7iwrxjSxkVwsRrBryj9WMzdzJLxSY6aevfx8uLIRwpU-npD4udSEJlU7nfsJOJ_r-e4tuPMAOFA69SBgY0F0V2Krd8Q/s1600-h/bible.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5374431240524973282" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuWNdoz2LSTOZhTcQmOWyCyaDTMK7BuUt2PrZmOXupDNf1X7Mk7iwrxjSxkVwsRrBryj9WMzdzJLxSY6aevfx8uLIRwpU-npD4udSEJlU7nfsJOJ_r-e4tuPMAOFA69SBgY0F0V2Krd8Q/s400/bible.jpg" style="display: block; height: 266px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 400px;" /></a><br />
<br />
<div align="right">
Alan Brizotti</div>
<br />
<div align="justify">
<span style="font-size: 180%;">D</span>eus gosta de palavras. Ele sempre trabalhou com elas. É um caso de amor com essa coisa do verbo. Deus é um apaixonado pelo verbo, tanto que chega a "brincar" com isso. A Babel (Gn. 11) é uma licença poética divina promovendo o espetáculo dolorido da perdição/salvação do vernáculo. Em seu passo mais ousado - Encarnação - ele próprio se denomina "o verbo" (Jo. 1). Como um simples escritor, acredito poder captar um pouco desse prazer...<br />
<br />
Tenho buscado Deus em palavras outras. Tenho procurado por ele em palavras que, quase por definição, afastam-nos dele. Encontrar Deus nas palavras exige saber dançar nesse eterno baile dos dois: de um lado, palavras propondo encontro, do outro, uma brincadeira de se esconder pra se revelar. Como dizia Karl Barth, Deus é "totalmente outro".<br />
<br />
Deixe-me mostra algumas das palavras onde Deus gosta de se esconder:<br />
<br />
<b>Angústia:</b> Por que será que a angústia sempre me leva a pensar em Deus? Seria sua estranha forma de me convidar para a vida? Seria uma espécie de eco divino do Getsêmani? (Lc. 22. 39-46). Gosto da angústia. Quem têm asas gosta de abismos. Por ela poemas brotam, ela me impede de assumir prerrogativas divinas. Através dela sei que sou apenas humano. Benditas sejam minhas angústias... (Sl. 18.6)<br />
<br />
<b>Ódio:</b> Há coisas que preciso odiar. Odeio a injustiça, pois ela afirma a falta de amor e enobrece espíritos de porco. Odeio a malandragem dos que tentam levar vantagem em tudo - o câncer do jeitinho. Odeio igrejas onde as pessoas são violentadas em seu desespero, vistas como "caixas eletrônicos existenciais", esvaziadas de seu conteúdo humano, transformadas em matéria-prima dos canalhas da celestialidade bandida (Sl. 139. 21, 22).<br />
<br />
<b>Preto:</b> Eu vejo tudo na cor preta. No evangelicalismo abobalhado de hoje tudo que tem a cor preta ganha conotações diabólicas, menos o olhar de quem assim o enxerga. Vejo no preto a beleza magistral da noite e a consequente esperança do dia. Alguém disse que o preto é "o acúmulo dos azuis". O preto dos escravos compõe orgulhosamente meu DNA. Amo o fato indiscutível de ser fruto da mistura humana desse caldeirão cultural chamado Brasil. Quando fecho os olhos, e tudo fica preto, a oração que brota não tem cor... (At. 8. 36-38)<br />
<br />
<b>Ateu:</b> Nietzsche dizia que "somente aquele que tem uma fé profunda pode se dar o luxo do ceticismo". Na verdade, Deus não existe, quem existe sou eu. Deus é! Ele criou a existência, portanto, é maior do que sua criação. Aqui surge algo interessante: tanto aqueles que afirmam ardorosamente a existência de Deus, quanto aqueles que ferrenhamente a negam são ateus! Ateus abraçados ao próprio delírio. (Sl. 14)<br />
<br />
<b>Eu:</b> Deus está em mim? Eu estou em Deus? Costumamos pregar, cantar e escrever sobre a presença de Deus, mas e sua ausência? Eu revelo Deus? Pelo menos uma certeza absoluta eu tenho: eu não sou Deus! Não sou apóstolo, profeta, Ph'Deus ou vidente, eu sou apenas eu... (I Co. 15.10).<br />
<br />
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-75650427878217314442017-06-21T16:44:00.001-03:002017-06-21T16:44:16.630-03:00Não tem dinheiro para carnaval, mas não falta dinheiro para fazer filme sobre o filho de satanás.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5Mosc4NShy8uR0IazPdyBklug349wQbIPIqUPaDSE5pvow7BlB2H7VvziydfIAlLhYztaKbTeCPl_FiTfK_1SJ4iuEXWPXwXdPaBTtPy4HnnqTcjDEtEAeACX5XzdMYlfe9sIYEor4Obj/s1600/Edir-Macedo-Hell-Boy-e1363312230849.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="333" data-original-width="429" height="248" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5Mosc4NShy8uR0IazPdyBklug349wQbIPIqUPaDSE5pvow7BlB2H7VvziydfIAlLhYztaKbTeCPl_FiTfK_1SJ4iuEXWPXwXdPaBTtPy4HnnqTcjDEtEAeACX5XzdMYlfe9sIYEor4Obj/s320/Edir-Macedo-Hell-Boy-e1363312230849.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><i>Não que os eleitores do Rio de Janeiro não mereçam, afinal, todo castigo pra burro é pouco. Contudo Marcelo Crivella exagera na escrotidão.</i></b></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Diante das enchentes do Rio de Janeiro deve ter pensado em chamar Noé.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cortou a verba do carnaval, principal evento turístico do Rio de Janeiro, quiça do país.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Como se ainda restasse algum atrativo para se visitar àquela cidade destruída por violência e desemprego.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Posso falar mal do Rio. Escreve aqui um carioca da gema retirado para São Paulo desde muito. Um ramo da minha família consta das primeiras páginas da coletânea genealógica da cidade. Uma família com cinco séculos de Rio de Janeiro. Posso falar e reclamar. A realidade é que depois da fundação de Brasília, a fusão e, de forma exponencial com o governo de Brizola e esta turba que o seguiu foi que a cidade virou um balneário violento. Lindo, mas nada melhor do que a Faixa de Gaza.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E agora é a pá de cal. Depois de Cabral e Pezão, nem a vocação turística vai sobrar. Assumiu um bispo evangélico. Crivella vai enterrar o desfile da escolas de samba. O que vai pela cabeça deste neopentecostal herege (desculpem-me pelo pleonasmo)?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Investir milhões de reais da prefeitura em um filme sobre seu tio, Edir Macedo. Ou seja, na visão evangélica conturbada não tem dinheiro para o carnaval porque é coisa do diabo, mas não falta dinheiro para fazer filme sobre o próprio filho de satanás. Este Marcelo Crivella é mesmo um boçal. Será que ele me processa novamente?</span></div>
<br />
<h3>
Segue matéria do <a href="https://rd1.com.br/filme-de-edir-macedo-tera-patrocinio-de-prefeitura-de-marcelo-crivella/" target="_blank">RD1</a></h3>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdZCojAiij3WE4-S6-SWyImkzbHm5X1JTQ90bqQiez5OLh2lRhP168uHfIde7vHQKcNzkiLBUp4MwEGV5pjGPJjGJ2YWRF87P8h423LbOB0tSz0Tf8tpIl6GR-lbNx8CPRVUALQqWrjzx-/s1600/Edir-Macedo-2015.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="615" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdZCojAiij3WE4-S6-SWyImkzbHm5X1JTQ90bqQiez5OLh2lRhP168uHfIde7vHQKcNzkiLBUp4MwEGV5pjGPJjGJ2YWRF87P8h423LbOB0tSz0Tf8tpIl6GR-lbNx8CPRVUALQqWrjzx-/s1600/Edir-Macedo-2015.jpg" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vão mesmo sair do papel os três filmes que prometem contar a trajetória do bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal e proprietário da Record. Curiosamente, o projeto volta a caminhar com o apoio da emissora, claro, da Paris Filmes (também parceira em “Os Dez Mandamentos”) e da RioFilme, empresa vinculada à Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura do Rio de Janeiro – hoje administrada por Marcelo Crivella, sobrinho de Macedo e também bispo da Universal.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A produção está orçada em R$ 16 milhões; no roteiro, estão previstas gravações em diversos países. O protagonista deve ficar a cargo de Petrônio Gontijo, que já participou de diversas produções da Record. À frente do projeto está o diretor Alexandre Avancini, que deixou o comando da novela “O Apocalipse”, com estreia prevista para dezembro, para se dedicar à empreitada.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Prevê-se que o filme, após sua estreia nos cinemas, ganhe uma versão estendida em formato de minissérie. Tal expediente é praxe na Globo: nos últimos anos, a emissora “converteu” produções como “Aldo – mais forte que o mundo”, “Tim Maia, vale o que vier”, “O Tempo e o Vento”, “Gonzaga, de pai para filho”, “Xingu” e “Chico Xavier”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A história de vida de Edir Macedo já foi contada em livro; Douglas Tavolaro, hoje vice-presidente de jornalismo da Record, foi o responsável pela narrativa nos três volumes de “Nada a Perder”. Sua igreja, a Universal, está presente nas madrugadas da Record e em horários locados em outros canais; também mantém templos nababescos em São Paulo e Rio de Janeiro, além de unidades em outros países.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-40304097439129641832017-05-19T02:50:00.003-03:002017-05-19T02:50:42.062-03:00Qual foi a última vez que vc fez sexo?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7JrRk3rdpU3Exk-o7pjX6QqLvy7s0SajotbifZ1UndPxwD0DMRlyYJ42zc1rA-2ub_MCVENdJCA6BPj8IbI8TGsZm07z93TAz5Ijd5YH1Wbp-ZPiaRDBFNu87h30N7s38vR9TljhMjHJu/s1600-h/rosto+de+anjo.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5445083967606322578" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7JrRk3rdpU3Exk-o7pjX6QqLvy7s0SajotbifZ1UndPxwD0DMRlyYJ42zc1rA-2ub_MCVENdJCA6BPj8IbI8TGsZm07z93TAz5Ijd5YH1Wbp-ZPiaRDBFNu87h30N7s38vR9TljhMjHJu/s400/rosto+de+anjo.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 300px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 300px;" /></a><br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-weight: bold;">Jota Mossadihj</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-weight: bold;">Fizeram duas perguntas</span> no formspring de uma garota que tem uma filhinha bem pequenina com o rosto mais angelical do mundo. Perguntas essas que mexem não só com a vida dela, mas de muitas outras pessoas.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Qual a última vez que vc fez sexo? </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-style: italic;">Faz tempo</span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Já fez sexo no 1 encontro? </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-style: italic;">Never</span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ninguém pode imaginar como a mente do ser humano é sagaz. Ninguém tem a noção exata do quanto podemos influenciar, principalmente para o mal, em apenas 10 segundos de conversa. Não temos noção do incrível poder da mente. E não falo aqui do lado místico, mas de forma prática. E graça a Deus, em algumas ocasiões, não usamos nem 10% desse poder. Quase sempre não vemos, ou simplesmente fechamos os olhos, para o fato de algumas pessoas precisarem de um abraço de Deus, de um toque especial, de serem confortadas na angustia de um choro, ao invés de sexo ou perguntas co-relacionadas. Ignoramos o fato de que cada pessoa tem uma historia de batalha, choro, frustração, de gerar vida ou de ver vidas irem embora por escolhas que muitas vezes fazemos sem pensar. E se “pensamos”, o fazemos de forma errada. Sem coração e sem razão. Mas como animais dominados pelo impulso do desejo e auto-satisfação.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando leio perguntas como essas, eu simplesmente posso olhar pra mim mesmo e, honestamente admitir também as faria se não tivesse nenhum contato com Deus. Esse Deus que me purifica, que faz com que eu não saia igual um cachorro no cio, sem consciência do que é errado ou certo, só desejando loucamente tocar o terror com as carrochas. Eu olho e agradeço a esse Deus que me deu a consciência de que nem tudo que eu quero é correto e nem tudo que eu desejo é certo. Esse Deus que me abençoou com uma mente de entendimento para compreender que cada um tem sua historia e como eu posso ajudar cada uma dessas pessoas.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Alguém já imaginou, em algum momento, que certas frases ou palavras podem modificar todo um destino? Já imaginou que perguntas como essas podem fazer romper os limites do desejo para a vontade frenética e desenfreada de querer provar o mal e a escuridão a qualquer custo? Alguém já imaginou que a pessoa que fez essa pergunta deve estar passando por um momento de escuridão e precisa muito do coração preenchido por Deus, para que ele descubra que não é com sacanagem momentânea que ele vai ter esse vazio preenchido?</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">TODOS necessitamos ser completos por Aquele que nos liberta da escravidão dos prazeres momentâneos para podermos conhecer os prazeres eternos.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pessoas são feitas para serem AMADAS e COISAS para serem USADAS, nunca ao contrário!</span><br />
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<br />
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-71825132227563928972017-03-24T00:40:00.002-03:002017-09-25T05:14:21.538-03:00Depois de cair no ostracismo e ter as portas fechadas nas igrejas, Talles pede perdão.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaq2-hLnTSmPN2sf3pPF7LfuNj5vs97zAdxJn_RUuplNC3AG-n3_KQmHFgAUIC5CgBQCN7YpRQk_-a2wnLEb3ke-xWf50x7B8aEVPzt2QtjHl_hRv6FLGLLKaOE2nUU4oICwTqBI6p46Wk/s1600/tales.PNG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaq2-hLnTSmPN2sf3pPF7LfuNj5vs97zAdxJn_RUuplNC3AG-n3_KQmHFgAUIC5CgBQCN7YpRQk_-a2wnLEb3ke-xWf50x7B8aEVPzt2QtjHl_hRv6FLGLLKaOE2nUU4oICwTqBI6p46Wk/s320/tales.PNG" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="height: 0; padding-bottom: 56.25%; position: relative;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/R3G1mnCf0qM?ecver=2" style="height: 100%; left: 0; position: absolute; width: 100%;" width="640"></iframe></div>
<br />
Pedir perdão é bom. <br />
Metanoia é melhor.<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<a href="http://www.genizahvirtual.com/" target="_blank">Genizah</a></div>
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-18717016033693416072017-02-24T13:59:00.002-03:002018-02-09T12:05:17.324-02:00Policia Federal grampeia o Malafaia. Foi o poder das trevas, ele disse!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3e_7sT9tBVPLxUturEcqndfqmkGuhhP62KrOwdMwpryt6zqOXniAAMWPPTVOEiDkMkWZHn2X6e74fBsE1OgjbfXpbIjj6GE1P2cHB8vy1iqJyr4MyExpRJf4Z_AnnnQrRB4bhNByadUaU/s1600/16dez2016---o-pastor-silas-malafaia-chega-para-depor-na-sede-da-policia-federal-em-sao-paulo-no-bairro-da-lapa-zona-oeste-da-cidade-na-tarde-desta-sexta-feira-malafaia-foi-alvo-de-mandad.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="244" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3e_7sT9tBVPLxUturEcqndfqmkGuhhP62KrOwdMwpryt6zqOXniAAMWPPTVOEiDkMkWZHn2X6e74fBsE1OgjbfXpbIjj6GE1P2cHB8vy1iqJyr4MyExpRJf4Z_AnnnQrRB4bhNByadUaU/s320/16dez2016---o-pastor-silas-malafaia-chega-para-depor-na-sede-da-policia-federal-em-sao-paulo-no-bairro-da-lapa-zona-oeste-da-cidade-na-tarde-desta-sexta-feira-malafaia-foi-alvo-de-mandad.jpg" width="320" /></a><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><b><a href="https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2017/02/24/silas-malafaia-e-indiciado-pela-pf-na-operacao-timoteo.htm" target="_blank">UOL</a> </b></span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">São Paulo - O pastor Silas Malafaia, da Associação Vitória em Cristo, ligada à Assembleia de Deus, foi indiciado pela Polícia Federal na Operação Timóteo por lavagem de dinheiro. Em 16 de dezembro do ano passado, o pastor foi alvo de mandado de condução coercitiva - quando o investigado é levado a depor e liberado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A Operação Timóteo investiga um esquema de corrupção em cobranças judiciais de royalties da exploração mineral (65% da chamada Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais - CFEM - tem como destino os municípios).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Malafaia é suspeito de apoiar na lavagem do dinheiro do esquema, que recebeu valores do principal escritório de advocacia investigado. A suspeita a ser esclarecida pelos policiais é que este líder religioso pode ter "emprestado" contas correntes de uma instituição religiosa sob sua influência com a intenção de ocultar a origem ilícita dos valores.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O mandado de condução coercitiva na Operação Timóteo provocou a ira do pastor Silas Malafaia. No dia da condução coercitiva, em seu Twitter, colérico, o pastor publicou mensagens, áudio e vídeo negando as suspeitas da investigação.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">"Eu sei o poder das trevas", afirmou em áudio.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O nome da operação é referência a uma passagem do livro Timóteo, integrante da Bíblia Cristã: "Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição".</span></div>
<br />
<br />
<span style="color: #274e13;"><i>E que caiam todos os apóstolos da prosperidade, afinal quem prega uma bosta destas não pode ser outra coisa que não um criminoso. Mas olha! Quem disse foi a PF. Pra mim, é um ungido...</i></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-22847617186249610812017-02-09T12:07:00.000-02:002018-02-15T16:06:51.159-02:00Rene Terra Nova concede à sua mãe o título de " Apostola Matriarca, a mulher do útero profético apostólico "<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEVaiy0jt4AOHDAiylcBX9hj9Q7Sht-vaLwTeZYCjDw0PxwEbbqmLNPYZDWgepzyR9iKxJgtlXU2DwtjS4sUWO0gIPcLZnopl0R3hFRuUQVsPA7WdNt-WJVbZKVYM3h8ABjc7HW12cHeQ/s1600/a+matriarca+terra+nova.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="428" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEVaiy0jt4AOHDAiylcBX9hj9Q7Sht-vaLwTeZYCjDw0PxwEbbqmLNPYZDWgepzyR9iKxJgtlXU2DwtjS4sUWO0gIPcLZnopl0R3hFRuUQVsPA7WdNt-WJVbZKVYM3h8ABjc7HW12cHeQ/s640/a+matriarca+terra+nova.JPG" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="comment-text">Rene Terra Nova que andava meio sumido este ano, voltou com a corda toda. Depois de autodeclarar-se apóstolo, patriarca e papa e ser digno de que lhe beijem os pés e lambam-lhe a cara... </span></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Podem conferir nas matérias a abaixo! O troço é sério!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="comment-text">Pois bem, não satisfeito com tanta honra e de olho no título de Jeová Jr, Rene prepara o legado de honra de sua linhagem real e nomeia a sua própria mãe, a genitora de 12, um tipo de co-redentora do útero profético... Em breve VIRGEM e IMACULADA.</span></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><i><span class="comment-text"><span class="comment-text">Gizuz que se cuide e abra o olho, pois nossa senhora parece que já dançou... Pelo menos em Manaus! </span> </span></i></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><i><span class="comment-text"><br />
</span></i></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="comment-text"><span style="font-size: large;"><i>Pelapontequecaiu! Sacoqueencardiu! Caracoles! </i></span></span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="comment-text"><span style="font-size: large;"><i>Gizus nos defenda! Vade retro! Paidégua!</i></span></span></span></div>
<br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="comment-text"> Nas palavras do próprio Terra Nova, que podem ser conferidas <a href="http://instagram.com/p/an0WHXgfhl/#" target="_blank">AQUI:</a></span></span><br />
<br />
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><i><span class="comment-text" style="color: #660000;">Hoje será Reconhecida Apostola Matriarca, a mulher do útero profético apostólico. Guiomar Terra Nova. Obrigado Senhor por essa mulher de avivamento!!</span></i></b></span><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="comment-text">Em breve:</span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i><span class="comment-text">A<span style="color: #660000;">ve Guiomar!</span></span></i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i><span class="comment-text" style="color: #660000;">Cheia de gracinha</span></i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i><span class="comment-text" style="color: #660000;">O patriarca é convosco</span></i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span class="comment-text">(E por ai vai que tô no ponto de escrever o que vou me arrepender.... )</span></span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span class="comment-text"><br />
</span></span></span> <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span class="comment-text"><br />
</span></span></span> <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><span class="comment-text"><br />
</span></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="comment-text"><br />
</span></span> <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="comment-text"><b>E o mais incrível são os imbecis nos comentários da rede social gritando Ave! e achando lindo. Sofreram lavagem cerebral ou é muita maconha mesmo... Vai saber!</b></span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="comment-text"><b><br />
</b></span></span> <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="comment-text"><b>
</b></span></span> <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="comment-text"><b>
</b></span></span> <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="comment-text"><b><br />
</b></span></span> <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="comment-text"><b><br />
</b></span></span> <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="comment-text"><b><br />
</b></span></span> <br />
<h3>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;"><span class="comment-text">Chore (ou ria) também lendo</span></span></span></h3>
<h2 class="title">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-size: small;"><a href="http://www.genizahvirtual.com/2011/03/terra-nova-tem-os-outros-apostolos-seus.html">Terra Nova tem os outros apóstolos aos seus pés</a></span></span></span></h2>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"> <a href="http://www.blogger.com/null" name="5281488606163685505"></a> </span></span><br />
<h2 class="title">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-size: small;"><a href="http://www.genizahvirtual.com/2010/07/as-loucuras-de-rene-terra-nova-o-papa.html">As loucuras de Renê Terra Nova, o papa gospel</a></span></span></span></h2>
<h2 class="title">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-size: small;"><a href="http://www.genizahvirtual.com/2012/01/rene-terra-nova-raspadinho-e-mais.html">Rene Terra Nova raspadinho é mais ungido porque é fresquinho? Ou é mais ungidinho porque raspa mais?</a></span></span></span></h2>
<div style="background-color: white; border: medium none; color: black; overflow: hidden; text-align: left; text-decoration: none;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: small;"> </span><span style="font-weight: normal;"><span style="font-size: small;"><a href="http://www.genizahvirtual.com/2011/06/eu-tambem-quero-lamber-o-apostolo-rene.html">Eu também quero lamber o apóstolo Renê Terra Nova !</a></span></span></span> <br />
<div style="background-color: white; border: medium none; color: black; overflow: hidden; text-align: left; text-decoration: none;">
</div>
<div style="background-color: white; border: medium none; color: black; overflow: hidden; text-align: left; text-decoration: none;">
</div>
</div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="comment-text"><br />
</span></span> <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="comment-text"><br />
</span></span><br />
<h3>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="comment-text">Trilha sonora para o post</span></span></h3>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/q08kDurJ-os" width="480"></iframe><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="comment-text"><br />
</span></span> <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="comment-text"><br />
</span></span> <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="comment-text"><br />
</span></span> <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span class="comment-text"><br />
</span></span> <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span> <br />
<div style="text-align: right;">
<a href="http://www.genizahvirtual.com/" target="_blank">Genizah</a></div>
<br />
<br />
<a class="twitter-follow-button" data-lang="pt" href="https://twitter.com/genizahvirtual">Persiga o @genizahvirtual no Twitter</a><br />
<br />
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</script>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-69104648714343581932017-01-19T13:23:00.001-02:002017-01-19T13:23:23.802-02:00É possível ser cristão genuíno e não frequentar Igreja?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisCDFeBboko2BTpW0fYo_vqfs2ybsjAXq0wzbsDeWbhN9XzQ7_fvx8alTrYW_j2Lg03g8PSsocYTqSdAHPrj9B9ytiWX6NzG8TwwGGw3PvRl40i_tYX08i1BAhCnNEFLVo4bq3Isp41l0/s1600/desigrejados+vejam+s%C3%B3.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="390" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisCDFeBboko2BTpW0fYo_vqfs2ybsjAXq0wzbsDeWbhN9XzQ7_fvx8alTrYW_j2Lg03g8PSsocYTqSdAHPrj9B9ytiWX6NzG8TwwGGw3PvRl40i_tYX08i1BAhCnNEFLVo4bq3Isp41l0/s1600/desigrejados+vejam+s%C3%B3.JPG" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="//www.youtube.com/embed/6dX9fAJWsA0" width="480"></iframe><br />
<br />
Programa Vejam Só<br />
com <br />
Idauro Campos e Ricardo Bitun<br />
Apresentação: Eber Cocareli<br />
<br />
<a href="http://www.vejamso.com.br/index.php" target="_blank">Exibido no RIT TV</a><br />
<div style="text-align: right;">
<a href="http://www.genizahvirtual.com/" target="_blank">Genizah</a></div>
</div>
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-69370606664536220772017-01-19T13:22:00.001-02:002017-01-19T13:22:48.544-02:00Niilismo Eclesiástico Uma Análise do Movimento dos Desigrejados<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3hLfEy8hazejYGIb0VLwitCmWibfm5tqHlTCzZ-DxymVzIry3zbQfM2g8Hndgj_B2pN0CdD5uIVw21Egk20DfjkTwxWsQe9YU7G_bFIvBUWwa8qVot7JK5oDP02XbXd8Dps2WqMgLg3s/s1600/desigrejado+niilismo.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="434" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3hLfEy8hazejYGIb0VLwitCmWibfm5tqHlTCzZ-DxymVzIry3zbQfM2g8Hndgj_B2pN0CdD5uIVw21Egk20DfjkTwxWsQe9YU7G_bFIvBUWwa8qVot7JK5oDP02XbXd8Dps2WqMgLg3s/s1600/desigrejado+niilismo.JPG" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">No ano de 2010 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou os dados censitários de uma ampla análise desenvolvida pelo POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), onde, entre outros temas, avaliou a performance da religiosidade do brasileiro. Na pesquisa foi apontada que, em termos de identidade religiosa, o grupo que mais cresceu foi dos que se declararam “sem religião”. Algo surpreendente no Brasil, que sempre se orgulhou de ser o “o maior país católico do mundo”. Além disso, outro dado divulgado e que muito chamou a atenção, foi a identificação de um ator social até bem pouco tempo inexistente no extrato religioso em nosso território: o evangélico nominal, isto é, sem vínculo eclesiástico, ou, como ficou conhecido, desigrejado. De acordo com o IBGE, já são mais de quatro milhões de evangélicos em tal situação. São cristãos protestantes, identificados com as doutrinas fundamentais de fé cristã (creem, portanto, no nascimento virginal de Cristo, na sua morte expiatória, na ressurreição, na Segunda Vinda e na vida eterna aos fiéis; celebram a Ceia e passam pelas águas do batismo), mas que se recusam a congregar, pois não acreditam mais na necessidade e relevância da igreja institucional. </span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A amostragem dos dados que comprovam o fenômeno chamou a atenção da mídia cristã especializada e também da secular , pois, historicamente era conhecido no que tange ao comportamento dos evangélicos no Brasil, que duas características sobressaíam: o hábito da leitura da Bíblia e a pertença eclesiástica. Contudo, com a revelação do contingente impressionante de desigrejados , a noção e o valor da pertença entre os evangélicos já vem sendo questionada, aproximando-se, portanto, dos católicos nominais, despertando a curiosidade de pesquisadores das Ciências da Religião e dos próprios órgãos de imprensa.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A Repercussão</span></h4>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Assim que os dados foram divulgados, uma série de reportagens, livros e sites começou a circular, tentando entender o fenômeno. A Revista Cristianismo Hoje, prestigiada publicação cristã e braço brasileiro da Christianity Today, publicou duas matérias sobre o assunto . Até aí, nada surpreendente, visto ser natural que um periódico cristão de linha protestante repercutisse um assunto que atinge em cheio a realidade eclesiástica no Brasil. Entretanto, as Revistas Isto É e Época (esta última de responsabilidade das Organizações Globo) e também o importante jornal Folha de São Paulo, publicaram matérias sobre o assunto, evidenciando a importância do movimento para a compreensão do fenômeno religioso brasileiro. Editoras cristãs também entraram em cena, propondo reflexões sobre a tendência e, como não poderia ser diferente em tempos virtuais, sites e blogs também resolveram contribuir e/ ou tumultuar o debate.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O Histórico da Repercussão no Brasil</span></h4>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">a) Augustus Nicodemus Lopes publica no blog Tempora-Mores, em abril de 2010, um artigo intitulado “Os Desigrejados” e populariza tanto o conceito quanto o uso do termo no Brasil. Início de minha pesquisa.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">b) Maurício Zágari publica em 2010, na Revista Cristianismo Hoje, artigo intitulado: “Decepcionados com a Igreja”.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">c) Em 2010 a Revista Época publica matéria de capa (A Nova Reforma Protestante) com evangélicos insatisfeitos com os modelos tradicionais de igreja.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">d) Jornal Folha de São Paulo publica, em 2011, matéria intitulada “Cresce o número de evangélicos sem ligação com igrejas”.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">e) Revista Isto É publica, em 2011, matéria de capa “O Novo Retrato da Fé no Brasil” – nomadismo religioso.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">f) Sites como Genizah e Púlpito Cristão multiplicam o assunto nas redes sociais.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Um Fenômeno Mundial (pós-modernidade)</span></h4>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Há no mundo contemporâneo uma crise de pertença, sobretudo, religiosa. Nos Estados Unidos da América (a maior nação protestante do mundo) e na Europa (berço das mais conhecidas denominações cristãs, como as Igrejas Anglicana, Luterana, Presbiteriana, Batista, Congregacional e Metodista, Exército da Salvação, entre outras) a marcha dos desigrejados é um fenômeno conhecido e discutido. Obras importantes e outras polêmicas já vieram a lume, visando esclarecer e ou polemizar a questão. Portanto, longe de ser um movimento isolado manifesto apenas em nosso país, o que vem ocorrendo é uma expressão nacional de uma onda de deserção institucional de grandes proporções que alcança o mundo inteiro, consequência, sem dúvida, da pós-modernidade que questiona e relativiza afirmações e conteúdos antes considerados absolutos e inegociáveis, gerando, assim, desencaixe em todas as esferas da sociedade, atingindo todas as expressões institucionais: partidos políticos, sistemas de governo, utopias, convenções familiares, casamento, religião, igrejas e etc., pois, conforme denunciou Zygmunt Bauman, “as estruturas estão se decompondo em face dos Tempos Líquidos” .</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Os Números do Fenômeno no Mundo </span></h4>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">a) Estados Unidos da América - 20 milhões de desigrejados (pouco mais de 13% da população protestante que é constituída por mais de 154 milhões de americanos- 51% do total da população do país que está acima de 308 milhões) -</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">b) França /1990 – 80% da população se declarava cristã. Em 2007 o percentual caiu para 57%.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">c) Inglaterra / 1999-2000 - 56 % dos entrevistados se declararam ateus ou agnósticos.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">d) Continente Europeu - Apenas 21% dos entrevistados reconhecem a relevância da religião para a vida.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Os Números do Fenômeno no Brasil </span></h4>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">a) 4 milhões são os brasileiros que se declaram evangélicos, mas não têm vinculação eclesiástica; o percentual de evangélicos nesta situação é de 10%.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">b) 62% dos desigrejados são egressos de denominações neopentecostais, cuja ênfase é a teologia da prosperidade; </span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">c) 63% dos respondentes declararam que voltariam a se vincular a uma comunidade que não apresentasse os vícios e malversações que os afastaram da comunhão; </span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">d) 29% dizem que não pretendem manter vínculo com outra igreja novamente; </span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">e) 5,6 anos é o tempo médio de conversão dos desigrejados.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">As Causas do Niilismo Eclesiástico e quem são os Desigrejados?</span></h4>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Por Niilismo Eclesiástico podemos entender como a proposta de muitos cristãos que “advogam um cristianismo totalmente despido de formas, estruturas e concretude institucional” . O termo foi empregado por Émile G. Léonard, na obra “O Protestantismo Brasileiro” . O historiador empregou o termo ao referir-se aos darbistas, movimento religioso inglês do século XIX, praticante do niilismo eclesiástico.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Quais as causas e /ou razões para o desengajamento eclesiástico? Por que tantos cristãos contemporâneos rejeitam o modelo institucional de igreja?</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A Decepção e a Crítica</span></h4>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Quando analisamos de perto o fenômeno dos desigrejados, a partir de entrevistas e publicações editoriais e/ou virtuais, podemos perceber a consolidação de dois grupos majoritários no cenário: os decepcionados com a liderança e os críticos do modos operandi da institucionalização da igreja . Os Decepcionados são àqueles que sofreram abuso espiritual por parte das lideranças eclesiásticas (pastores, bispos e apóstolos) nas comunidades de fé onde congregavam ou que se frustraram com promessas (de cura, libertação, bem-estar pessoal/familiar ou prosperidade financeira) realizadas em nome de Deus e que nunca se cumpriram. A jornalista Marília de Camargo César e o teólogo Paulo Romeiro, escreveram obras de referência quanto ao tema do abuso espiritual e da decepção consequente gerada nos crentes. Casos de despotismo, dinastia familiar, acepção de pessoas, intrigas, disputas, coação, manipulação, constrangimento, humilhação, ofensas, ameaças, mentiras, além do enriquecimento ilícito por parte das lideranças pastorais, são apresentados na comovente obra de Marília, explicando o porquê muito dos entrevistados que aparecem em seu livro ficaram profundamente decepcionados com o que viram, ouviram, presenciaram e experimentaram nas greis em que dedicaram parte de suas vidas e decidiram, então, abandoná-las.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O livro da jornalista é ao mesmo tempo denúncia, alerta e apelo. Denúncia, pois revela o que acontece nos bastidores de muitas igrejas, lideradas por figuras personalistas e que usam as pessoas da congregação como massa de manobra para se promoverem e enriqueceram e que pouco se importam com as necessidades e demandas espirituais dos seus membros. É, também, um alerta para que outras pessoas não sejam enganadas e que não submetam suas vidas a uma liderança pastoral que comece a demonstrar os mesmos sinais no ministério. Serve para os próprios pastores, porquanto é notório que muitos começam no pastorado tendo em mente às melhores aspirações de serviço e vocação, desejosos de fazerem um trabalho digno e para a glória de Deus, mas que, por motivos variados, terminaram mudando o foco de seus ministérios, agindo mais como empresários da fé do que como legítimos pastores, despenseiros da graça de Deus. Mas, a obra de Marília é, ainda, um apelo. Um apelo para àqueles que estão nas igrejas a olharem com misericórdia para muitos daqueles que desertaram e que estão longe de serem apenas pessoas “complicadas” ou “esquisitas”. Que há muitas pessoas assim em nossas igrejas (e que as deixaram) é indiscutível, mas o que Marília faz é nos chamar a atenção para muitos que estão fora da igreja e relutam contra a ideia de um retorno, pois estão machucados, com enormes feridas ainda abertas e sangrando. Como poderiam, então, retornar para um ambiente que, ao invés de ser uma comunidade terapêutica por excelência, foi, na prática, causadora de dor, frustração e mágoa? Não seria, destarte, necessária uma prática pastoral carregada de amor, perdão, paciência e graça para com os que se encontram em tal situação?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Há, também, os que se decepcionaram com o àquilo que lhes foi prometido e que não aconteceu. São muitos os casos trazidos à tona pelo pastor, teólogo e doutor em Ciências da Religião, Paulo Romeiro que, em seu instigante livro, “Decepcionados com a Graça”, revela em suas páginas a saga de muitos cristãos sinceros que caíram nas teias ministeriais de pastores e líderes comprometidos com a Teologia da Prosperidade e que acreditaram piamente que, seguido um esquema fixo de obediência irrestrita ao pastor mais a fidelidade / regularidade dizimal, alçariam uma vida de bem-estar físico, psicológico, familiar e social, com uma inevitável e inquestionável prosperidade financeira. Entretanto, como se sabe, como tal, em grande medida, não ocorre, o que vem é frustração, raiva e, em muitos casos, deserção. Romeiro, inclusive, propõe uma sequência: primeiro “ocorrem o deslumbramento, a expectativa e a entrega pessoal pela causa e a confiança despreocupada na proposta do grupo” , mas, conforme declara, “ com o tempo, porém, vêm os questionamentos relativos à linha de pregação, à administração financeira ou às questões éticas, provocando o rompimento” .</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Contudo, não só de decepcionados o movimento dos desigrejados engrossa, porquanto nas suas fileiras existem muitos que não possuem nenhum histórico de decepção (até onde assumem), mas que são ou se tornaram detratores do sistema, ou seja, críticos do modos operandi e da institucionalização da igreja. Algumas destas vozes são conhecidas por aqui , enquanto, que, outras, são famosas nos Estados Unidos da América , mas também já formam discípulos no Brasil . Neste caso específico o problema não está, segundo eles, nas lideranças eclesiásticas arbitrárias (estes são apenas parte do problema do cristianismo contemporâneo), mas sim nas engrenagens funcionais que mantém a igreja em operação no mundo, pois em face da necessidade de manutenção institucional, a igreja terminou perdendo seu vigor espiritual e a sua dimensão profética, tornando-se mais um clube de encontros religiosos, onde se canta, se aplaude, faz-se doações em dinheiros e assiste-se a palestras irrelevantes.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Templos, os pastores e seus sermões: os grandes vilões.</span></h4>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Para os críticos do modos operandi da institucionalização da igreja, há vários problemas na mesma e que a prejudica e a distancia do alvo planejado por Jesus Cristo. Segundo os mesmos, entre os pontos críticos da igreja contemporânea está a necessidade de construção dos templos. Talvez nada cause mais urticária em um desigrejado do que um típico templo de alvenaria. Para os desigrejados o templo “construído por mãos humanas”, não passa de uma corrupção dos propósitos de Deus para a sua igreja e de uma maldita influência do paganismo grego que existe desde os primórdios da Era Constantiniana e que entrou no cristianismo, gerando aquilo que um dos mais habilidosos críticos da igreja contemporânea chama de “complexo arquitetônico” . Frank Viola é um escritor norte-americano conhecido por sua indignação com o cristianismo, sendo autor de algumas obras que propõe um total desmoronamento da igreja como é conhecida hoje . Aliás, segundo o polêmico escritor, a igreja como a conhecemos não tem direito algum de continuar existindo e uma das infames práticas que a prejudicam completamente é a construção de templos, porquanto carrega o conceito de que igreja é um lugar onde se vai e não os filhos de Deus, que juntos foram a verdadeira e única eclésia de Jesus Cristo. Tal conceito, explica Viola, de igreja como lugar sagrado, deriva do ano 190 d.C., onde Clemente de Alexandria (150-215 d.C.) passou a ensinar em tais termos, ganhando força, quando da ocasião da conversão ao cristianismo do Imperador Constantino, no século IV, porquanto, ao tornar-se cristão, promulga o famoso Edito de Milão (313 d.C), onde a liberdade do culto cristão foi assegurada, abrindo passagem para a oficialização do cristianismo como religião do Império Romano em anos subsequentes . Com o fim da perseguição, os cristãos, antes reunidos em casas, cavernas e outros lugares seguros, passaram a fazer as reuniões em lugares públicos, desdobrando na construção de templos, os quais muitos foram incentivados e até mesmo financiados pelo Império Romano.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Quanto aos pastores, no niilismo eclesiástico não há lugar para ministros ou pastores ordenados. Como a igreja é apenas espiritual e logo, imaterial, sendo, destarte, despida de sacramentos e ordenações, não há, obviamente, necessidade para pastores ordenados. Este, então, configura em outra tensão para os desigrejados, pois, conforme acreditam, o pastor, conforme se conhece hoje, não é bíblico, porquanto a única vez em que o termo aparece no singular no Novo Testamento é atribuída a Jesus Cristo (João 10. 11) e quando Paulo aplica a funcionalidade do “dom de pastor” à igreja, ele o faz empregando o termo no plural (pastores = Ef 4.11), sugerindo, então, que a prática neotestamentária do pastorado era exercida em conjunto pelos cristãos dotados com a capacidade de cuidar dos demais irmãos, não havendo naqueles tempos, em igreja alguma, a figura do pastor único (pastor - titular; pastor-presidente; pastor-sênior).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Finalmente, na tríade maligna, os desigrejados também criticam o sermão, visto que na época de Jesus Cristo, as pregações não eram sistematizadas, mas realizadas de forma espontânea e inesperada, tendo como ponto de partida o cotidiano real das pessoas nos contextos onde os encontros casuais com Jesus aconteciam, os desigrejados, então, vêem nesta forma a única legítima para instruir o povo de Deus. Destarte, nada de liturgia, sermões com introdução, desenvolvimento e conclusão e elaborados como se fosse uma palestra. Como não poderia ser diferente, enxergam também neste ponto as garras do Lúcifer, porquanto, afirmam que o sermão estruturado entrou nas comunidades cristãs por causa dos sofistas gregos, mestres da retórica e que quando se tornaram cristãos levaram para o ambiente da fé a prática dos discursos eloquentes, estruturados e comoventes. Nada tendo de cristão, o sermão, portanto é, também, pagão (segundo os desigrejados).</span></div>
<h4 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></h4>
<h4 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Críticos no Brasil?</span></h4>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">As vozes discordantes do cristianismo oficial não emitem seus sons apenas dos Estados Unidos. Há, no Brasil, líderes conhecidos que demonstram sua insatisfação com os modelos institucionais de igreja cristã. O caso mais conhecido e polêmico é do pastor Caio Fábio D’Araújo Filho, que, em recente entrevista concedida aos repórteres de Cristianismo Hoje, declarou que mais de três milhões de pessoas, muitas delas desigrejadas, abastecem-se de tudo o que é produzido em seu ministério, o Caminho da Graça, uma alternativa de comunhão cristã, que tem em Caio Fábio o seu mentor principal . Caio Fábio é hoje um crítico dos mais intensos da igreja evangélica, e sem cerimônia, afirma que o cristianismo, seja em sua expressão católica ou protestante, não passa de um fenômeno sociológico, tendo suas raízes históricas em Constantino. Em seu atual ministério, não há templos construídos, pastores ordenados, estatutos. Contudo, há locais e horas de celebração, pregação, louvor e ofertório. Uma demonstração prática que ainda que se esforcem ao máximo, teóricos do niilismo eclesiástico jamais conseguiram eliminar por completo formas e estruturas. Um mínimo sempre permanecerá. É inevitável aos ajuntamentos. Outro desigrejado celebrado por estas terras tupiniquins é Paulo Brabo, autor de “A Bacia das Almas – Confissões de ex-dependente de Igreja”, publicada em 2009, pela editora Mundo Cristão.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<h4 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Nada há, pois, de novo abaixo do sol (Ec 1.9) - O que diz a História da Igreja?</span></h4>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Afinal, o movimento dos desigrejados é novo? Ou, conforme asseverou George Barna, um entusiasta do movimento nos Estados Unidos, trata-se uma revolução? Nada como a História da Igreja para ajudar a acalmar os ânimos e colocar sob perspectivas mais sóbrias determinadas manifestações no seio do cristianismo. Ao analisar os dois mil anos de história, podemos alistar nada menos que dez movimentos de deserção eclesiástica. Isso mesmo, dez! E dez, entre outros! De Montano (século II) a Dietrich Bonhoeffer (século XX), a igreja de Jesus Cristo se deparou com críticos de seu sistema, ensino, dogmas, doutrina e instituição. Às vezes por motivos corretos e outras vezes nem tanto, o fato é que muitas vozes importantes dentro da igreja se levantaram para atacar sua estrutura. Não apenas propondo uma purificação e santidade, mas até o seu total desaparecimento institucional. Muitas destas vozes apontaram para algo que hoje os desigrejados pensam que são os primeiros a fazerem. De quem eram essas vozes? E que movimentos foram estes? Alistaremos três, em épocas estanques da história: O montanismo, o joaquimismo e o darbismo.</span></div>
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<h4 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A insatisfação de Montano (Século II)</span></h4>
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Montano foi um sacerdote pagão da região da Frígia (atual Turquia) que se converteu ao cristianismo por volta do século II. Ao lado de duas profetisas (Priscila e Maximila) organizou no ano de 155 , um movimento de reação ao cristianismo ensinado pelos bispos, herdeiros espirituais dos apóstolos, por considerá-lo por demais formal, dependente de uma liderança humana e pouco aberto à direção do Espírito Santo. Acreditando que a igreja estava espiritualmente morta e acusando os bispos cristãos de “destituídos de vida, corruptos e apóstatas” , Montano se apresentava como alguém que passava por experiências extáticas, declarando que o Espírito Santo o usava para falar diretamente aos homens e relativizava o conceito já crescente na época de que os escritos apostólicos seriam o caminho mais seguro para se conhecer a vontade de Deus. Aliás, quanto a este ponto, o sacerdote da Frígia acreditava ser exagerada a ideia de uma supremacia dos textos sagrados quanto à vontade revelada de Deus, pois, alegava que isto terminaria restringindo a atuação do Espírito a um mero texto escrito em papel. Além da indisposição com a institucionalização do cristianismo, cujas expressões eram o fortalecimento do clero e o conceito de uma ortodoxia, Montano também afirmou que a segunda vinda de Cristo aconteceria na Frígia.</span></div>
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O montanismo cresceu e se tornou uma alternativa vigorosa na época, uma vez que os seguidores de Montano conseguiram fundar diversas congregações que rivalizaram com as comunidades dirigidas por bispos ligados ao cristianismo oficial . O movimento era chamado de Nova Revelação e Nova Profecia . Sendo acusado de heresia, Montano e todos os seus discípulos foram excomungados da Igreja Cristã, configurando, assim, no primeiro caso de divisão da história do cristianismo.</span></div>
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<h4 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ecclesia Spirituallis: O Sonho de Joaquim de Fiore (século XII)</span></h4>
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Após a virada do milênio muitos foram os questionamentos sobre os rumos do cristianismo. Havia uma intensa inquietação com o poder e a projeção que a igreja e o papado alcançaram no mundo. Muito mais do que uma agência de propagação do Evangelho do Senhor Jesus Cristo e encarnação dos valores do Reino de Deus, a igreja havia se tornado uma potestade com fortíssima presença na condução da política dos reinos que existiam na Idade Média. Preocupado com essa presença institucional foi que um monge cisterciense, nascido na Calábria em 1135, chamado Giovanni dei Gioachini e conhecido historicamente como Joaquim de Fiore, começou a pregar e ensinar que haveria de se manifestar no mundo uma nova igreja, despida de toda materialidade e sem qualquer necessidade clerical e que seria trazida através da religião dos monges, sendo, destarte, “uma nova Igreja, livre e espiritual, humilde e silenciosa” , substituindo a “Igreja dos Clérigos e dos doutores” . As ideias de Joaquim de Fiore germinaram, produzindo muitos joaquimitas que, no decorrer dos anos, especialmente após a sua morte, em 1202, resistiram fortemente à hierarquia eclesiástica da igreja romana.</span></div>
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<h4 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O Sectarismo de John Nelson Darby (século XIX)-</span></h4>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Nas ilhas britânicas do século XIX, um grupo de cristãos insatisfeitos com o estado da igreja protestante que consideravam formal e sem vigor espiritual, começou a ler as Escrituras Sagradas e celebrar a Ceia do Senhor, sem a presença de um ministro ordenado. Tais manifestações foram espontâneas e descentralizadas, mas, sem dúvida, o grupo praticante dessa forma livre e desengajada de igreja que ficou mais conhecido na Inglaterra e, posteriormente, em toda Europa, tornando-se proeminente, foi o de Plymouth . Seus participantes ficaram conhecidos como os Irmãos de Plymouth, que mais tarde receberam a alcunha de darbistas, por causa de um dos seus membros que se tornou um grande defensor das ideias do movimento, chamado John Nelson Darby (1800-1882). Advogado e teólogo anglicano, John Nelson Darby uniu-se aos Irmãos em 1821, ao decepcionar-se com a degradação espiritual da igreja inglesa. Dono de uma mente brilhante, Darby pregava fluentemente em alemão, francês e, claro, inglês, idiomas em que traduziu o Novo Testamento. Publicou mais de 50 livros e, em 1848, se tornou a mais importante voz do movimento dos Irmãos de Plymouth . </span></div>
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Os darbistas acreditavam que a igreja nunca conseguiu se livrar totalmente das tradições humanas que surgiram no seio da mesma após a morte dos apóstolos e no início da Patrística. Essas tradições atravessaram os séculos com os Escolásticos , os Reformadores , e mesmo entre os Puritanos estiveram presente. Destarte, propuseram uma eclesiologia que asseveravam estar mais condizente com o Novo Testamento do que os modelos de igrejas cristãs vigorantes e conhecidas na Inglaterra até então.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O darbismo insistia no fim do clericalismo e da institucionalização da igreja, o que considerava graves distorções e desvios dos ensinos do Senhor Jesus Cristo e dos apóstolos. Entendiam que a igreja é tão somente composta por aqueles que foram alcançados com a graça de Deus e inseridos em uma grande assembleia de remidos, e que as tentativas de oferecer a essa realidade real, mas invisível, qualquer forma concreta de organização eclesiástica (as denominações) não passavam de invenções humanas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O darbismo não possuía “organização definida, ordem clerical, confissão de fé nem qualquer vínculo visível de união” (exceto a Ceia do Senhor), e tampouco presidente ou ministros ordenados” , o que terminou gerando desconfianças por parte de muitos quanto ao seu futuro e sobrevivência. Entretanto, a despeito disso, o movimento cresceu e se espalhou por toda a Anglo-saxônica, chegando à Rússia e demais países do Leste Europeu, além de Iraque, Japão, China, Índia, Espanha, Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos, Canadá, Ilhas Caraíbas, países da África, da América do Sul e de outros do Extremo Oriente .</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">No Brasil, as ideias darbistas chegaram através de Richard Holden, clérigo inglês que trabalhou como pastor auxiliar do Dr. Robert Reid Kalley na Igreja Evangélica Fluminense, nos idos de 1871 . Com o desligamento, a pedido próprio, de Ricardo Holden de suas funções pastorais diante da Igreja Evangélica Fluminense, um grupo de doze pessoas decidiu também seguir esse caminho , formando um núcleo dos Irmãos no Brasil em 07 de julho de 1878 . Posteriormente, em 1896, Stuart Edmund McNair, um inglês de 29 anos de idade, desembarcou no Brasil, organizando escolas bíblicas onde morava, trabalhando também na área da literatura cristã .</span></div>
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Os três movimentos alistados acima e descritos propositalmente em épocas distintas da história, revela-nos de que a deserção institucional no cristianismo não é nova e que sua proposta é persistente, pois reapareceu diversas vezes por parte de grupos cristãos insatisfeitos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
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<h4 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Afinal, a institucionalização foi/é maligna?</span></h4>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Os desigrejados enxergam na institucionalização do cristianismo a origem de todos os males da igreja. É inegável que muitos dos problemas enfrentados pela igreja cristã no decorrer dos séculos, tais como corrupção, mundanismo, proximidade com poderes temporais, fascínio pela riqueza e, principalmente, pela política, tiveram sim, sua fonte e origem em meio a um processo de institucionalização, onde, gradualmente, se perdeu a dimensão e horizonte proféticos. Contudo, isto é apenas parte da história. E, certamente, tais envolvimentos têm pouca relação com a instituição e muito mais com a pecaminosidade do coração humano. Há legados importantíssimos deixados para a posteridade e que foram elaborados em meio aos processos institucionais pelos quais a igreja passou e que sem os mesmos (que podem ser vistos como instrumentos da providência divina) o cristianismo ortodoxo dificilmente sobreviveria até o século XXI, haja vista que nos primeiros séculos da Era Cristã o mundo era povoado por religiões de mistério que se aproximaram perigosamente do cristianismo. Muitas heresias procuravam emitir compreensões acerca da pessoa de Jesus Cristo e não foram poucos os cristãos que se sentiram atraídos por explicações esotéricas acerca do Salvador, a ponto dos próprios apóstolos, como Paulo e João, escreverem cartas (colossenses e 1 e 2 epistolas joaninas), condenando heresias que estavam entrando no seio da igreja. Uma destas heresias perigosas foi o gnosticismo, uma fórmula que mesclava conceitos do judaísmo, cristianismo, dualismo grego e religiões de mistério que formavam uma mistura bombástica que poderia destruir as bases teológicas do cristianismo se não fossem os Pais Apostólicos , os Apologetas e os Polemistas . Além do gnosticismo, o cristianismo recebeu também ataques heréticos do ebionismo e marcionismo . Uma vez que após a morte de João, o último dos apóstolos, a igreja não poderia contar mais com aqueles que receberam o Evangelho diretamente de Jesus Cristo, a necessidade de explicar a fé e de preservar o conteúdo bíblico sem quaisquer impurezas, levou os Pais da Igreja, a tomarem medidas institucionais para que a verdade sobre Jesus Cristo, ensinada pelos apóstolos, não se perdesse em meio a tantas afirmações conflitantes sobre o salvador. Que medidas institucionais foram essas?</span></div>
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Credo, Cânon e Concílios: Legados da institucionalização do Cristianismo.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Pense em uma época em que qualquer pessoa poderia fazer qualquer afirmação acerca de Jesus Cristo. Imagine alguém em uma praça pública ensinando que Jesus Cristo não foi uma pessoa de carne e osso, mas, que, na verdade, possuía apenas uma aparência humana, quase como a de um fantasma ! Semelhantemente, fantasie uma espécie de monge ministrando uma palestra para jovens e crianças, ensinando que o Deus do Antigo Testamento era mal, caprichoso e violento, mais parecido com um demiurgo e que o Deus do Novo Testamento, o pai amoroso de Jesus Cristo, era outro Deus absolutamente diferente daquele ser perverso ! Ou, para espanto geral, considere um pastor ensinando que Jesus de Nazaré era a encarnação do Pai, isto é, que quem sofreu na cruz não foi o Filho de Deus e, se não bastasse, afirmasse também que o Espírito Santo fora criado pelo Filho e que era uma espécie de servo do Pai e, também, do próprio Filho ! Como avaliar tais declarações em uma época em que os apóstolos não estavam mais vivos para refutá-las e onde não havia instrumentos que servissem de análise e crivo? Como defender a fé cristã contra os ataques que vinham de todas as direções e de diferentes formas ? A resposta da igreja veio de forma gradual, pensada e sistematizada. Primeiramente, desenvolveram uma síntese doutrinária, onde uma série de afirmações teológicas sobre Deus Pai, Filho, Espírito Santo e da obra da redenção entre os homens foi elaborada com a finalidade de tentar explicar o mistério da fé cristã, defendendo-a das heresias, preservando o conteúdo bíblico, garantindo-o para toda a posteridade. A síntese ficou conhecida como o Credo Apostólico.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O Credo dos Apóstolos foi parte do “desenvolvimento da uma regra de fé , ou seja, “uma declaração de fé para uso público” , sendo o mais antigo documento que contém as doutrinas fundamentais do cristianismo e uma evidência da necessidade de instrumentalização da igreja para lidar com os ataques heréticos, uma vez que não contava mais com a presença dos apóstolos para orientá-la. Roger Olson, autor da excelente “História da Teologia Cristã” (Editora Vida), reconhece que sem a estrutura organizacional, da qual o Credo Apostólico foi uma das expressões, “qualquer pessoa podia corromper os ensinos da igreja pela persuasão e carisma” .</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Outra medida por demais importante que preservou a igreja cristã, sendo um marco na história do cristianismo foi a oficialização do Cânon do Novo Testamento. Obviamente, os vinte e sete livros que o compõem não caíram milagrosamente sobre a cabeça dos cristãos daqueles primórdios e difíceis tempos. Talvez muitos desigrejados assim pensem! Todavia, a verdade é que o Cânon foi uma medida institucional para combate/defesa contra heresias, especialmente, o marcionismo que elaborara um Cânon próprio, onde continham apenas uma variação do Evangelho de Lucas e as cartas paulinas (sem as epístolas pastorais). Percebendo o risco de não se ter uma regra de fé que fosse uma verdadeira âncora para o cristianismo, os Pais da Igreja iniciaram um processo de identificação e reconhecimento dos textos que verdadeiramente poderiam ser considerados como inspirados pelo Espírito Santo e reunidos em uma obra e que, à semelhança do Antigo Testamento, pudesse ser lida, consultada e estudada para explanação, deleite e edificação da igreja. O processo de canonicidade foi demorado, sendo concluído apenas no século IV, no ano de 397, quando houve a oficialização do Cânon do Novo Testamento, promulgado no Concílio de Cartago (atual Tunísia, no Norte da África).</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E falando em concílio, há, também, uma terceira contribuição extraordinária do cristianismo organizado / oficial/ ortodoxo / institucional (escolha o termo preferido) para a história da igreja e também da teologia. Trata-se da realização dos Concílios Ecumênicos! Na verdade, reuniões em que pensadores e bispos dos primeiros séculos da Era Cristã, em longas e detidas sessões, elaboram os principais conceitos teológicos do cristianismo. Doutrinas como Trindade e a dupla natureza de cristo, por exemplo, pertencentes ao núcleo central da fé evangélica, foram amplamente estudadas, sintetizadas, definidas e explicadas em tais reuniões, garantindo de forma definitiva uma base teórica extremamente sólida, demarcando o que era, de fato, o cristianismo bíblico, delineando o que pode ser chamado de ortodoxia cristã. Os Concílios mais importantes e considerados como normativos para a igreja são os de Nicéia (325), Constantinopla I (381), Éfeso (431) e Calcedônia (451).</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
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<h4 style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Considerações finais</span></h4>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Concluímos, portanto, que o movimento dos desigrejados é tão somente a versão cristã protestante de um fenômeno mais amplo de desvinculação institucional que vem ocorrendo mundialmente em diversos segmentos da sociedade, sobretudo, no campo da religião, sendo, destarte, um reflexo da pós-modernidade. Sendo assim, não há nada de original na tendência. Também não se trata de uma novidade ou revolução dentro do cristianismo, pois no decorrer da história diversos movimentos tentaram despir a igreja de sua materialidade e concretude. Finalmente, a institucionalização do cristianismo, longe de ser uma obra de satã (conforme os desigrejados parecem sugerir), trouxe, na verdade, contribuições para a igreja, ajudando os cristãos, através do Credo Apostólico, da oficialização do Cânon do Novo Testamento e das afirmações doutrinárias elaboradas nos Concílios, a identificarem o que, de fato, era a “fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” (Jd 3). Neste ponto específico, fica exposta a contradição dos desigrejados contemporâneos, pois se a institucionalização da igreja foi um dano para o cristianismo, por coerência, então, o movimento deveria rejeitar consequentemente seus legados diretos (Credo, Cânon e Concílios). Contudo, por inconsistência ou conveniência jamais escreveram (até onde se sabe) uma só linha contra tais expedientes da fé cristã.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O Futuro do Movimento</span></h4>
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Qual será o futuro dos desigrejados? É provável que muitos permaneçam desiludidos e reticentes em retornar à frequência eclesial. Preferirão permanecer no ceticismo comunitário. Outros, talvez encontrem modelos mais espontâneos e informais para compartilhar a fé cristã. Há ainda àqueles que retornarão às comunidades históricas. Após um período de desilusão institucional e de passarem por experiências sofríveis no anseio de praticar o cristianismo, é provável que cheguem à conclusão de que a igreja, mesmo com seus defeitos (expressão de nossa pecaminosidade) é o melhor lugar para congregar, compartilhar e defender a fé. Previsões e literaturas já foram apresentadas tratando deste problema. O falecido ministro da Convenção Batista Brasileira, Darci Dusilek, alertou sobre a necessidade das igrejas desenvolverem ferramentas para trabalhar com aqueles que se desiludiram com o cristianismo e que se tornaram agnósticos religiosos. O alerta foi dado em 1997. Não se falava em desigrejados e tampouco é o público a quem Dusilek se refere, porquanto seu foco é o crente que se desapontou com o neopentecostalismo e que sem forças para recomeçar a jornada espiritual, poderá ser auxiliado pelas comunidades mais equilibradas liturgicamente e saudáveis em sua teologia e prática missional, na esperança e tentativa de uma nova caminhada nas veredas do Evangelho. Contudo, o alerta de Darci Dusilek pode ser aplicado também em relação aos desigrejados, isto é, muitos dos atuais desencantados com a igreja, uma vez percebendo o equívoco do abandono institucional, poderão recomeçar a vida nas igrejas mais sadias, haja vista que uma parcela significativa dos desigrejados é constituída por aqueles que sofreram abuso espiritual ou que tiveram de lidar com ensinos e práticas controvertidas (talvez, até mesmo heréticas), conforme relatado no primeiro capítulo desta pesquisa. Assim, ao encontrarem uma comunidade que seja uma antítese a tudo que antes viveram, a reaproximação eclesial poderá ser provável ou, até mesmo, inevitável.</span></div>
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<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Idauro de Oliveira Campos Júnior é pastor da Igreja Congregacional de Niterói (RJ), pós - graduado em Teologia Contemporânea, mestre em Ciências da Religião pós – graduando em História da Igreja e autor do livro, “Desigrejados – Teoria, história e contradições do niilismo eclesiástico”. É Colunista do GENIZAH. idaurocampos@ibest.com.br </span></b></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiqcoBXIXhDMG5CyZIDdi_w4TPdge-vFw3Vr3BlBp6svC325qIG2y1CFo0eW1IYwX5iwKO9WdQUxlSx_DNS_poThqSBlwYGgPgr9hi1mJ_UFy65QDFdl-S_PK3ej1WUDs5a3N6Xc1IDno/s1600/Niilismo+Eclesi%C3%A1stico++Uma+An%C3%A1lise+do+Movimento+dos+Desigrejados..jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiqcoBXIXhDMG5CyZIDdi_w4TPdge-vFw3Vr3BlBp6svC325qIG2y1CFo0eW1IYwX5iwKO9WdQUxlSx_DNS_poThqSBlwYGgPgr9hi1mJ_UFy65QDFdl-S_PK3ej1WUDs5a3N6Xc1IDno/s1600/Niilismo+Eclesi%C3%A1stico++Uma+An%C3%A1lise+do+Movimento+dos+Desigrejados..jpg" width="320" /></a>Os interessados no assunto encontrarão mais subsídios no livro do autor:</h3>
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Disponível no site da editora:<br />
<br />
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</div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<a href="http://www.genizahvirtual.com/" target="_blank">Genizah</a></div>
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-70391494766585459212016-12-12T09:57:00.000-02:002017-01-19T13:21:31.386-02:00A PARÁBOLA DO GAY SAMARITANO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7LG4SR5D_2XmJ8-TGMviKJCFRhpiT7Emt-aBN_zCUkEzK-P1QikNM6wtmjQ-tfvN2tlybpVbWlIqHZulG0Qlka-H5Q3RqOsDNFYV5KXap-W5C9yKV8cHTX_250P5QqQpJZ90vHbX0fW6U/s1600/casal.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7LG4SR5D_2XmJ8-TGMviKJCFRhpiT7Emt-aBN_zCUkEzK-P1QikNM6wtmjQ-tfvN2tlybpVbWlIqHZulG0Qlka-H5Q3RqOsDNFYV5KXap-W5C9yKV8cHTX_250P5QqQpJZ90vHbX0fW6U/s1600/casal.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<span style="color: #660000; font-family: "courier new" , "courier" , monospace; font-size: large;"><b>Pr. Marcos Granconato</b></span><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Faz alguns dias, eu ouvi a pregação de um pastor do tipo "politicamente correto" que, pra agradar a plateia, contou uma versão "contextualizada" da Parábola do Bom Samaritano. Ele se inspirou em Rubem Alves, um teólogo agnóstico (acreditem, isso existe!) que morreu em 2014.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Nessa versão, o lugar do samaritano era ocupado por um travesti de decote escandaloso e boca suja de batom que usou o dinheiro porco que ganhou numa noite de programas para ajudar um necessitado. Obviamente, na "nova versão" da parábola, os perversos que não ajudaram o coitado eram pastores ou coisa que o valha.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">No fim das contas, a mensagem ficou clara: Os amigos de Jesus são pessoas que vivem no pecado mais podre e repugnante, desde que, de vez em quando, ajudem alguém, mesmo que seja com o dinheiro procedente da prática mais infame (será que dinheiro de assalto também vale, ou é só dinheiro de programa?).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Também ficou claro que, entre os que desagradam a Jesus está o crente ortodoxo, a pessoa que vive de forma decente e que prega o evangelho puro, especialmente se essa pessoa não se envolve no campo do auxílio social.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Isso pode chocar muita gente (eu, inclusive), mas a galera ignorante da verdade admira essa pocilga doutrinária e, assim, o evangelho distorcido e pervertido avança para o deleite de todos os que rejeitam o que a Bíblia realmente diz.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O fato bastante triste é que sermões como esse colocam Jesus como apoiador dos maiores inimigos de Deus e insere na lista dos reprovados pelo Senhor qualquer um que rejeite as abominações que fazem a nossa sociedade apodrecer tão depressa. Eu imagino que, na cabeça desses falsos ministros da fé, o ateu Fidel Castro foi recebido no céu com honras, ao som do cântico de anjos, enquanto Russell Shedd chegou lá e foi recebido com cara feia por Deus, sendo censurado por ensinar que sem Cristo as pessoas estão perdidas para sempre.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A verdade, porém, é que, em que pese os <b><i>discursinhos</i></b> demagogos desses pseudo-pastores que se proliferam por aí, os inimigos de Deus continuam sendo aqueles que rejeitam o Filho, sendo certo que, entre estes, os que mais o desagradam são exatamente os falsos mestres e os que vivem em todo tipo de malícia, maldade e imoralidade sexual (independentemente do que façam com o dinheiro procedente dessas coisas).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Isso é ponto pacífico nos escritos do NT. Quem discorda deve, portanto, rejeitar logo o titulo de cristão, em vez de procurar mudar a mensagem que Cristo, tentando ajustá-la às suas percepções corrompidas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://www.genizahvirtual.com/" target="_blank"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Genizah</span></a></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;">DIVULGADO POR Reuel Ferreira no Facebook</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-12156510124922662432016-11-30T15:49:00.001-02:002016-11-30T15:49:25.700-02:00Entrevista com um pastor honesto<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUE9mtCgoBzqY7wrWt69DlFet2fHiQU_DeL5WR8c1XE9o5NCKXH-4UETIh_h76YxgwaCMFRsD4BVFqjELaMTX-AR_tZv4auisSs0wPpK5BCACXPqB_F33yJSA0VcbgupyWAoYaxqBBVt30/s1600/1318898836381.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUE9mtCgoBzqY7wrWt69DlFet2fHiQU_DeL5WR8c1XE9o5NCKXH-4UETIh_h76YxgwaCMFRsD4BVFqjELaMTX-AR_tZv4auisSs0wPpK5BCACXPqB_F33yJSA0VcbgupyWAoYaxqBBVt30/s320/1318898836381.jpg" width="291" /></a></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Abaixo segue-se uma entrevista com um pastor honesto:</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">1. Tendo em conta o número de igrejas que surgem em todos os lados, é assim tão fácil tornar-se pastor?</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Resposta: <i><span style="color: red;">Bem, isto depende de denominação para denominação e de igreja para igreja. No meu caso foram necessários oito anos desde o seminário, tempo de aspirante na igreja e a consagração. </span></i></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br />
</i>2. Durante este tempo de seminário e aspirante o candidato recebe algum salário?</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Resposta: <i><span style="color: red;">Geralmente não, com boa vontade da igreja as vezes recebe-se alguma oferta ou a igreja paga os custos do estudo no seminário.</span> </i></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br />
</i>3. Se não é assim tão fácil como aparecem tantos pastores?</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Resposta: <i><span style="color: red;">Acredito que a maioria são pastores sem qualquer tipo de preparação formal e outros são autodenominados pastores.</span></i></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br />
</i>4. Qual a consequência deste surgimento desenfreado de pastores?</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Resposta: <i><span style="color: red;">Heresias nas igrejas, doenças psicológicas em membros da igreja, vergonha ao evangelho, oportunistas e enganadores. Entretanto, há pastores que nunca fizeram um curso formal e são excelentes pastores, mas a norma é que surjam pastores ruins.</span></i></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br />
</i>5. Uma vez pastor, ganha-se bem?</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Resposta: <i><span style="color: red;">Mais uma vez isto depende da igreja. Geralmente nas igrejas históricas os pastores recebem um determinado salário conforme as condições da igreja. Mas dificilmente ultrapassará a média de oito a dez salários mínimos. Eu recebo um pouco mais de três salários mínimos. Nestas igrejas neopentecostais geralmente o dinheiro do pastor e o da igreja é o mesmo, de maneira que não há limites. </span></i></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br />
</i>6. Este crescimento no número de igrejas é benéfico?</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Resposta: <i><span style="color: red;">Se o crescimento fosse organizado, visando alcançar lugares onde não existem igrejas, sim, seria de certa forma benéfico. Mas não é isto que acontece. Conheço o caso de várias igrejas que estão justamente do lado de outra igreja, separados por uma parede ou por uma laje. Num determinado local da minha cidade num perímetro de 100m2 estão quatro igrejas. Não é possível que seja uma obra de Deus levar tantas igrejas para um único local</span>.</i></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br />
</i>7. E a sua igreja, encontra-se numa condição semelhante?</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Resposta: <i><span style="color: red;">Mais ou menos, no entanto a igreja a que pertenço foi estabelecida naquele local há quase quarenta anos, quando lá não havia igreja alguma, hoje há várias.</span></i></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br />
</i>8. Como o pastor honesto de uma igreja como a sua sente-se em meio a isto?</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Resposta: <i><span style="color: red;">Sinto-me numa competição desleal, onde estas igrejas e pastores trabalham de forma antiética, quando utilizam-se de práticas desleais para roubar membros de outras igrejas oferecendo um cristianismo mais fácil, uma liturgia que está centrada nas aspirações humanas, presumem possuir mais poder. Jogam baixo mesmo!</span></i></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><span style="color: red;"><br /></span></i></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br />
</i>9. Qual a sua perspectiva de futuro para a igreja evangélica?</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Resposta: <i><span style="color: red;">Se continuarmos como estamos, o futuro será desastroso. Um pandemónio de heresias, de competições, de empobrecimento do verdadeiro evangelho. </span></i></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br />
</i>10. Qual a sua perspectiva pessoal?</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Resposta: <i><span style="color: red;">Luto todos os dias comigo mesmo para continuar como pastor. Ser pastor não é fácil, digo ser pastor de verdade. Se puder num futuro próximo ter outra forma de manter minha família, penso em deixar de servir a igreja como pastor e procurar viver a fé cristã longe desta confusão toda. </span></i></span><br />
<i><span style="color: red;"><br /></span></i>
<i><span style="color: red;"><br /></span></i>
<div style="text-align: right;">
<a href="http://confissoesdeumpastor.blogspot.com.br/" target="_blank">Em Confissões de Um Pastor</a></div>
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-66992409295683059022016-11-18T23:55:00.002-02:002016-11-18T23:55:58.767-02:00Foi em Calicute que o Cabral se esborrachou.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnD_0HNM2T2iUke2DTeDLm3DChBN4GlMbrVj2HA5pynYrNaIQuAmG6OlYqfVWzncYNK0A9VnSe5NKiWFyJUY7VtCrCAkYeiyexY2lrExHwqdJykF1-BKEGJu2GzBscTKEGPSdC3nDwbdge/s1600/calecute.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="262" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnD_0HNM2T2iUke2DTeDLm3DChBN4GlMbrVj2HA5pynYrNaIQuAmG6OlYqfVWzncYNK0A9VnSe5NKiWFyJUY7VtCrCAkYeiyexY2lrExHwqdJykF1-BKEGJu2GzBscTKEGPSdC3nDwbdge/s640/calecute.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Gosto dos nomes das operações da Polícia Federal. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Para quem não sabe, foi em Calicute que o Cabral se esborrachou.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Não apenas Serginho, o ex- governador malandrinho do Rio de Janeiro, mas também Pedro Alvares, o Cabral mais famoso. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Chegando às Índias em 1500, tendo passado por aqui meses antes para nos "descobrir", Pedro A Cabral, o navegante português, seguiu para Calecute, local que Vasco da Gama estivera dois anos antes, em busca de temperos exóticos e joias. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">É o fraco de todos os Cabrais... </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Aporta e monta uma feitoria na Baia de Calicute (ou Calecute) para comerciar especiárias e que tais. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Dá tudo certo até que os poderosos interesses locais, os donos das rotas tradicionais de especiárias (a turma do caminho terrestre das Índias) se sentem ameaçados e juntam uns mercenários para dar um pau no Cabral.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E deram!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">No processo da porrada, morreram uns 20 dos chamados Manoel, 10 Nunos, 9 Joaquins e um tal Pero, De Vaz Caminha -um escrevinhador (jornalista da época) e que bem poderia ser Caco Barcelos, mas não, foi um tal autor de famosa carta ao Rei de Portugal. Um cartapácio sobre a descoberta do nosso Brasil varonil. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Cabral é derrotado, foi comerciar em outra freguesia. Foi para Cochim.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Já Serginho, foi pra Bangu. </span></div>
<br />
<br />
Danilo Fernandes<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<a href="http://www.genizahvirtual.com/" target="_blank">Genizah</a></div>
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-892777799175793872016-11-06T23:23:00.001-02:002017-01-19T13:21:51.363-02:00Sobre os pastores que cospem na Parábola dos Talentos e as escolas ocupadas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfOB7NhyphenhyphenqCviu5eTW5wd40vG_U3VedDQkLOy5vLfil8hv_FBByFAVBv33DrRqt7GphMOVpJ9eH6c8wOSb8caB_uh38TljeNEfefo9EnVsl0kdvuPixyYqP0d6X0TqwQ3HvoX3KujB0eWgM/s1600/escola+ocupada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfOB7NhyphenhyphenqCviu5eTW5wd40vG_U3VedDQkLOy5vLfil8hv_FBByFAVBv33DrRqt7GphMOVpJ9eH6c8wOSb8caB_uh38TljeNEfefo9EnVsl0kdvuPixyYqP0d6X0TqwQ3HvoX3KujB0eWgM/s320/escola+ocupada.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Há quem goste, e ouse, afirmar em que lado estaria Jesus, neste ou naquela situação ou controvérsia, neste ou naquele movimento, ideologia ou causa. Acho sempre temerário este juízo vão, este querer perscrutar as vontades do Único Justo para além do que nos indicam as Sagradas Escrituras.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Temo e tremo quando ouso sequer imaginar as insondáveis razões de Deus diante dos acontecimentos mais marcantes, as tragédias que nos acometem neste mundo. Ainda que sejamos apenas testemunhas destes acontecimentos, pela misericórdia de Deus, atribuo e louvo a Deus pelos resgates e pelos livramentos e me prostro em imensa gratidão pela graça imerecida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E se é assim diante das grandes sentenças da vida, que dirá quando alguém se arvora a atribuir à sua inclinação política as vontades do Eterno. Do Senhor da história., Que ousadia! </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Estes dias vi três pastores famosos dizerem que Deus estava com os alunos que ocupam hoje as escolas em um movimento claramente político partidário. Um movimento que rechaça uma reforma curricular proposta pelo antigo governo, debate e esgotada a ponto de já contar com o apoio oficial da União Nacional dos Estudantes, mas que agora é só um Cavalo de Troia midiático a testar a ordem constituída nacional.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A um jovem de meu relacionamento que não pode fazer as provas em função deste movimento e que, prejudicado, triste e temeroso; e tendo lido o decreto de um destes pastores esquerdistas me perguntou: Estaria eu sendo egoísta e, estaria Jesus, de fato, estaria ao lado dos que impedem e prejudicam o seu esforço</span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Respondi:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- <b><i>Maninho, a Causa de Cristo é o Evangelho. O lado de Cristo é o do injustiçado e do que sofre. </i></b></span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><i>Não ouso afirmar de que lado estaria Jesus nesta contenda. O que eu sei, lhe digo, não encontro nas Escrituras qualquer passagem que nos oriente nesta ou naquela direção. Mas indico ao estudante esforçado o seu compromisso em tudo o que fazes e ainda fizer, que seja para engrandecer a Cristo, pois foi ele quem te deu seus dons, os separou consigo, para que os pusesse a serviço do Reino. Leia a parábola dos talentos e me diga você, quem são os estudantes que colocam seus talentos a serviço do Reino. Os estudiosos ou os que não deixam estudar?</i></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h4 style="text-align: right;">
<b>Danilo Fernandes</b></h4>
<br />
<div style="text-align: right;">
<a href="http://www.genizahvirtual.com/" target="_blank">Genizah</a></div>
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-456440119095841312016-10-25T09:11:00.002-02:002016-10-25T09:11:20.303-02:00Chutando a Santa: 21 anos depois.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: right;">
<b><i><br /></i></b>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeVoBl6y2faIpjd3btSxPgKxiyr1uYkC8YyQ13H0aFrGqdqAoV7apKnG1hneE7LxbzNilfX92UrOKABlrdI8w9iIPFPB42jPjq-nejZX1YBdoUV1g6gW_yFCENUi60_hHrNFc5HLwNcVvf/s1600/chutamdo+a+santa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeVoBl6y2faIpjd3btSxPgKxiyr1uYkC8YyQ13H0aFrGqdqAoV7apKnG1hneE7LxbzNilfX92UrOKABlrdI8w9iIPFPB42jPjq-nejZX1YBdoUV1g6gW_yFCENUi60_hHrNFc5HLwNcVvf/s320/chutamdo+a+santa.jpg" width="320" /></a></div>
<b><i><br /></i></b>
<b><i><br /></i></b>
<b><i>Por Zé Luís</i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em 12 de outubro de 1995, dia em que se comemora o feriado católico de Nossa Senhora de Aparecida, transmitiram pela TV, em rede nacional, um pastor da Igreja Universal chutando uma imensa imagem de gesso, tida por católicos como sagrada. Tal transmissão desencadeou uma campanha anti-evangélica pela Igreja Católica, além de ser uma grande chance para uma emissora concorrente começar uma série de ataques a tal IURD, que crescia rapidamente e, em breve, adquiririam uma grande emissora de TV.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Muitos crentes foram ainda mais hostilizados por todo território nacional, e nada podiam responder sobre o ato insensato daquele pastor: Para um protestante, o homem só havia chutado uma enorme imagem de gesso, e jamais tocado na santidade da mãe de Jesus, que na Glória vive com Ele, não podendo habitar naquele objeto.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É pecado adorar qualquer coisa que não Deus, mas a obsessão por demonstrações de “fé autêntica” ( talvez na ânsia de conseguir novos adeptos) gerou grande antipatia contra os crentes, além de fortalecer o esteriótipo do “cristão fundamentalista”, o “quebra-santo”, o “chato-radical”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os crentes estão certos: Idolatria é um pecado. O que importa não são os homens ofendidos com as imagens destruídas, mas o que Deus pensa sobre o assunto: isso contribui com o desvio do homem no Caminho que o leva ao Mestre. Mesmo assim, isso nos dá o direito de agredir o objeto adorado? Isso não pareceria uma tentativa de ofensa pessoal, já que os objetos – ditos – sagrados não tem peso algum para um cristão protestante? É como o ateu que xinga um deus que não existe para ele.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Hoje, 21 anos passados, a realidade é outra: existem tantos evangélicos não praticantes (ou nominais) como eram os católicos não praticantes (como eu fui, por exemplo).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os idólatras inundam os templos evangélicos, não com imagens de santos, mas com tranqueiras judaizantes, tralha gospel e com semideuses deste universozinho chamado “gospel”, as "celebridades de Jesus".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Aos poucos, deixamos o radicalismo da necessidade do uso de saias e cabelos <b><i>incortáveis</i></b>, e tornamo-nos mais brandos. Em compensação, precisamos de deuses ungidos que nos levem a catarses, homens com a unção que nos faça sentir, ao invés de compreender a Palavra.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Só quem enfrenta essa realidade idólatra sabe o quanto se é amaldiçoado: questionar a atitude tresloucada de certas lideranças evangélicas, cheias de esquisitices, misticismos, egocentrismos, distorções com propósitos pessoais (o que chamam de “visão”), não faz com que sejamos ouvidos, antes, que esses novos crentes nos lancem maldições e salamaleques dignos da Cuca do sítio do Pica-pau Amarelo, verdadeiras profecias baalistas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Seus seguidores, gente que recebe a Cristo, mas abdica da liberdade de pensar, alienando-se da bíblia, defendendo essas celebridades como um time, partido político ou... um verdadeiro ídolo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Lá, do altar onde foram colocados, ditam suas profecias, cantam suas pregações, explicam sua compreensão pessoal, sem serem questionados.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Apóstolos, bispos, cantores, pastores, pregadores, todos feitos objetos de idolatria pela mesma indústria que faz ídolos no lugar onde os adoradores abominam: o meio ímpio, pagão, secular. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nesse mês, onde católicos se ajoelharão pelas ruas da cidade de Aparecida do Norte, pagando suas promessas, lembre-se de que, se você possui ídolos que dependem de sua defesa e ofertas, você não tem nada para ensinar. É apenas um adorador de ídolos tentando repreender outro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<b><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Zé Luis faz parte dos articulistas do <a href="http://www.genizahvirtual.com/">Genizah</a></span></i></b><br />
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<b><span style="font-size: x-small;">Publicado originalmente em 2010.</span></b><br />
<b><br /></b>
<b><br /></b></div>
Unknownnoreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-29863520915858653902016-10-25T09:03:00.001-02:002016-10-25T09:03:53.555-02:00Voltaire e o Umbigo Santo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXdEMPyBVQD90FprHzeUvDm0ws6Gdp9w_1zRN-qNxslxpTvy_Yo96qElUjqLRlFFGcsRo0UjZtHysVSgYSQQDZRQeT55QJV7enjynxMSTw7E7PXpRkLDHec9w-J8yxKC1bMMayRi3W82A/s1600/Slide7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="450" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXdEMPyBVQD90FprHzeUvDm0ws6Gdp9w_1zRN-qNxslxpTvy_Yo96qElUjqLRlFFGcsRo0UjZtHysVSgYSQQDZRQeT55QJV7enjynxMSTw7E7PXpRkLDHec9w-J8yxKC1bMMayRi3W82A/s400/Slide7.jpg" width="450" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O leitor desavisado que olhar de relance o título dessa postagem vai com certeza pensar que se trata de mais uma bizarrice do malfadado evangelho da superstição e da prosperidade que cresce em nosso meio numa dimensão geométrica, e que faz a festa dos blogs de “humor cristão”. Que nada, esses relatos foram escritos por Voltaire, a três séculos e meio (1762). Não há como negar verossimilhanças das narrativas desse filósofo e crítico do cristianismo com o que acontece hoje sob o pano de fundo da Igreja de Deus. Voltaire em seu “Tratado de Tolerância” ― Editora Martins Fontes (página 116) diz algo dolorosamente atual, no capítulo XX (Da Utilidade de Manter o Povo na Superstição):</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">“Quando os homens não têm noções corretas da divindade, as ideias falsas as substituem, assim como nos tempos difíceis trafica-se com moeda ruim quando não se tem a boa. O pagão deixa de cometer um crime, com medo de ser punido pelos falsos deuses; o malabar teme ser punido por seu pagode. Onde quer que haja uma sociedade estabelecida, uma religião é necessária: as leis protegem contra os crimes conhecidos, e a religião contra os crimes secretos”.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">“A superstição filha da religião subjugou por muito tempo a terra inteira. Os senhores feudais faziam acreditar os seus vassalos que São Genou curava a gota e que Santa Clara curava os olhos enfermos. As crianças acreditavam em lobisomem e os adultos no cordão de São Francisco. O número de relíquias era incontável. [...] Sabe-se que quando o bispo de Noailles mandou retirar e lançar no fogo a suposta relíquia do umbigo de Jesus, toda a cidade Chalôns moveu-lhe um processo; mas ele teve coragem e devoção, e acabou convencendo os habitantes da região de que era possível adorar Jesus Cristo em espírito e em verdade sem ter seu umbigo na Igreja. Deixou-se de acreditar que bastava a oração dos trinta dias à Virgem Maria para obter tudo o que se queria para pecar impunemente. Enfim a burguesia começou a suspeitar que não era Santa Genoveva quem trazia ou parava a chuva. Os monges ficaram espantados de que seus santos não fizessem mais milagres; e, se os escritores da ‘Vida de São Francisco Xavier’ voltassem ao mundo, não ousariam escrever que este santo ressuscitou nove mortos, que foi visto ao mesmo tempo no mar e em terra, e que, tendo seu crucifixo caído no mar, um caranguejo o veio trazê-lo de volta”.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Mas o sarcástico, ambivalente e inteligente, Voltaire, adoça a língua ferina, bem no final do seu ensaio. Em consonância com os ditados populares ― “uma na ferradura e outra no cravo” (que aqui eu inverti a sua ordem), e o velho adágio “Morde e assopra”, ele termina sua fala com duas emblemáticas interrogações, talvez dirigidas a ele mesmo; inquirições que podem (por que não?) ser endereçadas a nós também?:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">“Mas de todas as superstições, a mais perigosa não é a de odiar o próximo por suas opiniões? E não é evidente que seria ainda mais sensato adorar o santo umbigo, o santo prepúcio, o leite e o manto da Virgem Maria, do que detestar e perseguir seu irmão?”</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O umbigo e o prepúcio, para quem não sabe ainda, foram os pedaços mais procurados e venerados do mártir do Gólgota ―, objeto de disputas cristãs tanto na França de Voltaire, quanto na Itália e na Alemanha do século XVIII. <a href="http://levibronze.blogspot.com.br/2013/03/voltaire-e-o-umbigo-santo.html" target="_blank">Numa sábia decisão, o papa Clemente V mandou picotar o “umbigo de Jesus” em três partes, para satisfazer os cristãos de Constantinopla, de S. José do Latrão e da França. Mas houve quem batesse o pé reivindicando um umbigo inteiro.</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ah meu caro “herege”, Voltaire! Se você soubesse que passados três séculos e meio desse imbróglio umbilical/prepucial de sua era, a disputa pelo espólio de Cristo continua mais viva do que nunca entre as facções cristãs: Uma tem até um canal de TV para mostrar um Cristo fatiado ao gosto do freguês.</span></div>
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<div style="text-align: right;">
<a href="http://levibronze.blogspot.com.br/" target="_blank">No blog do Levi Bronzeado</a></div>
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<div style="text-align: right;">
<a href="http://www.genizahvirtual.com/" target="_blank">Genizah</a></div>
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<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-82123304328865045772016-10-20T23:34:00.002-02:002016-10-20T23:34:07.649-02:00Homem, Teu Nome é Paradoxo!<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSoZthXgsd8VyUneJOMO890ljN7Liq0y99sO7rVHwSfu8RZi0NawkiCPQZ8YhQRtz7p-SV15CS52McVLoHYClRMHY-IE90-9U1wHXVU75bUV-xBw_TzTSs-LxTnU7gn_8QpsLxnoCklxlE/s1600/Homem+antagonico.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="249" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSoZthXgsd8VyUneJOMO890ljN7Liq0y99sO7rVHwSfu8RZi0NawkiCPQZ8YhQRtz7p-SV15CS52McVLoHYClRMHY-IE90-9U1wHXVU75bUV-xBw_TzTSs-LxTnU7gn_8QpsLxnoCklxlE/s320/Homem+antagonico.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #cc0000;">“Oh, a Humanidade vive em triste condição!</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #cc0000;">Nasce sob uma Lei mas prendem-na a outra:</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #cc0000;">Tende à vaidade, querem-na humilde,</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #cc0000;">Surgiu enferma e querem-na saudável”.</span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #cc0000;">(Lorde Brooke)</span></div>
<br />
Por <span style="font-size: large;"><b>Levi B. Santos</b></span><br />
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<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vendo que o homem paga um custo muito alto ao ceder parte de seus impulsos instintuais originais para poder conviver em um mundo mais ou menos pacificado, disse Freud: “A nossa civilização está alicerçada na supressão dos instintos”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A constatação de que o instinto não se suprime e de que, por mais que se tente, o máximo que se pode conseguir é represá-lo ou reprimi-lo, fez nascer em toda sua plenitude, o conceito de ambivalência, que também pode significar ambiguidade, ou paradoxo. E esse antagonismo vem de longe. Plagiando o messias do Novo Testamento, eu diria: quem não puder se ver como criança não vai entender nada do reino da ambivalência, do reino dos sentimentos paradoxais ou antagônicos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quem não passou pelos primórdios da tal ambivalência na tenra infância? Quem não lembra de que, como criança, amava seu pai e por vezes desejava livrar-se dele?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“A contradição é a marca característica do ser humano” ― já diziam os filósofos e estudiosos da alma. Para se ter ideia de como somos atraídos por um ideal de ego para ser diferente do que realmente somos, nada melhor que alguns dados estatísticos reveladores da contradição ou ambivalência demasiadamente humana que persiste em não nos largar, mesmo já “adultos maduros”. Para que se possa perceber o quanto as imagens secretas que existem em nossa psique estão repletas de desejos antagônicos, recorramos então a uma enquete realizada nos EUA, no final do século XX:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“89% dos americanos consideraram a sua sociedade demasiadamente preocupada em ganhar dinheiro; 74% responderam que o materialismo excessivo dos indivíduos era um grande problema social. Pasmem: 76%, em outro quesito, fizeram ver que ter dinheiro os deixava bem consigo mesmo; 76% desejavam ganhar mais, e 74% gostariam de ter uma bela casa, um carro novo e outras coisas dessa magnitude”.</span></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O apóstolo Paulo, em sua epístola aos Romanos, já fazia menção a esse velho conflito. Tanto é, que num rasgo de espontaneidade incomum assim se expressou: “Porque eu sei que em mim, isto é na minha psique, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. (Romanos 07: 18). Nesse mesmo diapasão, afirmou, Eduardo Giannetti, a respeito do difícil equilíbrio entre a realidade e o sonho, mundo ideal ou utopia:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Há uma guerra anticolonialista na alma de cada um. Duas verdades medem forças. De um lado, está o princípio da realidade: se o sonho ignorar os limites do possível, ele se torna quixotesco”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Paul Tillich, em “Teologia da Cultura” (página 245), já fazia ver a distância enorme entre o “desejado”(aquilo que se deseja para si) e o “desejável” (de fundo coletivo – idealista): “Esse é o nosso destino melancólico desde o começo da história humana e deverá permanecer enquanto houver vida humana consciente”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O homem, enfim, é esse ser paradoxal que enquanto prega a salvação para os deserdados e marginalizados, trabalha desesperadamente para ficar mais seguro e distante daqueles que diz amar. Temeroso da própria sociedade ergue para si, altos muros eletrificados em torno de suas casas que mais parecem fortalezas em época de guerras. O homem é esse ser que está em um movimento pendular, ora se identificando com o polo que considera “positivo”, ora com o polo “negativo” de sua ambivalência, como bem explicita Kênia Kemp no trecho abaixo, pinçado do seu antológico artigo ― “Identidade Cultural” (“Antropos e Psique” ― Editora Olho D'água):</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Quando queremos nos apresentar a estrangeiros para nos valorizar, trazemos à tona traços da tradição e peculiaridades que nos identificam como brasileiros: a cordialidade, informalidade e alegria. Entretanto, entre nós são comuns expressões depreciativas: 'Brasileiro é preguiçoso'; 'a terra é boa, mas tem um povinho…'. Enfim, qualquer grupo de alguma forma coloca em questão a legitimidade dos traços de sua identidade, que inclusive podem ser modificados, ampliados ou reprimidos. Enquanto forem legitimados, permanecerão”.</span></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esse ente dúbio sem ter ideia de que tem a alma cindida entre dois polos ou afetos antagônicos, por um mecanismo de projeção bem evidenciado na religião ocidental, acha que o mundo (e não ele próprio) é que está dividido entre ele e os outros; não percebe que nas imagens que tem dos outros que lhe trazem perigo, residem as partes negativas ou rejeitadas de seu próprio ser. Os lá de fora são, como na versão bíblica, “bodes expiatórios” para projeção de tudo quanto percebe de ruim ou pecaminoso, a fim de se sentir purificado. E o que dizer então sobre esse sonoro e belo afeto, que para contrabalançar o ódio (polo negativo) de nossa ambivalência, o denominamos amor? Segundo o famoso psicoterapeuta americano, Rollo May, “...o próprio amor passou a ser problema. Tão contraditório tornou-se na verdade, que alguns que se dedicam ao estudo da família concluíram que “amor” é apenas o nome dado ao controle exercido pelos membros mais poderosos sobre os demais.[ “Eros e Repressão” (pag. 13) ― Rollo May ― Editora Vozes]</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas o conflito humano (ou intrapsíquico), na verdade, se dá sempre entre o que queremos ou idealizamos ser e o que realmente somos. A parábola neotestamentária do “Joio e do Trigo” (<a href="http://levibronze.blogspot.com.br/2009/02/quando-sou-joio-e-quando-sou-trigo.html" target="_blank">Vide Link</a>), que há algum tempo tinha seus símbolos antagônicos interpretados para identificar e separar as pessoas do “bem” daquelas do “mal”, com o advento da psicologia profunda já pode ser compreendida, em sua forma mais profunda, como metáforas dos afetos ambivalentes ou ambíguos que habitam em cada ser humano. “O Inferno são os Outros” ― célebre frase dita por Sartre ―, pode ser considerada uma espécie de crítica aos puritanistas, que advogavam a separação entre santos(trigo) e pecadores(joio), sem ao menos perceber que o santo e o pecador, a um olhar mais reflexivo, andam a trocar de papéis de uma maneira sutil ou quase imperceptível. A psicologia junguiana disseca, pormenorizadamente, a paradoxalidade de nossos afetos, tornando mais evidente seu mecanismo de identificação imaginária, como a “ilusão de se criar uma imagem pública a partir das características que julgamos aceitáveis, deixando de fora algumas partes mais importantes e saborosas de nós mesmos” (“O Efeito Sombra” ― Debbie Ford)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao discorrer sobre a paradoxalidade da ambivalência na sociedade, Zygmunt Bauman, deixou-nos essa contundente observação:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“a modernidade é uma era de ordem artificial e de grandiosos projetos societários, a era dos planejadores, visionários e, de forma mais geral, 'jardineiros' que tratam a sociedade como um torrão virgem de terra a ser planejado de forma especializada[…]. Não há limite para ambição e autoconfiança. Com efeito, pelas lentes do poder moderno, a 'humanidade' parece tão onipotente e seus membros individuais tão incompletos, ineptos, submissos e tão necessitados de melhoria, que tratar as pessoas como plantas a serem podadas (ou arrancadas se necessário) ou gado a ser engordado não parece ser uma fantasia, nem moralmente odioso”. [“O Mal-Estar da Pós-Modernidade” ― Zygmunt Bauman]</span></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Traduzindo para o mundo pós-moderno, a máxima ― “Quem nos livrará do corpo dessa morte?” ― dirigida aos Romanos por Saulo de Tarso, penso que ficaria mais ou menos assim: Quem livrará o nosso EU, do peso da Contradição? Quem atentar para essa brilhante enunciação da dúbia alma humana realizada pelo apóstolo fundador do cristianismo, verá que ela está em perfeita consonância com o sujeito da psicanálise, que às avessas do jargão cartesiano “penso, logo existo”, abarca o Homem Paradoxal com esta emblemática frase: “Penso onde não sou; sou onde não penso”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">“Meu Eu Paradoxal”</span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<i><b>“Com uma face emancipada e outra dependente</b></i></div>
<div style="text-align: center;">
<i><b>Marcado pela lei dúbia do desejo ambivalente</b></i></div>
<div style="text-align: center;">
<i><b>Vivo como irmãos, despossuídos mutuamente</b></i></div>
<div style="text-align: center;">
<i><b>Sem poder traduzir meu ser incongruente”.</b></i></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">[“Parte Delirante de Mim” – “Ensaios & Prosas” – julho de 2011]</span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<br />
<br />
Do site do <a href="http://levibronze.blogspot.com.br/2016/10/homem-teu-nome-e-paradoxo.html" target="_blank">AUTOR</a><br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-84376079277992647542016-10-20T15:00:00.000-02:002016-10-20T15:00:02.450-02:00REFLEXÃO BLOGSFERA: Apologética e coração corretos!<div align="right">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifjPldIYnIkElty_M4n2gj-pdzkNgvlI2hWQyKm_n_fzrMTHNHeDU2ufspJY0CEiTJbCDgFowsFOoGPW7yx63ubxpwLmcWl0CVdFZIlBL6ZpJZCBxNvtqjlqk0h2SFVNMLf2wAoqkIvNU/s1600-h/biblia.bmp"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5326901984336025602" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifjPldIYnIkElty_M4n2gj-pdzkNgvlI2hWQyKm_n_fzrMTHNHeDU2ufspJY0CEiTJbCDgFowsFOoGPW7yx63ubxpwLmcWl0CVdFZIlBL6ZpJZCBxNvtqjlqk0h2SFVNMLf2wAoqkIvNU/s320/biblia.bmp" style="cursor: hand; float: left; height: 271px; margin: 0px 10px 10px 0px; width: 240px;" /></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> Por <b><span style="font-size: large;">Dallas Willard</span></b></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div align="center">
</div>
<div align="center">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“<span style="font-size: 85%;">Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações, estando sempre preparados (...) com mansidão e temor”<br />(1 Pedro 3:15-16)</span></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 180%;"></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 180%;"><br />Q</span>uando ministramos na área de apologética, nós o fazemos como discípulos de Jesus, e, portanto, da maneira como Ele o faria. Isso significa, primeiramente, que nós o fazemos para ajudar pessoas, especialmente àqueles que querem ser ajudados. Apologética é um ministério de ajuda.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No contexto de 1 Pedro 3:8-17 os discípulos estavam sendo perseguidos por sua dedicação em promover a bondade. De acordo com o que Jesus os tinha ensinado, tal perseguição deveria ser fonte de regozijo. Essa atitude fazia com que os observavam a questionassem como os discípulos podiam estar esperançosos e alegres em tais circunstâncias. Num mundo irado, desesperançado e triste, essa questão era inevitável. </span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<div align="justify">
<strong><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A exortação de Pedro</span></strong></div>
<strong><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></strong>
<div align="justify">
</div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por isso, Pedro exortou os discípulos a estarem “sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência” (vv. 15-16), ou seja, consciência que se tem por se ter feito o que é correto.</span><br />
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nossa apologética, assim, é feita como um ato de amor fraternal, sendo “prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mateus 10:16). A sabedoria da serpente está em ser oportuna, baseada em observação vigilante. A pomba, por sua vez, é incapaz de falsidade ou de enganar alguém. Assim devemos ser.</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Amor àqueles com os quais lidamos será necessário para que os compreendamos corretamente e para que evitemos manipulá-los, ao mesmo tempo que desejamos e oramos intensamente para que reconheçam que Jesus Cristo é o Senhor do cosmos.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O amor também nos purificará de todo mero desejo de vitória, como também de toda presunção intelectual ou desdém para com as opiniões e habilidades dos outros. O evangelista para Cristo é caracterizado pela humildade (Colossenses 3:12; Atos 20:19; 1 Pedro 5:5), principalmente intelectual – um conceito vital do Novo Testamento que a palavra humildade por si só não expressa totalmente.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Deste modo, a chamada ao ministério de apologética não é para forçar pessoas relutantes à submissão intelectual, mas uma chamada na qual servimos aos necessitados, e, freqüentemente, àqueles que são escravos de seu próprio orgulho e presunção intelectual, muitas vezes reforçada pelo ambiente social.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em segundo lugar, nós fazemos o trabalho de apologética como servos incansáveis da verdade. Jesus disse que Ele veio “ao mundo a fim de dar testemunho da verdade” (João 18:37), e Ele é chamado “a testemunha fiel e verdadeira” (Apocalipse 3:14). </span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É por isso que temos “temor” quando ministramos. A verdade revela a realidade, e a realidade pode ser descrita como aquilo com o qual nós humanos nos deparamos quando estamos errados. Quando ocorre tal colisão, sempre perdemos.</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Enganos com relação à vida, às coisas de Deus e à alma humana são assunto seriíssimos, mortais. É por isso que o trabalho de apologética é tão importante. Falamos “a verdade em amor” (Ef. 4:15). Falamos com toda a clareza e racionalidade que podemos demonstrar, ao mesmo tempo contando com o Espírito da verdade (Jo. 16:13) para realizar aquilo que está muito além de nossas habilidades limitadas.</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<div align="justify">
<strong><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O ponto comum de referência</span></strong></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong></strong><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A verdade é o ponto de referência que compartilhamos com todos os seres humanos. Ninguém pode viver sem a verdade. Ainda que possamos discordar em pontos específicos, a fidelidade à verdade – seja ela qual for – permite que nós nos relacionemos com qualquer pessoa como honestos companheiros de investigação. Nossa atitude, portanto, não é de divisão, mas de agregação. Estamos aqui para aprender, e não somente ensinar.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Assim, sempre que for possível – ainda que por vezes, devido aos outros, não seja – nós “respondemos” numa atmosfera de investigação mútua, motivada pelo amor generoso. Ainda que possamos ser firmes em nossas convicções, não nos tornamos arrogantes, desdenhosos, hostis ou defensivos.</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por sabermos que o próprio Jesus não agiria assim, temos que reconhecer que não podemos ajudar pessoas de uma maneira arrogante. Ele não tinha necessidade disso, e nós também não. Em apologética, como em tudo, ele é nosso modelo e Mestre. Nossa confiança reside totalmente nele. Esse é o lugar especial que damos a Ele em nossos corações – a maneira com a qual “santificamos a Cristo como Senhor em nossos corações” – no ministério crucial de apologética.</span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">***</span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 85%;">Dallas Willard, Ph.D., é professor de filosofia na Universidade da Califórnia do Sul (University of Southern California) e autor de vários textos filosóficos, além de livros sobre apologética e sobre discipulado cristão. </span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 85%;"></span></div>
<div align="justify">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 85%;">Fonte: </span><a href="http://www.agirbrasil.com/Apol_Geral/Coracoes_corretos.html"><span style="font-size: 85%;">Fonte: AGIR </span></a><a href="http://www.agirbrasil.com/Apol_Geral/Coracoes_corretos.html"><span style="font-size: 85%;">Agência de Informações Religiosas</span></a><span style="font-size: 85%;">. Publicado em </span><a href="http://danieldliver.blogspot.com/"><span style="font-size: 85%;">dLIVEr Blog</span></a><span style="font-size: 85%;">. Tradução e adaptação: </span><span style="font-size: 85%;"><a href="http://www.thecenters.org/marcelo.html">Marcelo Parga de Souza</a></span></span><br />
<br />
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-81839426025457447442016-10-07T00:30:00.000-03:002016-10-07T00:30:13.202-03:00Viver não é "Preciso"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjePJ0tmhXoJdaAMFJh_WQAkkVrK4tHwgiANOMwgLavOubftsfCk96gtefLLMrdoCvAWKf5dXTsHs3Xp-Js7VveFaui1NusxMoAdQDL_ZkQx94ttO5eNI3NTE7XOtyNFx2wdFjl6IrFYKU/s1600/navegar.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="298" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjePJ0tmhXoJdaAMFJh_WQAkkVrK4tHwgiANOMwgLavOubftsfCk96gtefLLMrdoCvAWKf5dXTsHs3Xp-Js7VveFaui1NusxMoAdQDL_ZkQx94ttO5eNI3NTE7XOtyNFx2wdFjl6IrFYKU/s400/navegar.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="color: black; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="color: #741b47; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><b>Carlos Moreira</b></span><br />
<br />
“<i>Navegar é preciso, viver não é preciso</i>”. Fernando Pessoa. </span><br />
<span style="color: black; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
A primeira vez que ouvi esta frase foi na música de Caetano Veloso “Os Argonautas”. Segundo a mitologia grega, Argonautas eram tripulantes da nau “Argo”, uma embarcação que partiu numa expedição em busca do vale do ouro que se encontrava na cidade de Cólquida, localizada na fronteira entre a Europa e a Ásia.</span><br />
<span style="color: black; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
Por conta dos riscos inerentes a viagem, um arauto foi enviado por toda a Grécia com o intuito de atrair heróis para a dificílima empreitada. Em alguns meses, 50 deles se apresentaram no porto para embarcar, homens de grande renome e valor.</span><br />
<span style="color: black; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
Se eu fosse interpretar a frase de Pessoa, a partir do mito, poderia afirmar que a coisa mais importante da vida é navegar, desatracar do porto, deixar o cais, lançar-se ao mar, ao sabor do vento, da dança das velas, ser levado pelas marés e correntes. Viver sem navegar não seria viver, mas apenas existir.</span><br />
<span style="color: black; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
Contudo, para interpretar a frase – “viver não é preciso” – que está na poesia, é mister entender que a palavra “preciso” não foi usada no sentido de algo necessário, mas relacionada à “precisão”, ou seja, Pessoa nos ensina que navegar é algo seguro, regido por cartas náuticas, pelas estrelas, pelo aviso dos faróis, e que viver, ao contrário, é algo imprevisível, impreciso, pois a vida não se sujeita a cálculos, nem a rotas, nem a mapas. </span><br />
<span style="color: black; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
Os anos me ensinaram, como um velho “marujo”, que existem duas formas de se viver a vida cristã. A primeira é achando que somos “heróis gregos” arregimentados pelo “capitão da nau” para empreender uma expedição pelos mares revoltos da existência em busca de receber, ao final, a “coroa de ouro”.</span><br />
<span style="color: black; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
Tenho encontrado pessoas que acham que seguir a Cristo é algo como fazer parte de um exército, com regras rígidas, disciplina apurada, rigores acéticos, estéticos, restrições e proibições de toda sorte. Este tipo de cristianismo acaba desenvolvendo uma espiritualidade doentia, pois coloca sobre os ombros um fardo que não se pode carregar, estabelece um padrão de comportamento inalcançável, leva-nos a tentar existencializar as filosofias dos epicureus e dos estóicos que buscavam a ataraxia – a morte do “eu”. Ora, isto não é o Evangelho, mas uma distorção profunda do que ensinou Jesus! Surpreso?! Não me diga... </span><br />
<span style="color: black; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
Por outro lado, a uma outra alternativa de espiritualidade que produz um viver mais livre, solto, pois leva-me a abraçar o “fardo” de Cristo, que é leve e suave. Quando reconheço a imprecisão da vida, que as circunstâncias não são encadeamentos lógicos, sistêmicos, leis e regras imutáveis, que Deus não tem como objetivo último me adestrar, ou domesticar, robotizando-me, serializando-me, mas que a Sua graça me basta, pois Seu poder se aperfeiçoa, justamente, nas minhas falhas, fraquezas e inconcretudes, passo, então, a viver livre do fardo da religião, que asfixia e produz simulacros existenciais. </span><br />
<span style="color: black; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
“<i>Quando sou fraco então é que sou forte</i>”, pois na minha fraqueza reconheço a ação de Deus e constato que o que há em mim de bom não é obra de um programa de desenvolvimento espiritual, meritório, baseado em obras, mas fruto do Espírito Santo gerado em meu ser unicamente pela fé. E assim tomo consciência de que meu “homem interior” está sendo renovado pela Palavra de Cristo, a qual produz uma nova consciência, um “olhar” diferente sobre os matizes da vida e as idiossincrasias do mundo. É esta nova forma de pensar e agir que me permitirá discernir o que é bom e o que faz o bem, daquilo que entorpece o ser, destrói a alma, petrifica o coração, insensibiliza-me ao outro, torna-me um ser egocêntrico.</span><br />
<span style="color: black; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
Eu não sei por quais “oceanos” você tem navegado. Nem sei como é o “timoneiro” do seu barco. Mas reconheço que em nosso meio temos estas duas opções de experimentação religiosa. Que cada um, segundo sua liberdade e consciência, faça suas escolhas. O que a vida de “marujo” tem me ensinado, nestes 30 anos navegando pelos “oceanos” da vida, como dizia a velha canção, é que “<i>com Cristo no barco tudo vai muito bem, e passa o temporal</i>”.</span></div>
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<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="color: #990000; font-size: xx-small;"><b><br />
Carlos Moreira é culpado por tudo o que escreve. Depois de enfrentar os mares revoltos da vida, entregou-se a Jesus e passou a navegar em águas tranquilas. Ele escreve aqui no <span style="color: #134f5c;">Genizah</span> e também na <a href="http://anovacristandade.blogspot.com/"><span style="color: #134f5c;">Nova Cristandade</span></a>.</b></span></span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="color: #990000; font-size: xx-small;"><b><br /></b></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="color: #990000; font-size: xx-small;"><b><br /></b></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="color: #990000; font-size: xx-small;"><b><br /></b></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="color: #990000; font-size: xx-small;"><b><br /></b></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="color: #990000; font-size: xx-small;"><b><br /></b></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="color: #990000; font-size: xx-small;"><b><br /></b></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="color: #990000; font-size: xx-small;"><b><br /></b></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="color: #990000; font-size: xx-small;"><b><br /></b></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="color: #990000; font-size: xx-small;"><b><br /></b></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="color: #990000; font-size: xx-small;"><b><br /></b></span></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="color: #990000; font-size: xx-small;"><b><br /></b></span></span></div>
</div>
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</div>
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</div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-469178323923199212.post-56610340463720839722016-10-05T12:06:00.002-03:002016-10-05T12:06:16.277-03:00Sarah Sheeva e a transferência do espírito da boiolagem<br />
Do Ruas de<br />
<br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><b><a href="http://www.umsabadoqualquer.com/transferencia-de-espiritos/" target="_blank">Um Sábado Qualquer</a></b></span><br />
<br />
<br />
<h4>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Após ter visto esse Tweet da Sarah Sheeva:</span></h4>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFU9qojZFTJsEhY6Zb9p7V94zFGcoqlESLarV5thnOKDsoattdg0WVap5QDjVGy_P1eoQo-PRBZYLJgjmdV9ksKWaNxvlNDIkuxhcoIQwWrCgGjpdqpzdGZhOlFWqhWoo2gK9C0XPUegc/s1600/transferencia-de-espirito-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="252" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFU9qojZFTJsEhY6Zb9p7V94zFGcoqlESLarV5thnOKDsoattdg0WVap5QDjVGy_P1eoQo-PRBZYLJgjmdV9ksKWaNxvlNDIkuxhcoIQwWrCgGjpdqpzdGZhOlFWqhWoo2gK9C0XPUegc/s1600/transferencia-de-espirito-2.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<h4>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Fiquei imaginando como deveria funcionar uma transferência de espíritos…</span></h4>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNkiyLzeBI_slw9KRDoF6mY-NoWkalQwPVgW2S12cZdNgtseehhxTg8NTMK4_oy2d-a1sdzgfJanuGt2P4K3rCq61gG62Ms9RWdxpsObfkH0g6VapQAz70X-NVsPLpVoXvIehG3UqEXt4/s1600/2319.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNkiyLzeBI_slw9KRDoF6mY-NoWkalQwPVgW2S12cZdNgtseehhxTg8NTMK4_oy2d-a1sdzgfJanuGt2P4K3rCq61gG62Ms9RWdxpsObfkH0g6VapQAz70X-NVsPLpVoXvIehG3UqEXt4/s1600/2319.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<h4>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Isso explicaria a súbita transformação do nosso querido cartunista Laerte. Foi uma transferência de espíritos, ora!</span></h4>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCjxGSwyCDNPfOczLTagRS_kQOuE1VAWXRUqVfhI1AJhkyR1ilMAmTwdJxVqJcF7G5RV0mt6kwcoKL6IENGZFxD9GC4j_YHZEMa5bttqXSqLfeklcTTAhBmToZvsS95-QSLwjJX14-Vbo/s1600/laerte-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="324" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCjxGSwyCDNPfOczLTagRS_kQOuE1VAWXRUqVfhI1AJhkyR1ilMAmTwdJxVqJcF7G5RV0mt6kwcoKL6IENGZFxD9GC4j_YHZEMa5bttqXSqLfeklcTTAhBmToZvsS95-QSLwjJX14-Vbo/s1600/laerte-2.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<h4>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Mas na minha cabeça de cartunista, pensava que a homossexualidade acontecia de outra maneira:</span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br />
</span></h4>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwKd9IDuWGw41qZ47VZJAl03mEk8xVkN7u6mnAhJEa5NwW3enA7eR7x-tOM9FBKOfI8m4ulfZd9pGg-wfLFUPTM97I3NYBPhxPMLj6t-uOzP2_-29xasQZqOpBDT9EncvS6u50FmLa3z4/s1600/23201.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="394" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwKd9IDuWGw41qZ47VZJAl03mEk8xVkN7u6mnAhJEa5NwW3enA7eR7x-tOM9FBKOfI8m4ulfZd9pGg-wfLFUPTM97I3NYBPhxPMLj6t-uOzP2_-29xasQZqOpBDT9EncvS6u50FmLa3z4/s1600/23201.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<h4>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Pesquisando mais a sério sobre o assunto na internet, achei resultados sensacionais sobre o tema, principalmente no “Yahoo respostas”:</span></h4>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiJbDt5FrGoDFcvQx-uwSdX6i4TnpfDsqfwBxhJfLkjAdwMOJ_UTj8SCv218ZK3rIDPKyI7Mmou1L_DGPavHLUB8Afx77nJ-F3aoUzjafS6eVyWsSjn8W_9gMS4Cc0Q1it7kVL_HE_7ZQ/s1600/transferencia-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiJbDt5FrGoDFcvQx-uwSdX6i4TnpfDsqfwBxhJfLkjAdwMOJ_UTj8SCv218ZK3rIDPKyI7Mmou1L_DGPavHLUB8Afx77nJ-F3aoUzjafS6eVyWsSjn8W_9gMS4Cc0Q1it7kVL_HE_7ZQ/s1600/transferencia-2.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
<i><span style="color: #274e13;">Não me assusta mais a Sheeva falar uma meleca destas… Fico besta é com os mais de 600 evangélicos retuitando o disparate. Haja capim!</span></i><br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<a href="http://www.genizahvirtual.com/" target="_blank">Genizah</a></div>
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